“expressão da participação na construção de um Brasil melhor, mais
justo, mais fraterno”, afirma dom Leonardo Steiner
“Votar é
participar dos destinos do Brasil. O voto é expressão da democracia. O
voto é expressão da participação da construção de um país melhor, com menos
violência, com mais solidariedade”. É assim que o bispo auxiliar de Brasília
(DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
dom Leonardo Ulrich Steiner, expressa a responsabilidade de cada brasileiro e
cada brasileira no próximo domingo, 7 de outubro, quando serão escolhidos
deputados, senadores, governadores e presidente da República.
Dom Leonardo
recorda as diversas iniciativas da CNBB para orientar os cristãos para uma boa
escolha, como a Mensagem para as Eleições “Compromisso e Esperança”, divulgada
na última assembleia geral da entidade. “O bem maior do País, para além de
ideologias e interesses particulares, deve conduzir a consciência e o coração
tanto de candidatos, quanto de eleitores”, cita.
Mas o
secretário-geral da CNBB também revela uma preocupação: “Se tem falado muito
pouco sobre a necessidade de uma boa escolha no Congresso Nacional, nas
Assembleias Legislativas e na Câmara Distrital”. O secretário-geral da
CNBB ressalta o que tem sido reforçado pelo episcopado brasileiro e que pouco
teve destaque nas discussões políticas Brasil afora, de que uma boa escolha nas
câmaras e no Senado “são decisivos para um Brasil que oferece oportunidade para
todos os brasileiros”.
“Não podemos
continuar com bancadas, precisamos reafirmar partidos. Somos provocados a
reafirmar a importância da política e, por isso, da democracia. Precisamos
reafirmar a representatividade da sociedade brasileira no Congresso e nas
Câmaras. Por isso a necessidade de uma boa escolha. Votarmos em pessoas que
estejam dispostas a discutir as questões do Brasil como a educação, o meio
ambiente, a saúde, a convivência. Votar em pessoas apresentem projetos que
ajudem a ter um Brasil para todos”, afirma dom Leonardo.
A ética também é
decisiva na responsabilidade do voto. Para ele, ela se insere no sentido de que
haja disposição dos escolhidos para o Poder Executivo e para o Poder
Legislativo “trabalharem em prol de todos os brasileiros”.
Renovação
A respeito da
renovação dos quadros no Legislativo, dom Leonardo afirma ser um caminho
importante e necessário, mas pondera que não se pode esquecer dos bons quadros
que já estão presentes no Congresso Nacional e nas casas legislativas dos
estados e do Distrito Federal, “políticos que se preocupam com a sociedade
brasileira e visam o bem comum”.
“Podemos achar
que renovar significa não reeleger ninguém. Não. Nós temos pessoas muito boas,
pessoas que realmente se preocupam com muitas questões, como a vida, o meio
ambiente, a justiça, o trabalho, os pobres, os indígenas, os quilombolas. Nós
temos pessoas que presam o voto que receberam. Mas existe, sim, uma necessidade
de renovação”, explica. “O importante é conhecer a vida política dos que se
apresentam para a reeleição, os projetos que apresentaram, em que projetos
votaram”, acrescenta.
Voto útil
Nas eleições
majoritárias para governador e presidente, fala-se muito em voto útil, às vezes
motivado pelas pesquisas eleitorais divulgadas durante as campanhas. Dom
Leonardo Steiner critica essa prática. No primeiro turno, o secretário-geral da
CNBB orienta votar em quem a pessoa achar melhor, seja para governador, seja
para a presidência: “O voto útil não ajuda”. Para dom Leonardo, é preciso
aproveitar o primeiro turno para ter a percepção do que a sociedade brasileira
pensa a respeito do candidato, da candidata, mas também dos partidos, dos
planos de governo e das propostas para superar a crise que vivemos.
Leia a mensagem
da CNBB para as Eleições 2018 “Compromisso e Esperança” em
http://www.cnbb.org.br/eleicoes-2018-compromisso-e-esperanca/
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Fonte: cnbb.org.br
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