O direito
ao futuro também é um direito humano
O Papa Francisco
encontrou autoridades, representantes da sociedade civil e corpo diplomático no
final da manhã desta quinta-feira (24/01), no Palácio Bolívar, na Cidade do
Panamá. Foi o primeiro discurso oficial do dia e também da viagem apostólica do
Pontífice ao país.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco proferiu o primeiro discurso oficial desta
quinta-feira (24/01) para cerca de 700 pessoas no Palácio Bolívar, na Cidade do
Panamá, entre autoridades políticas e religiosas, representantes da sociedade
civil e corpo diplomático. O encontro aconteceu no final da manhã, depois do
Pontífice ter visitado o Palácio Presidencial (ou Palácio das Garças), com
cerimônia de boas-vindas oferecida pelo presidente Juan Carlos Varela
Rodríguez.
O sonho e a
inspiração de Pátria Grande
O Palácio
Bolívar, um ex-convento de capuchinhos, tesouro arquitetônico construído em
1673 e declarado patrimônio histórico da humanidade pela Unesco, abriga o
Ministério das Relações Exteriores e o Museu Bolívar. Tanto que o Papa
Francisco começou o seu discurso citando o libertador Simón Bolívar, que
“convocou os líderes do seu tempo a fim de forjar o sonho da unificação da
Pátria Grande”.
O Papa
Francisco, então, conduziu o discurso inspirado na história do líder venezuelano
que lutou por vários territórios do continente americano para se tornarem
independentes: “na esteira dessa inspiração, podemos contemplar o Panamá como
uma terra de convocação e de sonho”, disse ele.
Terra de
convocação e encontros
A Jornada
Mundial da Juventude está sendo realizada num “ponto estratégico” para o mundo,
“ponte entre os oceanos e terra natural de encontros”, descreveu o Papa. Junto
com “a capacidade de criar vínculos e alianças”, também é necessária a
participação ativa do povo com “empenho e trabalho diário”, “contra qualquer
tipo de tutela que pretenda limitar a liberdade e subjugue ou transcure a
dignidade dos cidadãos, especialmente dos mais pobres.”
O Papa Francisco
então saudou e rendeu a sua homenagem aos povos nativos do Panamá (Bribri,
Buglé, Emberá, Kuna, Nasoteribe, Ngäbe e Waunana):
“Ser terra de
convocação requer celebrar, reconhecer e escutar o que é específico de cada um
destes povos e de todos os homens e mulheres que compõem a fisionomia panamense
e saber tecer um futuro aberto à esperança, porque só se é capaz de defender o
bem comum acima dos interesses de poucos ou ao serviço de poucos, quando existe
a firme decisão de partilhar com justiça os próprios bens.”
O Pontífice,
assim, convidou “todos aqueles que detêm um papel de liderança na vida pública”
para dar o exemplo aos milhares de jovens, através da cultura de maior
transparência entre os governos, setor privado e população.
“É um convite a
viver com austeridade e transparência, na responsabilidade concreta pelos
outros e pelo mundo; uma conduta que demonstre que o serviço público é sinônimo
de honestidade e justiça contrapondo-se a qualquer forma de corrupção.”
Panamá: a terra
dos sonhos
Francisco
reforçou a imagem do Panamá para o mundo nestes dias de Jornada Mundial da
Juventude, como “um novo modo de construir a história”: será uma “confluência
de esperança”, de milhares de jovens dos cinco continentes e cheios de sonhos
que desafiam “visões míopes de curto alcance que, seduzidas pela resignação, a
ganância ou prisioneiras do paradigma tecnocrático”, creem que o único caminho
possível é o da competitividade, especulação e lei do mais forte.
“Sabemos que é
possível outro mundo; e os jovens convidam-nos a envolver-nos na sua
construção, para que os sonhos não permaneçam algo de efêmero ou etéreo, para
que deem impulso a um pacto social no qual todos possam ter a oportunidade de
sonhar um amanhã: o direito ao futuro também é um direito humano.”
