Saiba quem são
os sete novos Santos
A cerimônia com
as canonizações neste domingo, 14, será transmitida pelo Vatican News.
Cidade do Vaticano - O Santo Padre
preside na manhã deste domingo (14/10), na Praça São Pedro, à canonização de
sete novos Santos da Igreja: Paulo VI, Dom Oscar Romero, Francisco Spinelli,
Vicente Romano, Maria Catarina Kasper, Nazária Inácia e Núncio Sulprizio. O
Vatican News transmitirá a cerimônia a partir das 10h10min, horário italiano
(5h10, horário de Brasília; 9h10h, horário de Portugal).
Eis alguns dados
biográficos sobre cada um dos novos Santos:
● Paulo VI
João Batista
Montini nasceu em Concesio, província de Brescia, norte da Itália, em 26 de
setembro de 1897. Foi ordenado sacerdote diocesano em 29 de maio de 1920. Em
1937, foi nomeado Substituto da Secretaria de Estado.
Durante a
Segunda Guerra Mundial, promoveu assistência caritativa e hospitalidade aos
perseguidos pelo nazismo-fascismo, especialmente aos judeus.
Montini foi
pró-Secretário de Estado para Assuntos Ordinários da Igreja e, em 1954, foi
nomeado arcebispo de Milão. Em 1958, foi criado Cardeal. Em 21 de junho de
1963, foi eleito Sucessor de Pedro, assumindo o nome Paulo VI.
Entre as suas inúmera iniciativas, destacam-se: direção e aplicação do Concílio Vaticano II; viagens apostólicas, diálogo ecumênico e inter-religioso.
Tendo sido
acometido por uma doença muito breve, Paulo VI faleceu em Castel Gandolfo na
noite de 6 de agosto de 1978. Foi beatificado em 2014 por Papa Francisco.
● Oscar Arnulfo
Romero Galdámez
Oscar Arnulfo
Romero nasceu em 15 de agosto de 1917, em Ciudad Barrios, em El Salvador.
Em 1942, recebeu
a ordenação sacerdotal e, durante vinte anos, foi pároco na diocese de San
Miguel. Em 1970 foi nomeado Auxiliar de San Salvador e, em 1977, arcebispo de
San Salvador.
Neste ínterim,
uma grave crise política abateu-se sobre o país, que terminou com uma guerra
civil. Ao constatar a onda de violência contra os mais fracos e a matança de
padres e catequistas, Dom Oscar Romero sentiu o dever pastoral de adotar uma
atitude de fortaleza e defesa do povo oprimido.
Em 24 de março
de 1980, foi assassinado enquanto celebrava Missa. Em 2015, foi beatificado pelo
Papa Francisco.
● Francisco
Spinelli
Francisco
Spinelli nasceu em Milão, em meados de 1800. Ao ser ordenado sacerdote, em
1875, começou a fazer apostolado entre os pobres da paróquia do seu tio, Padre
Pedro.
Em 1882,
conheceu Catarina Comensoli, que queria ser religiosa de uma Congregação que se
dedicasse à Adoração Eucarística. Entre inúmeras vicissitudes, fundou um
Instituto, junto com o Padre Francisco.
Madre Comensoli
fundou a Congregação das Irmãs Sacramentinas e Francisco Spinelli a Congregação
das Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento.
As Irmãs
Adoradoras tem a missão de adorar, dia e noite, Jesus na Eucaristia e servir
aos irmãos pobres e sofredores, nos quais Jesus revela o seu "Rosto".
Assim, em Rivolta d'Adda, começaram a buscar Jesus entre os pobres,
marginalizados, excluídos, idosos solitários e a dar-lhes assistência em
escolas, oratórios, hospitais.
Francisco
Spinelli faleceu em 6 de fevereiro de 1913. Foi beatificado por São João Paulo
II, em 21 de junho de 1992, no Santuário Mariano de Caravaggio.
● Vicente Romano
Vicente Romano,
sacerdote diocesano nasceu em Torre del Greco, na Itália, em 3 de junho de 1751
e foi ordenado sacerdote em 1775.
