Juntamente com os Jovens, levemos o Evangelho a todos
O objetivo do mês missionário, que este ano tem como tema “Enviados para testemunhar o Evangelho da paz”, é sensibilizar, despertar vocações missionárias e realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, no próximo domingo, 21 de outubro.
Cidade do Vaticano - Realizou-se, na manhã desta sexta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a coletiva de apresentação do Dia Mundial das Missões, que será celebrado no próximo domingo, dia 21.
Tomaram a palavra o Cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos; Dom Giampiero Dal Toso, Presidente das Pontifícias Obras Missionárias; e Padre Fabrizio Meroni, Secretário Geral da Pontifícia União Missionária e Diretor da Agência Fides.
O tema da Mensagem do Papa para este 92° Dia Mundial das Missões 2018 é “Juntamente com os Jovens, levemos o Evangelho a todos”!
Segundo a Mensagem do Papa, muitos jovens encontram, no voluntariado missionário, uma forma para servir aos “mais pequeninos”, promovendo a dignidade humana e testemunhando a alegria de amar e ser cristão.
Estas experiências eclesiais fazem com que a formação de cada um não seja apenas preparação para o seu bom êxito profissional, mas também para desenvolver e promover os seus dons, concedidos por Deus, para melhor servir aos outros.
Campanha Missionária 2018
O Mês de Outubro anima-nos na realização das atividades missionárias no Brasil e no mundo. Neste ano, em que as Pontifícias Obras Missionárias (POM) celebram 40 anos de atividades, lembramos a vida de tantos missionários que construíram a sua história.
O objetivo do mês missionário, que este ano tem como tema “Enviados para testemunhar o Evangelho da paz”, é sensibilizar, despertar vocações missionárias e realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, no próximo domingo, 21 de outubro.
Desde o início do seu pontificado, o Papa Francisco convida-nos a agir, sem medo e sem rigidez, mas com coragem e “dóceis” ao Espírito, para além das estruturas que nos asfixiam. Esta não deve ser uma Igreja burocrática e sim uma Igreja “em saída”, próxima das pessoas.
Neste espírito e em comunhão com a Campanha da Fraternidade de 2018 “Vós sois todos irmãos”, queremos viver juntos o grande projeto de Deus de construir a civilização do amor.
Mês extraordinário das Missões
O Santo padre aceitou a proposta da Congregação para a Evangelização dos Povos, de proclamar Outubro de 2019 como um Mês Missionário Extraordinário, com objetivo de “despertar, em medida maior, a consciência da Missão ad gentes e retomar, com novo impulso, a transformação missionária da vida e da pastoral.”
O “Mês extraordinário das Missões” tem como tema: “Batizados e Enviados: A Igreja de Cristo em missão no mundo”. Esta iniciativa, de grande importância eclesial, será composta de oração, testemunhos e reflexão sobre a centralidade da Missão ad gentes.
Com esta iniciativa, o Papa Francisco convida-nos a colocar a Missão ad gentes ao centro das celebrações do 100º aniversário da Carta Apostólica “Maximum Illud”, do Papa Bento XV.
Sínodo para a Amazônia
Na assembleia anual dos Diretores das Pontifícias Obras Missionárias, que se realizou em Roma, o Papa Francisco recordou que, em outubro de 2019, também se realizará o Sínodo dos Bispos para a Amazônia: “Espero que essa coincidência – disse - nos ajude a manter fixo o nosso olhar em Jesus Cristo, ao enfrentar problemas, desafios, riquezas e pobrezas; ajude-nos a renovar o compromisso de serviço ao Evangelho para a salvação dos homens e mulheres, que vivem naquelas terras. Rezemos para que o Sínodo para a Amazônia possa requalificar, evangelicamente, a missão naquela região tão sofrida, injustamente explorada e necessitada da salvação de Jesus”.
