sábado, 26 de setembro de 2015

Leituras do

26º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: Nm 11,25-29
O Senhor desceu na nuvem e falou a Moisés. Retirou um pouco do espírito que Moisés possuía e deu aos setenta anciãos. Assim que repousou sobre eles o espírito, puseram-se a profetizar, mas não continuaram.
Dois homens, porém, tinham ficado no acampamento. Um chamava-se Eldad e o outro Medad. O espírito repousou igualmente sobre os dois, que estavam na lista mas não tinham ido à Tenda, e eles profetizavam no acampamento.
Um jovem correu a avisar Moisés que Eldad e Medad estavam profetizando no acampamento.
Josué, filho de Num, ajudante de Moisés desde a juventude, disse: “Moisés, meu Senhor, manda que eles se calem!” 29Moisés respondeu: “Tens ciúmes de mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!”
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Salmo: 18
 A lei do Senhor é perfeita, alegria ao coração.
– A lei do Senhor é perfeita, alegria ao coração.

 A lei do Senhor Deus é perfeita,/ conforto para a alma!/ O testemunho do Senhor é fiel,/sabedoria dos humildes
 É puro o temor do Senhor,/ imutável para sempre./ Os julgamentos do Senhor são corretos/ e justos igualmente.
 E vosso servo, instruído por eles,/ se empenha em guardá-los./ Mas quem pode perceber suas faltas?/ Perdoai as que não vejo!
 E preservai o vosso servo do orgulho:/ não domine sobre mim!/ E assim puro, eu serei preservado/ dos delitos mais perversos.
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2ª Leitura: Tg 5,1-6
E agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós.
Vossa riqueza está apodrecendo, e vossas roupas estão carcomidas pelas traças. Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de testemunho contra vós e devorar vossas carnes, como fogo! Amontoastes tesouros nos últimos dias.
Vede: o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, que vós deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso. Vós vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, cevando os vossos corações para o dia da matança. Condenastes o justo e o assassinastes; ele não resiste a vós.
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Evangelho:  Mc 9,38-43.45.47-48
João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”.
Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor.
Em verdade eu vos digo: quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa.
E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.
Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga.
Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno.
Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, ‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’”.
Reflexão
Onde há o bem realizado, Deus aí está
A incompreensão dos discípulos progride. Somente a experiência do mistério pascal dará a eles a graça da compreensão do mistério de Jesus Cristo e da sua condição de discípulos.
Aqui aparece um novo tema da incompreensão dos discípulos. O porta-voz do grupo dos discípulos, desta vez, é João, um dos filhos de Zebedeu (cf. Mc 1,19), talvez por seu caráter pretensioso, o que aparecerá com maior clareza mais adiante no relato (Mc 10,35-40). Os discípulos pretendem que nenhum exorcismo seja praticado em nome de Jesus, se a pessoa que o pratica não participa do grupo dos discípulos. Por isso, eles impediram alguém, anônimo, de praticar o exorcismo; atitude que Jesus reprova, pois o seu nome e o bem que por ele se realiza não é monopólio da comunidade nem de qualquer outro grupo. Onde há o bem realizado, Deus aí está. Deus está na origem de toda iniciativa que promove e protege a vida; Deus é a fonte de todo esforço sincero e verdadeiro de arrancar das forças do mal o ser humano. Os discípulos, e o leitor com eles, devem compreender que o bem não é propriedade de nenhum grupo, e que, onde o mal é vencido, essa vitória é fruto do poder de Jesus Cristo ressuscitado agindo em tudo e por meio de todos.
Em seguida, Jesus exorta os discípulos a se abrirem ao bem que vem de fora. A diversidade e a diferença são bens através dos quais se manifestam a bondade de Deus e a caridade de Cristo. A comunidade é interpelada a viver a coerência entre a fé professada e a fé vivida. O escândalo é a pedra de tropeço, isto é, o obstáculo que impede os outros de progredir e permanecer na vida cristã. A pura aparência, a vaidade das práticas religiosas, deve ser rejeitada em nome da coerência, do acordo interno e profundo entre a fé e a sua vivência. O modo de vida dos discípulos deve ser o testemunho que estimula outros a desejarem viver a vida de Jesus Cristo.
O texto não é um convite à mutilação, mas um apelo a não consentir com uma vida ambígua e fragmentada. O coração do discípulo não pode estar dividido. A presença e a vida do discípulo deve ser tal que dê sentido à vida. A incoerência faz com que ele desvirtue a sua vocação e missão e se torne incapaz de dar sabor a todas as coisas e conservar em si a palavra de Cristo.
                                   Pe. Carlos Alberto Contieri, sj 
Reflexão: paulinas.org.br   Banner: cnbb.org.br   Ilustração: diocesedelimeira.org.br
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