Para encontrar Jesus
é preciso pôr-se a caminho, sempre e sem cessar
“Pôr-se a
caminho”: uma ação essencial para encontrar Jesus. Esta estrela convida a
caminhar, às vezes, arduamente; pede para livrar-nos de pesos inúteis e
enfrentar os imprevistos da nossa vida tranquila, destacou Francisco.
Cidade do
Vaticano - O Santo Padre presidiu, na manhã deste sábado (06/01), na Basílica
São Pedro, à celebração Eucarística por ocasião da Solenidade da Epifania do
Senhor, cuja festa a Igreja no Brasil celebra este domingo, dia 7.
Em sua homilia,
o Papa diz que “o nosso percurso ao encontro do Senhor, que hoje se manifesta
como luz e salvação para todos os povos”, torna-se mais claro com a visita dos
três Reis Magos ao Menino Jesus, deitado em uma manjedoura.
Este gesto dos
Magos resume-se em três etapas: veem a estrela, põem-se a caminho e
oferecem presentes. Explicando o primeiro “veem a estrela”, Francisco disse que
é o ponto de partida. Mas, perguntou: Por que só os Magos viram a estrela? E
respondeu:
É preciso uma
meta mais alta, manter alto o olhar
“Porque, talvez,
poucos levantaram o olhar para o céu. Na vida, muitas vezes, contentamo-nos
apenas em olhar para a terra: saúde, dinheiro, diversão. Mas, será que ainda
podemos levantar os olhos ao céu? Sabemos sonhar, ansiar por Deus, esperar a
sua novidade? Os Magos não se contentaram com a vidinha de sempre, mas
entenderam que, para viver de verdade, é preciso uma meta mais alta e, por
isso, manter alto o olhar”.
E Francisco
perguntou ainda: “Por que muitos outros, que levantavam o olhar para o céu, não
seguiram a estrela, a ‘sua estrela’?” E explicou: “Porque, talvez, não fosse
uma estrela ofuscante, que brilhasse mais que as outras”. Os Magos viram uma
estrela despontar: era a estrela de Jesus, que não ofusca, mas, gentilmente, convida.
E acrescentou:
A estrela do
Senhor nos guia e nos acompanha
“Há estrelas
ofuscantes, que suscitam fortes emoções, mas não indicam o caminho: o sucesso,
o dinheiro, a carreira, as honras, os prazeres, mas não passam de meteoritos,
que brilham um pouco, caem e perdem seu esplendor; são estrelas cadentes, que,
ao invés de orientar, nos desviam. A estrela do Senhor nem sempre ofusca, mas
nos guia e nos acompanha; não promete recompensas materiais, mas garante a paz
e causa, como aos Magos, uma imensa alegria; ela nos convida a caminhar”.
De fato, o
segundo gesto dos Reis Magos, disse o Pontífice, é “pôr-se a caminho”: uma ação
essencial para encontrar Jesus. Esta estrela convida a caminhar, às vezes,
arduamente; pede para livrar-nos de pesos inúteis e enfrentar os imprevistos da
nossa vida tranquila. Jesus deixa-se encontrar por quem o busca, mas, para
encontrá-lo é preciso ir, sair, arriscar, não ficar à espera, parados,
acomodados: é um êxodo. E o Papa recordou:
Para encontrar
Jesus é preciso entrar em ação
“Deus, que
libertou seu povo, por meio do êxodo, e chamou novos povos para seguir a sua
estrela, concede a liberdade e a alegria somente a quem está a caminho. Para
encontrar Jesus, é preciso entrar em ação, pôr-se a caminho, sempre e sem
cessar. Para encontrar o Menino, é preciso arriscar: descobrindo a sua ternura
e o seu amor nós nos encontramos”.
Pôr-se a caminho
não é fácil. De fato, Herodes, perturbado pelo temor de perder seu poder, com o
nascimento do Menino-Deus, não sai do seu Palácio e fica fechado dentro dele.
Ao contrário, os Magos falam pouco e caminham muito, se prostram. Aqui, entra
seu terceiro gesto, como diz Francisco: “oferecem dons”. Jesus está ali para
oferecer a sua vida e salvação, e os Magos lhe oferecem o que têm de mais
precioso: “ouro, incenso e mirra”.
Oferecer algo a
nossos irmãos mais pequeninos
“Ele, que se fez
pequenino por nós, nos pede para oferecermos alguma coisa aos nossos irmãos
mais pequeninos, ou seja, aos que não têm como retribuir: os necessitados, os
famintos, os forasteiros, os presos, os pobres. São tantos os dons agradáveis a
Jesus, entre os quais, assistir os doentes, perdoar quem nos ofende... são dons
gratuitos, que não podem faltar na vida de um cristão”.