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Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2018
O Vaticano divulgou sábado (19/05) a mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões, que este ano será celebrado em meio à realização do Sínodo dos Jovens. “Juntamente com os jovens, levemos o Evangelho a todos” é o título do texto.
MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
O PAPA FRANCISCO
PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2018
Juntamente com os jovens, levemos o Evangelho a todos
Queridos jovens, juntamente convosco desejo refletir sobre a missão que Jesus nos confiou. Apesar de me dirigir a vós, pretendo incluir todos os cristãos, que vivem na Igreja a aventura da sua existência como filhos de Deus. O que me impele a falar a todos, dialogando convosco, é a certeza de que a fé cristã permanece sempre jovem, quando se abre à missão que Cristo nos confia. «A missão revigora a fé» (Carta enc. Redemptoris missio, 2): escrevia São João Paulo II, um Papa que tanto amava os jovens e, a eles, muito se dedicou.
O Sínodo que celebraremos em Roma no próximo mês de outubro, mês missionário, dá-nos oportunidade de entender melhor, à luz da fé, aquilo que o Senhor Jesus vos quer dizer a vós, jovens, e, através de vós, às comunidades cristãs.
O Sínodo que celebraremos em Roma no próximo mês de outubro, mês missionário, dá-nos oportunidade de entender melhor, à luz da fé, aquilo que o Senhor Jesus vos quer dizer a vós, jovens, e, através de vós, às comunidades cristãs.
A vida é uma missão
Todo o homem e mulher é uma missão, e esta é a razão pela qual se encontra a viver na terra. Ser atraídos e ser enviados são os dois movimentos que o nosso coração, sobretudo quando é jovem em idade, sente como forças interiores do amor que prometem futuro e impelem a nossa existência para a frente. Ninguém, como os jovens, sente quanto irrompe a vida e atrai. Viver com alegria a própria responsabilidade pelo mundo é um grande desafio. Conheço bem as luzes e as sombras de ser jovem e, se penso na minha juventude e na minha família, recordo a intensidade da esperança por um futuro melhor. O facto de nos encontrarmos neste mundo sem ser por nossa decisão faz-nos intuir que há uma iniciativa que nos antecede e faz existir. Cada um de nós é chamado a refletir sobre esta realidade: «Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo» (PAPA FRANCISCO, Exort. ap. Evangelii gaudium, 273).
Anunciamo-vos Jesus Cristo
A Igreja, ao anunciar aquilo que gratuitamente recebeu (cf. Mt 10, 8; At 3, 6), pode partilhar convosco, queridos jovens, o caminho e a verdade que conduzem ao sentido do viver nesta terra. Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós, oferece-Se à nossa liberdade e desafia-a a procurar, descobrir e anunciar este sentido verdadeiro e pleno. Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo e da sua Igreja! Neles, está o tesouro que enche a vida de alegria. Digo-vos isto por experiência: graças à fé, encontrei o fundamento dos meus sonhos e a força para os realizar. Vi muitos sofrimentos, muita pobreza desfigurar o rosto de tantos irmãos e irmãs. E todavia, para quem está com Jesus, o mal é um desafio a amar cada vez mais. Muitos homens e mulheres, muitos jovens entregaram-se generosamente, às vezes até ao martírio, por amor do Evangelho ao serviço dos irmãos. A partir da cruz de Jesus, aprendemos a lógica divina da oferta de nós mesmos (cf. 1 Cor 1, 17-25) como anúncio do Evangelho para a vida do mundo (cf. Jo 3, 16). Ser inflamados pelo amor de Cristo consome quem arde e faz crescer, ilumina e aquece a quem se ama (cf. 2 Cor 5, 14). Na escola dos santos, que nos abrem para os vastos horizontes de Deus, convido-vos a perguntar a vós mesmos em cada circunstância: «Que faria Cristo no meu lugar?»