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Papa aos bispos:
Como Romero, lutar contra as injustiças e pobreza
“Esta Jornada
Mundial da Juventude é uma oportunidade única para sair ao encontro e
aproximar-se ainda mais da realidade dos nossos jovens, cheia de esperanças e
sonhos, mas também profundamente marcada por tantas feridas", disse o Papa
aos bispos.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco encontrou-se com os Bispos da América Central,
nesta quinta-feira (24/01), na Igreja de São Francisco de Assis, em Cidade do
Panamá. O Pontífice exortou a Igreja a ser humilde e pobre, não arrogante nem
cheia de orgulho, seguindo o exemplo de São Óscar Romero.
Foi para toda a
Igreja e para o Povo de Deus, o discurso do Papa Francisco aos bispos
centro-americanos do Secretariado Episcopal da América Central (SEDAC) que
há 75 anos reúne os bispos das Conferências Episcopais do Panamá, El Salvador,
Costa Rica, Guatemala, Honduras e Nicarágua. O Papa encontrou os bispos e os
abraçou: "Entre vocês há também amigos de juventude", disse.
Após a saudação
do presidente do organismo, dom José Luis Escobar Alas, centralizado sobre o
atual momento histórico "tristemente" marcado - disse o prelado
- pela violência, corrupção, desigualdade, migração, exclusão social
especialmente para os mais pobres, Francisco em seu discurso ressaltou
que "este encontro com os bispos oferece-lhe a oportunidade de poder abraçar
e sentir-se mais próximo dos povos centro-americanos".
“Obrigado por
deixarem-me aproximar desta fé provada mas simples do rosto pobre de seu povo,
que sabe que «Deus está presente, não dorme; está ativo, observa e ajuda»,
disse o Papa citando um trecho da homilia de São Óscar Romero de 16 de dezembro
de 1979.
“Este encontro
nos recorda um acontecimento eclesial de grande relevância. Os pastores desta
região foram os primeiros a criar na América um organismo de comunhão e
participação que deu, e continua dando, frutos abundantes. Refiro-me ao Secretariado
Episcopal da América Central (SEDAC): um espaço de comunhão, discernimento e
empenho que nutre, revitaliza e enriquece as suas Igrejas. Pastores que
souberam progredir, dando um sinal que, longe de ser um elemento apenas
programático, indicou como o futuro da América Central – e de qualquer outra
região no mundo – passa necessariamente pela lucidez e capacidade que se possui
de ampliar a visão, unir esforços num trabalho paciente e generoso de escuta,
compreensão, dedicação e empenho, e poder assim discernir os novos horizontes
para onde nos está conduzindo o Espírito”.
Segundo o Papa,
“nesses setenta e cinco anos passados desde a sua fundação, o SEDAC procurou
partilhar as alegrias e tristezas, as lutas e esperanças dos povos da América
Central, cuja história se forjou entrelaçando-se com a história do seu
povo".
“Muitos homens
e mulheres, sacerdotes, consagrados, consagradas e leigos ofereceram a vida até
ao derramamento do próprio sangue, para manter viva a voz profética da Igreja
contra a injustiça, o empobrecimento de tantas pessoas e o abuso do poder”
"Recordam-nos
que «quem deseja verdadeiramente dar glória a Deus com a sua vida, quem
realmente quer se santificar para que a sua existência glorifique o Santo, é
chamado a obstinar-se, doar-se e cansar-se procurando viver as obras de
misericórdia». E fazê-lo, não como esmola, mas como vocação.”
“Entre tais
frutos proféticos da Igreja na América Central, apraz-me destacar a figura de
São Óscar Romero, que tive o privilégio de canonizar recentemente no contexto
do Sínodo dos Bispos sobre os jovens. A sua vida e magistério são fonte
constante de inspiração para as nossas Igrejas e particularmente para nós,
bispos.”
"O lema que
escolheu para o brasão episcopal, e campeia na lápide da sua sepultura,
expressa claramente o seu princípio inspirador e a realidade da sua vida de
pastor: «Sentir com a Igreja». Uma bússola que marcou a sua vida na fidelidade,
mesmo nos momentos mais turbulentos.”
