Dar nome
Em geral quem dá
nome aos filhos são os pais. A paternidade, a maternidade, a invenção ou
descoberta e a criatividade exercem um poder sobre quem é criado, inventado ou
organizado. Deus deu o poder aos seres humanos, semelhante ao seu, de exercerem
sua liderança e coordenação do planeta terra e de tudo o que nele contém, como
Ele cuida do universo que criou. Isso vem conotado quando o Criador disse
para os primeiros seres humanos darem nome a tudo (Cf. Gênesis 2,19) . Quem dá
nome é o que exerce um poder ou tem a primazia sobre outrem. Mas é importante
lembrar que, exercer o domínio, não é apoderar-se, impor, usufruir e massacrar.
É sim servir, cuidar, promover, dar vitalidade e vida digna. Deus cuida de tudo
e nos dá a incumbência de tratar bem a obra por Ele criada. O ser humano muitas
vezes descuida, agride, apodera-se e destrói como se ele fosse dono de tudo e
dos outros. Ele é apenas administrador e depois deverá dar contas ao Criador do
que ele fez na terra.
Dom José Alberto Moura |
Homem e mulher
têm a grande missão de viver o matrimônio como vocação do amor (Cf. Marcos
10,2-16). Sem a união do amor humano com o divino, perdem o élan vital da
formação da família com os critérios da natureza humana divinizada.
Esta deveria assumir o testemunho de fidelidade na busca do objetivo da
complementariedade de um e de outro para realizarem o projeto divino de promover
a vida plena. O amor não duradouro é uma promessa não realizada e frustrada,
pois, o autêntico amor é imorredouro, como o amor divino para conosco. Na união
consistente dos cônjuges se dá a atuação da imagem e semelhança de Deus, no
cuidado de um para com o outro e os filhos. Assim são inoculadores nestes o
sentido da vida que os ajudará a cooperar com uma sociedade de mais altruísmo e
promoção da justiça e da paz.
Quando nos
abrimos de modo suficiente ao serviço do semelhante e de toda a sociedade, mostramos
a realização do projeto divino e tornamos o planeta melhor cuidado, seja em
relação ao meio ambiente, seja em relação à prática justa e solidária com todo
ser humano. Um dos pontos de muita importância é o cuidado com a política, para
que ela seja um real serviço ao bem comum. As eleições não devem ser feitas com
voto comprado ou vendido. Dos dois lados há a corrupção, que apodrece o tecido
social, prejudicando a todos. A escolha passa pelo discernimento, vendo-se quem
tem palavra realmente crível, demonstrada por sua vida pregressa de
manifestação de bom caráter, honestidade, competência e programa de ação que
realmente venha ao encontro das necessidades do povo, a partir dos deixados de
lado do convívio social justo.
O pedido a Deus
para que o povo saiba escolher bem é o nosso apelo e o nosso compromisso.
Dom José Alberto Moura - Arcebispo de Montes Claros
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Fonte: cnbbleste2.org.br
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