Transmitir a fé até aos últimos confins da terra
Pelo Batismo, também vós, jovens, sois membros vivos da Igreja e, juntos, temos a missão de levar o Evangelho a todos. Estais a desabrochar para a vida. Crescer na graça da fé, que nos foi transmitida pelos sacramentos da Igreja, integra-nos num fluxo de gerações de testemunhas, onde a sabedoria daqueles que têm experiência se torna testemunho e encorajamento para quem se abre ao futuro. E, por sua vez, a novidade dos jovens torna-se apoio e esperança para aqueles que estão próximo da meta do seu caminho. Na convivência das várias idades da vida, a missão da Igreja constrói pontes intergeracionais, nas quais a fé em Deus e o amor ao próximo constituem fatores de profunda união.
Por isso, esta transmissão da fé, coração da missão da Igreja, verifica-se através do «contágio» do amor, onde a alegria e o entusiasmo expressam o sentido reencontrado e a plenitude da vida. A propagação da fé por atração requer corações abertos, dilatados pelo amor. Ao amor, não se pode colocar limites: forte como a morte é o amor (cf. Ct 8, 6). E tal expansão gera o encontro, o testemunho, o anúncio; gera a partilha na caridade com todos aqueles que, longe da fé, se mostram indiferentes e, às vezes, impugnadores e contrários à mesma. Ambientes humanos, culturais e religiosos ainda alheios ao Evangelho de Jesus e à presença sacramental da Igreja constituem as periferias extremas, os «últimos confins da terra», aos quais, desde a Páscoa de Jesus, são enviados os seus discípulos missionários, na certeza de terem sempre com eles o seu Senhor (cf. Mt 28, 20; At 1, 8). Nisto consiste o que designamos por missio ad gentes. A periferia mais desolada da humanidade carente de Cristo é a indiferença à fé ou mesmo o ódio contra a plenitude divina da vida. Toda a pobreza material e espiritual, toda a discriminação de irmãos e irmãs é sempre consequência da recusa de Deus e do seu amor.
Por isso, esta transmissão da fé, coração da missão da Igreja, verifica-se através do «contágio» do amor, onde a alegria e o entusiasmo expressam o sentido reencontrado e a plenitude da vida. A propagação da fé por atração requer corações abertos, dilatados pelo amor. Ao amor, não se pode colocar limites: forte como a morte é o amor (cf. Ct 8, 6). E tal expansão gera o encontro, o testemunho, o anúncio; gera a partilha na caridade com todos aqueles que, longe da fé, se mostram indiferentes e, às vezes, impugnadores e contrários à mesma. Ambientes humanos, culturais e religiosos ainda alheios ao Evangelho de Jesus e à presença sacramental da Igreja constituem as periferias extremas, os «últimos confins da terra», aos quais, desde a Páscoa de Jesus, são enviados os seus discípulos missionários, na certeza de terem sempre com eles o seu Senhor (cf. Mt 28, 20; At 1, 8). Nisto consiste o que designamos por missio ad gentes. A periferia mais desolada da humanidade carente de Cristo é a indiferença à fé ou mesmo o ódio contra a plenitude divina da vida. Toda a pobreza material e espiritual, toda a discriminação de irmãos e irmãs é sempre consequência da recusa de Deus e do seu amor.
Hoje para vós, queridos jovens, os últimos confins da terra são muito relativos e sempre facilmente «navegáveis». O mundo digital, as redes sociais, que nos envolvem e entrecruzam, diluem fronteiras, cancelam margens e distâncias, reduzem as diferenças. Tudo parece estar ao alcance da mão: tudo tão próximo e imediato... E todavia, sem o dom que inclua as nossas vidas, poderemos ter miríades de contactos, mas nunca estaremos imersos numa verdadeira comunhão de vida. A missão até aos últimos confins da terra requer o dom de nós próprios na vocação que nos foi dada por Aquele que nos colocou nesta terra (cf. Lc 9, 23-25). Atrevo-me a dizer que, para um jovem que quer seguir Cristo, o essencial é a busca e a adesão à sua vocação.