Francisco disse
que São Óscar “gostava de colocar no centro do sentir com a Igreja, a
percepção e a gratidão por tanto bem recebido, sem o merecer. Romero foi capaz
de sintonizar e aprender a viver a Igreja, porque amava intimamente quem o
gerara na fé. Romero sentiu com a Igreja, porque, antes de mais nada, amou a
Igreja como mãe que o gerou na fé, considerando-se membro e parte dela”.
“Este amor,
feito de adesão e gratidão, levou-o a abraçar, com paixão mas também com
dedicação e estudo, toda a contribuição e renovação propostas pelo magistério
do Concílio Vaticano II. Nele encontrava a mão segura para seguir Cristo. Não
foi ideólogo nem ideológico. Iluminado por este horizonte eclesial, sentir com
a Igreja significa para Romero contemplá-la como Povo de Deus. O pastor, para
procurar e encontrar o Senhor, deve aprender e escutar as pulsações do coração
do seu povo, sentir «o cheiro» dos homens e mulheres de hoje até
ficar impregnado das suas alegrias e esperanças, tristezas e angústias.”
A kenosis de
Cristo
A seguir, o Papa
falou sobre a kenosis de Cristo, afirmando que “esta não é
apenas a glória da Igreja, mas também uma vocação, um convite a fazermos dela a
nossa glória pessoal e caminho de santidade. A kenosis de Cristo não
é algo do passado, mas garantia atual para sentir e descobrir a sua presença
operante na história; uma presença que não podemos nem queremos silenciar,
porque sabemos e experimentamos que só Ele é «Caminho, Verdade e Vida».”
Para Francisco,
“a kenosis de Cristo nos lembra que Deus salva na história, na vida
de cada ser humano, já que a mesma é também a sua história e, nela, vem ao
nosso encontro".
“Irmãos, é
importante não ter medo de nos aproximarmos e tocarmos as feridas do nosso
povo, que são também as nossas feridas, e fazê-lo segundo o estilo do Senhor.”
Francisco disse
ainda que “o pastor não pode estar longe do sofrimento do seu povo. Podemos
dizer que o coração do pastor mede-se pela sua capacidade de deixar-se comover
à vista de tantas vidas feridas e ameaçadas”.
A kenosis de
Cristo é jovem
“A kenosis de
Cristo é jovem”, disse ainda o Papa.
“Esta Jornada
Mundial da Juventude é uma oportunidade única para sair ao encontro e
aproximar-se ainda mais da realidade dos nossos jovens, cheia de esperanças e
sonhos, mas também profundamente marcada por tantas feridas.”
"Com eles,
poderemos ver melhor como tornar o Evangelho mais acessível e crível no mundo
em que vivemos; são uma espécie de termômetro para saber a que ponto estamos
como comunidade e como sociedade.”
“Os jovens
trazem dentro uma inquietude que devemos apreciar, respeitar, acompanhar e que
faz muito bem a todos nós, porque nos provoca, lembrando-nos que o pastor nunca
deixa de ser discípulo e está a caminho. Exorto-os a promover programas e
centros educacionais que saibam acompanhar, apoiar e responsabilizar os seus
jovens; «roubai-os» à rua, antes que a cultura de morte, «vendendo-lhes fumo» e
soluções mágicas, se apodere e aproveite da sua imaginação. Façam isso não com
paternalismo como quem olha de cima para baixo, pois não é isso que o Senhor
nos pede, mas como pais, como de irmão para irmão.”
A seguir,
Francisco recordou que “há muitos jovens que foram seduzidos por respostas
imediatas que hipotecam a vida. Diziam-nos os Padres Sinodais que aqueles,
por constrição ou falta de alternativas, se encontram mergulhados em situações
altamente conflituosas e sem solução à vista: violência doméstica, feminicídio
– uma chaga, que aflige o nosso continente –, bandas armadas e criminosas,
tráfico de droga, exploração sexual de menores e de tantos que já não o são,
etc”.
