sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Leituras do

28º Domingo do Tempo Comum

1ª Leitura: Sb 7,7-11
Livro da Sabedoria
7 Assim rezei e foi-me concedida a inteligência; supliquei e o espírito da sabedoria veio a mim. 8 Estimei-a mais que cetros e tronos e julguei as riquezas sem valor, comparados a ela. 9 Não a igualei com a pedra mais preciosa; todo o ouro, à sua vista, é punhado de areia, e a prata, a seu lado, é como lodo. 10 Amei-a mais que saúde e formosura; preferi-a à luz, pois seu brilho não conhece ocaso. 11 Mas com ela vieram-me todos os bens;riquezas incalculáveis, por suas mãos.
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Salmo: 89/90
Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor, e exultaremos de alegria!
Saciai-nos, ó Senhor, com vosso amor, e exultaremos de alegria!
- Dá-nos saber contar os nossos dias, e os nossos corações se tornam sábios. Um instante, Senhor! Oh, até quando? Tem compaixão de nós, estes teus servos!
- Sacia-nos depressa em teu amor, e alegres cantaremos toda a vida! Dá-nos em alegria os dias tristes, os anos de aflição por que passamos.
- Revelem-se aos teus servos tuas obras. A tua glória à sua descendência. Que o Senhor, nosso Deus, nos abençoe e faça prosperar nosso trabalho!
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2ª Leitura: Hb 4,12-13
Carta aos Hebreus
Na verdade, a palavra de Deus é viva e eficaz. Ela é mais afiada do que qualquer espada de dois gumes. Ela penetra até o ponto de separação entre a alma e o espírito, entre as juntas e as medulas. E ela pode julgar os sentimentos e os pensamentos do coração. Não existe criatura alguma que fique invisível diante dela; mas tudo se apresenta nu e patente aos olhos de Deus, a quem devemos todos prestar contas.
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Evangelho: Mc 10,17-30
Evangelho de São Marcos:
Naquele tempo, Jesus estava saindo para uma viagem, quando chegou um homem que se ajoelhou diante dele e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para conseguir a vida eterna?”. Jesus lhe respondeu: “Por que me chamas de bom? Ninguém é bom senão Deus. Conheceis os mandamentos: Não mates, não cometas adultério, não furtes, não levantes falsas acusações, não prejudiques a ninguém, honra teu pai e tua mãe”. Ele então lhe disse: “Mestre, tenho observado tudo isso desde minha adolescência”. Jesus olhou para ele atentamente e sentiu afeto por ele. Por isso lhe declarou: “Uma coisa te falta: vai, vende tudo quanto tens e dá aos pobres, e, então, terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me”. Mas, a esta palavra, seu rosto ficou sombrio. E retirou-se triste, porque tinha muitos bens. Jesus, olhando à sua volta, disse aos discípulos: “Como é difícil aos que têm riquezas entrar no Reino de Deus!”. Os discípulos ficaram desconcertados com estas palavras. Mas Jesus insistiu: “Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco duma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”. Eles ficaram mais impressionados ainda. E comentavam entre si: “Mas então, quem pode se salvar?”. Jesus olhou atentamente para eles e lhes disse: “Isto é impossível aos homens, mas não a Deus: porque a Deus tudo é possível”. Pedro então começou a dizer: “Nós abandonamos tudo e estamos te seguindo!”. Por isso Jesus afirmou: “Eu vos declaro esta verdade: ninguém que deixar uma casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou terras por causa de mim e do Evangelho, ficará sem receber, já agora, no presente, cem vezes mais em casas, em irmãos, em irmãs, em mães, em filhos, em terras, e também perseguições, e, no mundo futuro, a vida eterna. 

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Reflexão:
Rico pode seguir Jesus?
Um homem rico pergunta a Jesus o que deve fazer para “ter a vida eterna em herança” (evangelho). Jesus vê que o homem está preocupado com o que é bom – “Só Deus é bom, e mais ninguém”. O homem é um judeu exemplar, observa todos os mandamentos. Mas, segundo Jesus, isso não é o suficiente para ele: é capaz de algo mais. Simpatizando com ele, Jesus o convida para que o acompanhe em sua missão. “Vai, vende tudo que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu”. Diante disso, o homem se desanima: é rico demais. “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. (O Reino de Deus não é propriamente o que costumamos chamar de “Céu”; é o modo de viver que Jesus veio instaurar, o reino de amor, de justiça e de paz, onde é feita a vontade de nosso Pai celeste. O rico não conseguiu entregar-se a essa nova realidade … )
Os discípulos se assustam com a severa observação de Jesus. Então, ele acrescenta: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível” (Mc 10,27). Portanto, vamos deixar o assunto nas mãos de Deus.
No fim, Jesus fica triste porque uma pessoa tão prendada não foi capaz de segui-lo pelo caminho e assim gozar, desde já, a alegria de participar da implantação do Reino. Suas qualidades humanas não foram suficientes para superar o apego aos bens do mundo. Por si mesmo, não conseguiu libertar-se. Só Deus o poderia libertar.
Contrariamente à opinião corrente, a riqueza não deve ser vista como privilégio, como recompensa de Deus, mas como empecilho para participar do Reino. Os pobres têm maior facilidade em arriscar tudo para realizar a partilha e a renúncia que o Reino exige. Têm menos a perder. Ora, se Jesus aconselha esse desapego tão difícil, mas para Deus nada é impossível, convém pedir a Deus essa graça do desapego, para ter a felicidade de participar do Reino que Jesus veio implantar. Então, a gente recebe a “herança eterna”.
Segundo a 1ª leitura, Salomão pediu a Deus não a riqueza, mas a capacidade de governar com sabedoria. Na realidade, Deus lhe deu também a riqueza, mas apenas como sobremesa; o importante mesmo é a sabedoria para bem servir.
Lição: o rico não deve pensar que vai conseguir a herança eterna com base em suas posses, poder, capacidade intelectual ou coisa semelhante. Tem de pedir a Deus, como graça, algo que não está incluído no pacote do poder: a capacidade de participar do Reino. Também não deve estar exclusivamente preocupado com “salvar sua alma” quando tudo lhe for tirado, mas peça desde hoje a Deus a graça do desapego para participar desse Reino, que já começou no mundo daqueles que seguem Jesus. Na alegria do servir encontrará a garantia da “herança eterna”.
Se um rico participa ativamente do Reino, não será por causa de sua riqueza, mas apesar dela. Tendo bens, transforme-os em instrumentos de comunhão fraterna e viva como se não os possuísse.
                             Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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                                                                Reflexão: Franciscanos.org.br     Banner: cnbb.org.br

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