Testemunhar o amor
Agradeço a todas as realidades eclesiais que vos permitem encontrar, pessoalmente, Cristo vivo na sua Igreja: as paróquias, as associações, os movimentos, as comunidades religiosas, as mais variadas expressões de serviço missionário. Muitos jovens encontram, no voluntariado missionário, uma forma para servir os «mais pequenos» (cf. Mt 25, 40), promovendo a dignidade humana e testemunhando a alegria de amar e ser cristão. Estas experiências eclesiais fazem com que a formação de cada um não seja apenas preparação para o seu bom-êxito profissional, mas desenvolva e cuide um dom do Senhor para melhor servir aos outros. Estas louváveis formas de serviço missionário temporâneo são um começo fecundo e, no discernimento vocacional, podem ajudar-vos a decidir pelo dom total de vós mesmos como missionários.
De corações jovens, nasceram as Pontifícias Obras Missionárias, para apoiar o anúncio do Evangelho a todos os povos, contribuindo para o crescimento humano e cultural de muitas populações sedentas de Verdade. As orações e as ajudas materiais, que generosamente são dadas e distribuídas através das POMs, ajudam a Santa Sé a garantir que, quantos recebem ajuda para as suas necessidades, possam, por sua vez, ser capazes de dar testemunho no próprio ambiente. Ninguém é tão pobre que não possa dar o que tem e, ainda antes, o que é. Apraz-me repetir a exortação que dirigi aos jovens chilenos: «Nunca penses que não tens nada para dar, ou que não precisas de ninguém. Muita gente precisa de ti. Pensa nisso! Cada um de vós pense nisto no seu coração: muita gente precisa de mim» (Encontro com os jovens, Santiago – Santuário de Maipú, 17/I/2018).
Queridos jovens, o próximo mês missionário de outubro, em que terá lugar o Sínodo a vós dedicado, será mais uma oportunidade para vos tornardes discípulos missionários cada vez mais apaixonados por Jesus e pela sua missão até aos últimos confins da terra. A Maria, Rainha dos Apóstolos, ao Santos Francisco Xavier e Teresa do Menino Jesus, ao Beato Paulo Manna, peço que intercedam por todos nós e sempre nos acompanhem.
Vaticano, 20 de maio – Solenidade de Pentecostes – de 2018.
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Coleta Missionária, dias 20 e 21/10,
visa apoiar o trabalho missionário da Igreja no mundo
Nos próximos dias 20 e 21 de outubro, as comunidades e paróquias católicas realizam em todo Brasil e no mundo a Coleta Missionária, ação solidária que integra o conjunto de ações desenvolvidas pela Campanha Missionária no mês de outubro, o mês dedicado às missões.
O gesto, segundo o bispo auxiliar de São Luís (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e a Cooperação Inter-eclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Esmeraldo Barreto de Farias, é feito para sensibilizar e dizer àqueles lugares que já tem uma evangelização mais fortalecida que não podem ficar contentes somente com o seu trabalho e seus passos.
“A Coleta Missionária visa despertar esta sensibilidade e poder ajudar tantas regiões mais necessitadas de missioniários e de recursos que a nossa como, por exemplo, a África, a Ásia, e algumas regiões da América Latina, como o Haiti”, reforçou dom Esmeraldo.
As Pontifícias Obras Missionárias, organismo da CNBB, enviaram à todo Brasil o material da Campanha Missionária. O envelope deve ser utilizado exclusivamente para a Coleta do Dia Mundial das Missões, feita nas celebrações do penúltimo final de semana de outubro (este ano, dias 20 e 21).
As ofertas devem ser integralmente enviadas às Pontifícias Obras Missionárias (POM) que as repassam ao Fundo Universal de Solidariedade, em Roma, para apoiar projetos missionários em todo o mundo.
O material da Campanha Missionária 2019 pode ser acessado no site das POM, coordenadora da ação.
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Fontes - 1ª matéria: vaticannews.va 2ª matéria: cnbb.org.br
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