"Encontro do Papa com indígenas reforça suas esperanças"
Caravanas de
Rondônia, Mato Grosso, Acre e Sul do Amazonas estarão em Puerto Maldonado no
primeiro evento público no Papa no Peru.
Puerto Maldonado
- A presidência da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) já se encontra em Puerto
Maldonado desde a manhã de quarta-feira (17/01) para reuniões em vista do
Sínodo Pan-Amazônico convocado pelo Papa Francisco para outubro de
2019 em Roma, e o evento de sexta-feira (19/01) no Coliseu Madre de Dios.
A chegada da
presidência da Repam a Puerto Maldonado
Dom Cláudio
Hummes, Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia (CEA) da Conferência
Nacional do Bispos do Brasil (CNBB) e da Repam, destaca que “a decisão do Papa
Francisco de encontrar os indígenas da Pan-Amazônia em Puerto Maldonado é um
dos gestos mais significativos de seu Pontificado, porque é um forte apelo em
favor dos povos originários da Amazônia e também um renovado empenho no cuidado
com a nossa Casa Comum”.
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Assista:
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Papa celebra
matrimônio de tripulantes em pleno voo
Matrimônio no
voo Santiago-Iquique
Papa Francisco abençoa a união matrimonial dos comissários de bordo Paula e Carlos em pleno voo |
Cidade do
Vaticano - “Tinham ideia
de casar-se em uma igreja, mas não puderam fazê-lo. Então decidiram fazer hoje
no avião”.
Assim o
diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, explicou aos jornalistas
presentes no voo Santiago-Iquique o
casamento celebrado.
O Papa
Francisco uniu em matrimônio os comissários de bordo Paula Podest Ruiz, de 39
anos, e Carlos Ciuffardi Elorriaga, de 41, pais de duas meninas, uma de 6 e
outra de 3 anos.
“É tudo
válido, tudo lícito! Foi feito pelo Papa. E há um ato escrito. (...). Foi uma
surpresa também para o Papa. Eles pensavam em fazê-lo, tinham esta ideia de se
casar no civil, eles tem dois filhos, queriam estar no mesmo avião,
tinham a ideia de pedir ao Papa...tinham ideia de casar-se em uma igreja, mas
não puderam fazê-lo. Então decidiram fazer hoje no avião”.
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Papa Francisco:
Iquique, região que soube acolher diferentes povos e culturas
Último
compromisso do Papa no Chile.
Cidade do
Vaticano - O Papa
Francisco celebrou a missa, nesta quinta-feira (18/01), no Campus Lobito, em
Iquique, em honra a Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Chile, e pela
integração dos povos.
“Em Caná da
Galileia, Jesus realizou o primeiro de seus sinais milagrosos.” Assim, o
Pontífice iniciou a sua homilia, citando este versículo do Evangelho de São
João.
“Este
Evangelho que ouvimos, nos mostra a primeira aparição pública de Jesus: nada
mais, nada menos que numa festa. Não poderia ser doutra forma, pois o Evangelho
é um convite constante à alegria.”
“Logo no
início, o anjo diz a Maria: «Alegra-te». Anuncio-vos uma grande alegria: foi
dito aos pastores. O menino saltou de alegria no seio de Isabel, mulher idosa e
estéril. Alegra-te, fez Jesus sentir ao ladrão, porque hoje estarás comigo no
paraíso.”
“A mensagem
do Evangelho é fonte de alegria: «Manifestei-vos estas coisas, para que esteja
em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa». Uma alegria que se
propaga de geração em geração, e da qual somos herdeiros”, sublinhou Francisco
citando mais um versículo do evangelho.
“Disto, bem
vos entendeis vós, queridos irmãos do norte chileno.
“Vocês sabem
viver a fé e a vida em clima de festa! Venho, como peregrino, celebrar com
vocês esta maneira linda de viver a fé.”
As sua festas
patronais, as suas danças religiosas (que duram uma semana), a sua música, os
seus vestidos fazem desta região um santuário de piedade popular.
De fato, não
é uma festa que fica fechada dentro do templo, mas consegue vestir de festa
toda a aldeia.
Vocês sabem
celebrar cantando e dançando «a paternidade, a providência, a presença amorosa
e constante» de Deus.
Deste modo
geram em vocês «atitudes interiores que raramente se observam no mesmo grau»
naqueles que não possuem tal piedade popular: «paciência, sentido da cruz na
vida quotidiana, desapego, aceitação dos outros, dedicação e devoção».