Francisco
concluiu sua homilia convidando os presentes a olhar nossas mãos, muitas vezes
vazias de amor, e enchê-las com presentes gratuitos, sem retribuição. Por fim,
elevou ao Menino-Deus a seguinte invocação: «Senhor, fazei-me redescobrir a
alegria de doar».
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Assista:
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Papa no Angelus:
Prepotência,
sede de poder e de riquezas contrastam com a fé cristã
Francisco
recordou o Dia da Infância Missionária, celebrado este sábado, e felicitou
algumas Igrejas orientais, católicas e ortodoxas, que este domingo, dia 7,
celebram o Natal do Senhor.
Cidade do
Vaticano - Após a celebração da Santa Missa, na Basílica de São Pedro, pela
Solenidade da Epifania, o Papa Francisco assomou, ao meio-dia deste sábado
(06/01), à janela da Residência Apostólica, que dá para a Praça São Pedro, para
rezar a oração mariana do Angelus, com os milhares de fiéis e peregrinos
presentes.
Guiados pela
estrela, chegaram a Jerusalém
Em sua alocução,
o Santo Padre citou três atitudes, destacadas pelo Evangelho deste sábado,
Solenidade da Epifania, para o acolhimento de Jesus e a sua manifestação ao
mundo: busca ansiosa, indiferença, medo.
Magos a caminho,
em busca do Menino Jesus
Os Reis Magos
não hesitaram a pôr-se a caminho em busca do Messias. Após uma longa viagem,
guiados pela estrela, chegaram a Jerusalém e perguntaram a Herodes, aos Sumos
Sacerdotes e aos Escribas onde poderiam encontrar o recém-nascido para
adorá-lo. Explicando esta atitude evangélica, o Papa acrescentou a segunda, ou
seja, a indiferença:
“Esta busca
ansiosa dos Magos é contraposta pela indiferença, dos Sumos Sacerdotes e
dos Escribas. Conhecendo as Escrituras, eles sabiam onde era o lugar do
nascimento de Jesus, mas não se incomodaram de ir visitá-lo, não obstante Belém
estivesse a poucos quilômetros. Ainda pior, foi a atitude de Herodes, que
queria saber onde estava o Menino, não para adorá-lo, mas para matá-lo, por
medo de perder seu poder para aquele que considerava seu rival”. Logo,
Francisco destaca as três atitudes do Evangelho da Solenidade da Epifania: busca
ansiosa, indiferença, medo. E ponderou:
Jesus pode ser
visto como obstáculo diante das ambições humanas
“O egoísmo pode
levar a considerar a vinda de Jesus, na nossa vida, como uma ameaça. Então,
procuramos suprimir ou calar a sua mensagem. Diante das ambições humanas,
perspectivas incômodas e inclinações do mal, Jesus é visto como obstáculo.
Diante da tentação da indiferença, os cristãos são incoerentes com a sua fé,
seguindo os príncipes deste mundo: satisfazer as inclinações da prepotência, a
sede de poder e as riquezas”.
Ao contrário,
disse o Papa, somos chamados a seguir o exemplo dos Magos: sua busca ansiosa
para encontrar Jesus, adorá-lo, reconhecê-lo como Senhor e Salvador, como
Caminho, Verdade e Vida. Ao término da sua alocução mariana, o Santo Padre
invocou a Mãe de Jesus e nossa, para que, com a sua intercessão, possamos
encontrar Cristo, a fim de progredirmos no caminho da justiça e da paz.
Felicitações do
Papa a Igrejas orientais que celebram este domingo, dia 7, o Natal do Senhor
Depois da oração
do Angelus, o Papa passou a cumprimentar os diversos grupos de fiéis
presentes na Praça São Pedro. Antes de tudo, recordou que algumas Igrejas
orientais, católicas e ortodoxas, celebram, este domingo, o Natal do Senhor:
“A estas Igrejas
dirijo as minhas felicitações mais cordiais. Que esta celebração seja fonte de
novo vigor espiritual e de comunhão entre todos os cristãos, que reconhecem
Jesus como Senhor e Salvador”.
Dia da Infância
Missionária
A seguir,
Francisco recordou o Dia da Infância Missionária, que se celebra neste sábado
(06/01). A todas as crianças e adolescentes missionários convidou a dirigir
seus olhares ao Menino Jesus, para que ele seja a guia preciosa no seu
compromisso de oração, fraternidade e partilha entre seus coetâneos mais
necessitados.
Por fim,
cumprimentou os participantes na manifestação folclórica da XXIII edição de
"Viva a Epifania", promovida pela Associação Famílias Europeias, cujo
objetivo é reafirmar e transmitir o verdadeiro significado espiritual e os
valores da Epifania do Senhor.
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Fonte: www.vaticannews.va/pt
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