Nunca
colocar fora a comida que sobra,
reutilizar ou doar a quem precisa.
reutilizar ou doar a quem precisa.
A passagem do
Evangelho da multiplicação dos pães e dos peixes proposta pela liturgia deste
domingo, inspirou a reflexão do Papa Francisco, que alertou para o desperdício
e o colocar comida fora quando tantos passam fome.
Cidade do
Vaticano - “O ícone do jovem corajoso que dá o pouco que tem para saciar a fome
de uma grande multidão” e a frase que é “um questionamento, um exame de
consciência: o que se faz em casa com a comida que sobra?”.
Antes de rezar o Angelus com
os milhares de fiéis e turistas reunidos na Praça São Pedro, o Papa Francisco
já havia alertado que “diante do grito de fome - todos os tipos de
"fome" - de tantos irmãos e irmãs em todas as partes do mundo, não
podemos permanecer como espectadores distantes e tranquilos”. E falando de
improviso, chamou a atenção para o desperdício e para o destino da comida que
sobra em nossas refeições.
A inspirar sua
reflexão, a passagem do Evangelho da multiplicação dos pães e dos peixes, que
alimentaria à saciedade a multidão que seguia Jesus nas proximidades do lago de
Tiberíades. E dela, o Papa destaca a atitude corajosa do rapaz que, vendo a
multidão faminta, “coloca à disposição tudo o que tem: cinco pães e dois
peixes:
“Bravo rapaz!
Ele, também ele, via a multidão; também via os cinco pães. Disse: "Mas eu
tenho isto, se serve está à disposição". Este rapaz nos faz pensar um
pouco em nós... Aquela coragem: os jovens são assim, têm coragem. Devemos
ajudá-los a levar em frente esta coragem”.
Seguindo a
reflexão, Francisco aponta mais uma vez para a coragem e a sensibilidade do
rapaz, que a exemplo de Jesus, viu a grande multidão e entendeu a compaixão,
dizendo: "Ah, pobre gente.... Eu tenho isto". A compaixão o levou a
oferecer o que tinha.”
Jesus atento às
necessidades básicas das pessoas
A narrativa de
João mostra Jesus atento às necessidades primárias das pessoas: “as pessoas têm
fome e Jesus envolve seus discípulos, para que essa fome seja saciada. Este é o
fato concreto”:
“Para as
multidões, Jesus não se limitou a dar isto - ofereceu a sua Palavra, a sua
consolação, a sua salvação e finalmente a sua vida - mas certamente fez também
isso: cuidou da comida para o corpo. E nós, seus discípulos, não podemos
fazer de conta não saber nada. Somente ouvindo as demandas mais simples das
pessoas e colocando-se ao lado de suas situações existenciais concretas, se
poderá ser escutados quando se fala de valores mais elevados”.
“O amor de Deus
pela humanidade faminta de pão, de liberdade, de justiça, de paz e, acima de
tudo da sua graça divina, nunca falha”, reiterou o Santo Padre, recordando que
Jesus continua também hoje a satisfazer a fome, a tornar-se uma presença viva e
consoladora”, através de nós.
O Evangelho nos
convida a sermos disponíveis e atuantes, como aquele rapaz que se dá conta de
ter cinco pães e diz: 'Mas, eu dou isto, depois tu verás’".
“Diante do grito
de fome - todos os tipos de "fome" - de tantos irmãos e irmãs em
todas as partes do mundo não podemos permanecer como espectadores distantes e
tranquilos.”
A ação de
proximidade e de caridade para com os pobres, os fracos, os últimos, os
indefesos, é a melhor forma de comprovar a qualidade de nossa fé, tanto a nível
pessoal como a nível comunitário, pois “o anúncio de Cristo, pão da vida
eterna, requer um generoso compromisso de solidariedade” para com eles.
O destino da
comida que sobra
Outra passagem
da narrativa de João destacada por Francisco, foi a frase de Jesus aos
discípulos, após a multidão ter sido saciada: "Recolham os pedaços que
sobraram, para que nada seja perdido". O Papa propôs esta mesma frase aos
presentes na Praça São Pedro, chamando a atenção para o desperdício de comida,
quando tantos passam fome:
“Penso nas
pessoas que têm fome e em quanta comida que sobra que botamos fora... Cada um
de nós pense: a comida que sobra no almoço, na janta, para onde vai? Na minha
casa, o que se faz com a comida que sobra? Se joga fora? Não. Se você tem este
costume, dou a você um conselho: fale com seus avós, que viveram no pós-guerra,
e pergunte a eles o que faziam com a comida que sobrava. Nunca jogar fora a
comida que sobra. Se reutiliza ou se dá a quem possa comê-la, a quem tem
necessidade. Nunca colocar fora a comida que sobra. Este é um conselho e também
um exame de consciência: o que se faz em casa com a comida que sobra?”.
“Rezemos a
Virgem Maria - disse ao concluir - para que no mundo prevaleçam os programas
dedicados ao desenvolvimento, à alimentação, à solidariedade e não àqueles do
ódio, dos armamentos e da guerra”.
Após rezar
o Angelus, o Papa Francisco saudou os grupos presentes na Praça São Pedro,
em particular, os fiéis brasileiros vindos do Rio de Janeiro, Nova Friburgo,
Viseu, Quixadá e Fortaleza.
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Assista:
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Fonte: vaticannews.va
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