O Pontífice
ressaltou que "na raiz de muitas destas situações, está uma experiência de
orfandade, fruto de uma cultura e uma sociedade transviada. Lares desfeitos
devido tantas vezes a um sistema econômico que deixou de ter como prioridade as
pessoas e o bem comum, fazendo da especulação o «seu paraíso» onde continuar
«engordando», sem se importar, às custas de quem. Assim, os nossos jovens sem o
calor duma casa, nem família, nem comunidade, nem pertença são deixados à mercê
do primeiro vigarista que lhes apareça.”
Impacto da
migração
O Papa falou
também sobre a questão da migração: “Na última carta pastoral, vocês afirmaram:
«Ultimamente a nossa região tem sofrido o impacto da migração realizada
de forma nova, por ser maciça e organizada, e que evidenciou os motivos que
levam a uma migração forçada e os perigos que cria para a dignidade da pessoa
humana».
Francisco
recordou que “muitos dos migrantes têm rosto jovem; procuram um bem maior
para a própria família, não temendo arriscar e deixar tudo para lhe oferecer o
mínimo de condições que garantam um futuro melhor. Aqui não basta a denúncia,
mas devemos anunciar concretamente uma «boa nova».
“Graças à sua
universalidade, a Igreja pode oferecer uma hospitalidade fraterna e acolhedora,
de modo que as comunidades de origem e destino dialoguem e contribuam para
superar medos e difidências e fortalecer os laços que as migrações, no
imaginário coletivo, ameaçam romper.”
"«Acolher,
proteger, promover e integrar» podem ser os quatro verbos com que a Igreja,
nesta situação migratória, conjugue a sua maternidade no momento atual da
história.”
A kenosis de
Cristo é sacerdotal
A kenosis de
Cristo é sacerdotal, frisou o Papa, convidando os bispos a não caírem nofuncionalismo
e no clericalismo “infelizmente tão difundidos. Não é questão de mudar
estilos, hábitos ou linguagem. É questão sobretudo de impacto e capacidade de
espaço, nos nossos programas episcopais, para receber, acompanhar e sustentar
os nossos sacerdotes: um «espaço real» para nos ocuparmos deles. Isto faz de
nós pais fecundos”.
A kenosis de
Cristo é pobre
Por fim, “a kenosis de
Cristo é pobre”, frisou o Papa. “Sentir com a Igreja é sentir com o
povo fiel, o povo de Deus que sofre e espera. Uma Igreja que não deseja
que a sua força esteja – como dizia Dom Romero – no apoio dos poderosos ou da
política, mas que disso se desprende com nobreza para caminhar sustentada
unicamente pelos braços do Crucificado, que é a sua verdadeira força. E
isto traduz-se em sinais concretos e evidentes; isto interpela-nos e impele-nos
a um exame de consciência a propósito das nossas opções e prioridades no uso
dos recursos, influências e posições. A pobreza é mãe e muro, porque guarda o
nosso coração para que não escorregue em concessões e comprometimentos que
enfraquecem a liberdade e parresia a que nos chama o Senhor.”
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Papa aos jovens:
“Mantenham vivo este sonho que nos faz irmãos”
“O amor de Jesus
é o amor silencioso da mão estendida no serviço e na doação sem se vangloriar”,
disse o Papa a milhares de jovens na cerimônia de abertura da Jornada Mundial
da Juventude realizada no Campo Santa Maria la Antigua, na Cidade do Panamá.
Cidade do
Vaticano - O primeiro dia do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude se
concluiu com o grande encontro com os jovens, no Campo Santa Maria la
Antigua, situado na Faixa Costeira da Cidade do Panamá. Francisco foi
recebido calorosamente por milhares de jovens numa festa de cores e alegria.