Seu ministério
foi imediatamente caracterizado por uma atenção especial aos últimos e pelo compromisso
da educação de crianças e jovens.
Em 1794, quando
a terrível erupção do Vesúvio destruiu quase toda a cidade, trabalhou pela sua
reconstrução e criou a "rastreadora": esta era uma sua estratégia
missionária para reunir, com o crucifixo na mão, alguns grupos de pessoas, aos
quais fazia pregações e os acompanhava à igreja ou oratório para rezar juntos.
Vicente Romano
faleceu em 20 de dezembro de 1831 e foi beatificado, por Paulo VI, em 17 de
novembro de 1963.
Os seus restos
mortais são venerados na Basílica da Santa Cruz de Torre del Greco. Inclusive o
lugar do seu nascimento é meta de peregrinações.
● Maria Catarina
Kasper
Maria Catarina
nasceu em 26 de maio de 1820 em Dernbach, na Alemanha. Para ajudar a sua grande
família, trabalhou na lavoura, pedreira e tecelagem.
Nesse contexto,
em 1845, junto com algumas amigas, teve a ideia de fundar um Instituto de
religiosas para servir as classes sociais mais baixas. Por isso, três anos mais
tarde, em 1848, fundou a "Casa das Pobres Servas de Jesus Cristo". A
Congregação difundiu-se, rapidamente, para além dos confins da Alemanha e da
Europa, chegando às Américas e até à Índia.
Acometida por um
ataque cardíaco, Maria Catarina Kasper faleceu em 2 de fevereiro de 1898 e foi
beatificada por Paulo VI, em 1978.
● Nazária Inácia
de Santa Teresa de Jesus March Mesa
Nazária nasceu
em Madri, Espanha, em 10 de janeiro de 1889, mas, por motivos econômicos, teve
que se transferir para o México com a sua família. No navio em que viajavam
encontrou algumas freiras da Congregação das Irmãzinhas dos Idosos Abandonados.
Em 1908, entrou para este Instituto religioso e, em 1911, proferiu os votos
religiosos. Mas, a sua missão desenvolveu-se no continente americano.
Foi enviada à
Bolívia, em 1920, onde, fundou uma nova Congregação, como uma "cruzada de
amor”: a Congregação das “Irmãs Missionárias da Cruzada Pontifícia”, teve
inicio em 1925, mas, depois, passou depois a ser chamada “Missionárias Cruzadas
da Igreja”, para servir os pobres e as mulheres necessitadas.
No entanto, por
causa da guerra civil na Espanha (1936-1939), Nazária corria grave risco de
vida. Então, em 1938, transferiu-se para a Argentina, onde instituiu várias
obras em prol dos jovens e dos pobres.
Devido às suas
condições de saúde precárias, Nazária Inácia faleceu em Buenos Aires, em 1943,
e foi beatificada por São João Paulo II em 27 de setembro de 1992.
● Núncio
Sulprizio
Núncio nasceu em
13 de abril de 1817, na província italiana de Pescara. Com seis anos de idade
ficou órfão de pai e mãe e foi confiado aos cuidados da sua avó materna. Com
ela, começou a frequentar Jesus na Eucaristia e a invocar a Santíssima Virgem.
Com o
falecimento da sua avó, Núncio foi viver com um tio, que o ensinou a profissão
de ferreiro. No entanto, o trabalho duro e os maus-tratos, aos quais seu tio o
submetia, fizeram-no adoecer. Acometido por uma tuberculose óssea,
transferiu-se para Nápoles, onde ficou internado no Hospital. Ali, recebeu a
Primeira Comunhão tão desejada.
A doença
degenerou-se rapidamente, tanto que, em 5 de maio de 1836, Núncio Sulprício
entregou sua alma a Deus, com apenas 19 anos de idade.
Em 1890, o Papa
Leão XIII decretou as virtudes heroicas de Núncio Sulprício, propondo-a como
modelo para os jovens. Em 1º de dezembro de 1963, Paulo VI presidiu à sua
Beatificação.
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Fonte: vaticannews.va
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