Unir as
forças para salvar a Terra antes que seja tarde
Em andamento na
Sala do Sínodo, no Vaticano, o Simpósio internacional para a defesa da Terra,
nossa casa comum, no terceiro aniversário da Encíclica do Papa Francisco,
Laudato si'. Na manhã desta quinta-feira pronunciaram-se o cardeal secretario
de Estado Pietro Parolin e o cardeal Peter Turkson.
Cidade do Vaticano - É hora de
responder concretamente ao apelo do Papa Francisco pela defesa de nossa casa
comum, antes que seja tarde demais. Foi o que sublinhou o cardeal Pietro
Parolin no encontro aberto na manhã desta quinta-feira, 6, na Sala Nova do
Sínodo, no Vaticano, promovido pelo Dicastério para o Serviço do
Desenvolvimento Humano Integral, por ocasião do terceiro aniversário de Laudato
si'.
O secretário de
Estado vaticano sublinhou como, desde a sua publicação, a Encíclica tenha
recebido grande apoio tanto dos crentes - não apenas dos cristãos - como da
comunidade científica. E enfatizou o tema da ecologia integral e da
interdependência, que estão no centro do documento papal.
Cuidado ambiental
e justiça para os pobres caminham juntos
Em seu discurso,
o cardeal Parolin destacou três pontos em particular. Antes de tudo, observou,
a Laudato si sublinha de forma inequevocável como "a situação do
nosso planeta hoje é precária". O perigo é, de fato, o "colapso"
de nossa casa comum, que garante a nossa e todas as outras formas de vida.
O segundo ponto
da Encíclica retomado pelo cardeal Parolin, é precisamente a ecologia integral.
Para Francisco, "a ecologia humana e a natural são inseparáveis".
Eis porque,
advertiu ele, "cuidar do meio ambiente, justiça para os pobres,
compromisso com a sociedade e a paz interior" também devem ser
inseparáveis. Tudo para o Papa - reiterou ele - está "interligado" e,
portanto, "o grito da terra está intimamente ligado ao grito dos
pobres".
Todos, foi o
apelo do secretário de Estado vaticano, somos portanto chamados a
"unir-nos no esforço para salvar nossa casa comum".
Mudar a direção
do progresso econômico para evitar uma catástrofe
O terceiro
ponto, sobre o qual o cardeal referiu-se, é a dimensão espiritual oferecida
pela Laudato si à questão ecológica. Uma dimensão condensada no
"evangelho" da criação ao qual é dedicado o segundo capítulo da
Encíclica.
Para Francisco,
recordou o cardeal Parolin, deve haver uma relação harmoniosa do homem com
Deus, com o próximo e com a mãe Terra. Os males que vemos também em detrimento
do meio ambiente, continuou, são o resultado da "violência presente em
nossos corações". E alertou para a exploração do meio ambiente e da
"cultura do descarte", que estão levando a criação "à beira da
catástrofe". Por isso, é urgente "mudar a direção do progresso, a
maneira de administrar nossa economia e nosso modo de vida".
Laudato torna-se
a bússola do caminho em defesa da Terra
A doutrina católica
sobre a criação, acrescentou, "não considera o mundo como um incidente
causal", mas como um "ato intencional de Deus que o ofereceu aos
seres humanos como um presente". Um presente a ser preservado, “não para
ser dominado e devastado".
É sob esta luz,
disse o cardeal Parolin, que é facilmente entendido porque o Papa Francisco
está tão preocupado ao mesmo tempo "pelos pobres e pela natureza".
Estamos todos conscientes, concluiu ele, de quão difícil é o caminho a ser
percorrido”, mas temos uma boa bússola que nos guia: a Encíclica Laudato
si".
Nossa geração
tem imensa responsabilidade pelo futuro da humanidade
O cardeal Peter
Turkson também falou sobre o drama da situação. "A nossa comum casa
planetária - advertiu - está caindo em ruínas" e o tempo para agir
"está expirando".
O prefeito do
Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral advertiu então
que, se não mudarmos nosso sistema econômico hoje, "condenaremos as
futuras gerações" e, em última instância, o futuro da própria Terra.
É por isso que,
disse o cardeal ganense, a geração atual tem uma "imensa responsabilidade
para salvar nossa casa comum" e é por essa razão, acrescentou, que a Santa
Sé com este encontro desejava envolver a todos: desde líderes religiosos e
cientistas, de expoentes políticos a representantes da sociedade civil.
O compromisso,
disse o cardeal Turkson, é criar uma "rede mundial de pessoas" que
levem com paixão o compromisso de proteger o meio ambiente. "Se esta
geração não agir - disse o teólogo irlandês Sean McDonagh - nenhuma geração
futura será capaz de reparar os danos que esta geração causou ao planeta".
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Decreto
reconhece virtudes heroicas de 3 leigos e 1 leiga
Dois leigos
italianos e um inglês e uma leiga espanhola tiveram suas virtudes heroicas
reconhecidas por Decretos da Congregação para as Causas dos Santos.
Cidade do
Vaticano - Nesta
quinta-feira, 5 de julho, o Santo Padre Francisco recebeu em audiência o
cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Durante a audiência, o Sumo Pontífice autorizou a Congregação a promulgar os
Decretos relativos:
- às virtudes
heroicas do Servo de Deus Pietro Di Vitale, leigo; nascido em 14 de dezembro de
1916 em Castronovo di Sicília (Itália) e lá falecido em 29 de janeiro de 1940;
- às virtudes
heroicas do Servo de Deus Giorgio La Pira, leigo; nascido em Pozzallo (Itália)
em 9 de janeiro de 1904 e falecido em Florença (Itália) em 5 de novembro de
1977;
- às virtudes
heroicas da Serva de Deus Alessia González-Barros y González, leiga; nascida em
7 de março de 1971 em Madri (Espanha) e falecida em Pamplona (Espanha) em 5 de
dezembro de 1985;
- às virtudes
heroicas do Servo de Deus Carlo Acutis, leigo; nascido em 3 de maio de 1991 em
Londres (Inglaterra) e falecido em Monza (Itália) em 12 de outubro de 2006.
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Fonte: vaticannews.va
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