Um novo
Pentecostes
No seu discurso
aos jovens o Papa afirmou: “A Jornada Mundial da Juventude é mais uma vez uma
festa de alegria e esperança para toda a Igreja e, para o mundo, um grande
testemunho de fé (…) Pedro e a Igreja caminham com vocês e quero dizer a todos
que não tenham medo, que prossigam com esta energia renovadora e esta
inquietação constante que nos ajuda e impele a ser mais alegres e disponíveis,
mais ‘testemunhas do Evangelho’. Prossigam, não para criar uma Igreja paralela,
um pouco mais “divertida” e “ousada” numa modalidade para jovens, com alguns
elementos decorativos, como se isso pudesse deixar vocês contentes. Pensar
assim seria não respeitar vocês e também tudo o que o Espírito, por seu
intermédio, nos está dizendo. Ao contrário, queremos redescobrir e despertar,
juntos, a novidade incessante e a juventude da Igreja, abrindo-nos a um novo
Pentecostes”.
“Um novo
Pentecostes só é possível, se, como há pouco vivemos no Sínodo, soubermos
caminhar escutando-nos e escutar completando-nos uns aos outros, se soubermos
testemunhar anunciando o Senhor no serviço aos nossos irmãos; naturalmente, um
serviço concreto”
Artesãos da
cultura do encontro
“Vimos de
culturas e povos distintos, falamos línguas diferentes, vestimos roupas
diversas. Cada um dos nossos povos viveu histórias e circunstâncias distintas.
Quantas coisas podem diferenciar-nos! Mas nada disso impediu que nos pudéssemos
encontrar e sentir felizes por estarmos juntos. Isto é possível, porque sabemos
que há algo que nos une, há Alguém que nos faz irmãos. Vocês, queridos amigos,
fizeram muitos sacrifícios para poder se encontrar, tornando-se assim
verdadeiros mestres e artesãos da cultura do encontro. Com seus gestos e
atitudes, com as suas perspetivas, desejos e sobretudo a sua sensibilidade,
vocês desmentem e recusam certos discursos que se concentram e empenham em
semear divisão, em excluir e expulsar os que ‘não são como nós’. Assim é,
porque vocês têm um olfato capaz de intuir que ‘o amor verdadeiro não anula as
diferenças legítimas, mas harmoniza-as numa unidade superior’. Entretanto
sabemos que o pai da mentira prefere o contrário: um povo dividido e litigioso,
em vez de um povo que aprenda a trabalhar em conjunto”.
Sonho comum
chamado Jesus
“A cultura do
encontro é apelo e convite a termos a coragem de manter vivo um sonho comum.
Sim, um sonho grande e capaz de envolver a todos. Um sonho chamado Jesus, que
convida ao amor verdadeiro”.
Continuando o
Papa cita Santo Oscar Romero:
“O cristianismo
não é um conjunto de verdades para se acreditar, nem de leis para se observar
nem de proibições. Visto assim, seria muito repugnante. O cristianismo é uma
Pessoa que me amou tanto, que reivindica e pede o meu amor. O cristianismo é
Cristo ” e acrescenta o
Papa: “é levar adiante o sonho pelo qual Ele deu a vida: amar com o mesmo amor
com o qual nos amou”.
Amor silencioso
de Jesus
O amor de Jesus
continua Francisco “é um amor que não se impõe nem esmaga, um amor que não
marginaliza nem obriga a estar calado, um amor que não humilha nem subjuga. É o
amor do Senhor: amor diário, discreto e respeitador, amor feito de liberdade e
para a liberdade, amor que cura e eleva. É o amor do Senhor, que entende mais
de subidas que de quedas, de reconciliação que de proibições, de dar nova
oportunidade que de condenar, de futuro que de passado. É o amor silencioso da
mão estendida no serviço e na doação sem se vangloriar”.
O “sim” de Maria
É o amor com o
qual Maria disse o seu sim: “Eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a
tua palavra”. “Maria soube dizer ‘sim’. Soube dar vida ao sonho de Deus”.
O Papa conclui
convidando os jovens a manter vivo este “sonho que nos faz irmãos e que somos
convidados a não deixar congelar no coração do mundo: onde quer que nos
encontremos, a fazer seja o que for, sempre poderemos olhar para o alto e
dizer: “Senhor, ensina-me a amar como Vós nos amastes”.
Fonte: vaticannews.va
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