Papa reza na Basílica de Santa Maria Maior
Francisco se
deteve em oração diante do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani nas
vésperas de sua viagem apostólica ao Panamá para a 34ª Jornada Mundial da
Juventude.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco foi à Basílica de Santa Maria Maior, na manhã desta
terça-feira (22/01), para rezar diante do ícone de Nossa Senhora Salus Populi
Romani nas vésperas de sua viagem apostólica ao Panamá para a 34ª Jornada
Mundial da Juventude.
A notícia foi
divulgada num tuite pelo diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé,
Alessandro Gisotti.
O Santo Padre
partirá, nesta quarta-feira (23/01), do aeroporto romano de Fiumicino, às 9h35
locais, rumo ao Panamá, onde chegará por volta das 16h30, horário panamenho, ao
aeroporto internacional de Tocumen, em Cidade do Panamá.
Trata-se da 26ª
viagem apostólica de Francisco, segundo Papa a ir ao Panamá depois de São João
Paulo II que visitou o país em 5 de março de 1983.
No Angelus do
último domingo, o Papa Francisco recordou o seu compromisso no Panamá, “evento
belo e importante no caminho da Igreja”, junto com os jovens do mundo inteiro.
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O Panamá que espera o Papa Francisco
As ruas da
Cidade do Panamá estão tomadas por grupos de jovens de várias partes do mundo,
com suas bandeiras e muita alegria: esta é a Jornada Mundial da Juventude 2019!
Cidade do Panamá
- As atenções, especialmente do mundo católico, voltam-se nestes dias para o
Panamá, pequeno país que liga a América do Sul à América Central,
escolhido pelo Papa em 2016 para sediar esta Jornada Mundial de Juventude.
Assim, Francisco retorna ao continente americano para encontrar novamente a
juventude de todo o mundo depois de 2013 no Brasil, naquela que foi sua
primeira JMJ.
O pequeno país
com pouco mais de quatro milhões de habitantes, 88% dos quais declaram-se
católicos, preparou-se para receber o Papa Francisco e os milhares de jovens de
várias partes do mundo. Há bandeiras de JMJ, do Panamá e do Vaticano
espalhadas pela cidade, e ainda obras em andamento. O evento contou com total
apoio do governo panamenho. O assunto domina os noticiários.
O clima que se
percebe nas ruas é de alegria e expectativa, com grupos de jovens vestindo a
camiseta da JMJ e bandeiras de seus respectivos países e muitos com
instrumentos musicais. Muitos destes jovens vieram da Costa Rica onde
participaram da Semana Missionária. A escolha do Papa Francisco permitiu
que um maior número de centro-americanos e do norte da América do Sul
participassem desta Jornada, o que é perceptível pela quantidade de grupos
vindos de El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Venezuela e Colômbia. Se
facilitou para os americanos por janeiro ser período de férias, dificultou um
pouco para os europeus que estão em pleno período de aulas. Os poloneses são o
grupo mais numeroso, com 7.500 jovens, seguidos pelos italianos, com 1.500.
Na capital vivem
quase 1 milhão e oitocentos mil habitantes. O trânsito está caótico, fato
agravado pelos bloqueios nas áreas por onde o Papa Francisco passará e que
acolherão os grandes eventos. Altos prédios com arquitetura moderna e
arrojada dominam a paisagem. Mas uma das atrações é o Casco Antiguo, ou Panamá
Viejo, onde está o centro histórico tombado como Patrimônio da Humanidade pela
UNESCO. Nesta “segunda cidade do Panamá” estão igrejas e monumentos históricos
que remontam à época colonial. Na segunda-feira, justamente um dos programas
dos jovens foi explorar este espaço.
Mas eles também
se dirigiram em grande número para outra atração e principal fonte da economia
do país - ao lado das atividades internacionais bancárias: o Canal do Panamá,
que liga o Oceano Atlântico ao Pacifico, sendo a rota por excelência da
navegação comercial.
Para ver a importância
estratégica da localização geográfica do Panamá, basta recordar que foi fundado
em 1519 como base para as expedições ao Império Inca, tornando-se a rota de
passagem do ouro e da prata que os espanhóis extraíam da América do Sul. No ano
de 1671, a cidade foi incendiada por piratas, sendo completamente destruída e
reconstruída 8 km mais longe da cidade original.
Em 1821 o Panamá
ficou independente da Espanha unindo-se à República da Colômbia, da qual
declarou-se independente em 13 de novembro de 1903. No mesmo ano, assinou com
os Estados Unidos o tratado para a construção de um canal para a navegação
transoceânica, que ficou pronto em 1914. Em 1977 foi assinado um novo tratado
que previa a retirada dos estadunidenses da administração do canal até o ano
2000. Se por um lado perdeu os 300 milhões de dólares de financiamento anual,
por outro com esta transferência, o Panamá pôde ficar com os recursos cobrados
pelas travessias dos navios.
A Diocese de
Santa Maria de Antigua foi fundada em 9 de setembro de 1513, com a Bula
“Pastoralis Officii Debitum” do Papa Leão X. Foi a primeira na área do
continente, tendo como primeiro bispo Dom Juan de Quevedo O.F.M. Atualmente o
rebanho é de 1.727.000 católicos distribuídos em 94 paroquias. O arcebispo da
Cidade do Panamá é Dom José Domingo Ulloa Mendieta.
A recordar, que
São João Paulo II visitou o Panamá em março de 1983. O Papa Wojtyla que é um
dos padroeiros desta JMJ, ao lado de Santa Rosa de Lima, São Oscar Romero, São
João Bosco, São José Sanchez del Río, beata María Romero Meneses, São Juan
Diego e São Martin de Porres.
Da Cidade do
Panamá para a Rádio Vaticano – Vatican News, Jackson Erpen
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Fonte: vaticannews.va
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