Ganham vida as palavras do profeta Isaías: «Então o deserto se converterá em
pomar, e o pomar será como uma floresta»."
“Esta terra,
abraçada pelo deserto mais seco do mundo, sabe vestir-se de festa.”
“Neste clima
de festa”, frisou ainda o Pontífice, “o Evangelho nos apresenta a ação de
Maria, para que a alegria prevaleça.
Está atenta a
tudo o que acontece ao redor d’Ela e, como boa mãe, não fica parada e assim
consegue dar-se conta de que na festa, na alegria geral, acontecera algo: algo
que estava para arruinar a festa. E, aproximando-Se de seu Filho, as
únicas palavras que Lhe ouvimos dizer são: «Não têm vinho».”
“Da mesma
forma, Maria vai pelas nossas aldeias, ruas, praças, casas, hospitais.”
"Maria é
a Virgem da Tirana, a Virgem Ayquina em Calama, a Virgem das Penhas em Arica,
que passa por todos os nossos problemas familiares, aqueles que parecem
sufocar-nos o coração, para Se aproximar de Jesus e dizer-Lhe ao ouvido: Olha!
«Não têm vinho».
Maria não
fica calada, “mas logo se aproxima dos que serviam na festa e lhes diz: «Fazei
o que Ele vos disser». Maria, mulher de poucas palavras mas muito concretas,
também se aproxima de cada um de nós para nos dizer apenas isto: «Fazei o que
Ele vos disser».
E assim se
abre o caminho ao primeiro milagre de Jesus: fazer sentir aos seus amigos que
eles também participam do milagre. Porque Cristo «veio a este mundo, não para
fazer a sua obra sozinho, mas conosco, com todos nós, para ser a cabeça dum
grande corpo cujas células vivas, livres e ativas somos nós».”
“O milagre
começa quando os serventes aproximam as vasilhas de pedra com água, destinadas
à purificação. Do mesmo modo cada um de nós também pode começar o milagre;
mais ainda, cada um de nós é convidado a participar do milagre para os outros”,
frisou o Papa.
“Irmãos,
Iquique é uma «terra de sonhos» (tal é o significado do nome, em aymara); terra
que soube acolher pessoas de diferentes povos e culturas que tiveram de deixar
os seus queridos e partir. ”
"Uma
saída sempre baseada na esperança de obter uma vida melhor, mas sabemos que
sempre se faz acompanhar por bagagens carregadas de medo e incerteza pelo que
virá."
“Iquique é
uma região de imigrantes que nos lembra a grandeza de homens e mulheres; de
famílias inteiras que, perante a adversidade, não se dão por vencidas mas se movem
procurando a vida.”
Eles,
sobretudo quantos têm que deixar a sua terra, porque não encontram o mínimo
necessário para viver, são ícones da Sagrada Família, que teve de atravessar
desertos para continuar a viver.”
“Esta é terra
de sonhos, mas procuremos que continue sendo também terra de hospitalidade. Hospitalidade
festiva, porque sabemos bem que não há alegria cristã, quando se fecham as
portas; não há alegria cristã, quando se faz sentir aos outros que estão a mais
ou que não têm lugar para eles em nosso meio.”
“Como Maria
em Caná, procuremos aprender a estar atentos em nossas praças e aldeias e
reconhecer aqueles que têm a vida «arruinada»; que perderam, ou lhes roubaram,
as razões para fazer festa. E não tenhamos medo de levantar as nossas vozes para
dizer: «Não têm vinho».
O grito do
povo de Deus, o grito do pobre, que tem forma de oração e alarga o coração, e
nos ensina a estar atentos.
“Estejamos
atentos a todas as situações de injustiça e às novas formas de exploração que
fazem tantos irmãos perder a alegria da festa.”
Estejamos
atentos à situação de precariedade do trabalho que destrói vidas e famílias.
Estejamos
atentos a quem se aproveita da irregularidade de muitos migrantes porque
não conhecem a língua ou não têm os documentos em «regra»."
“Estejamos
atentos à falta de teto, terra e trabalho de tantas famílias. E, como Maria,
digamos com fé: Não têm vinho”
O Papa frisou
que “como os servidores da festa, tragamos o que temos, por pouco que pareça.
Como eles, não tenhamos medo de «dar uma mão», e que a nossa solidariedade e o
nosso compromisso em prol da justiça sejam parte da dança ou do cântico que
podemos entoar a nosso Senhor.
Aproveitemos
também para aprender e deixar-nos impregnar pelos valores, a sabedoria e a fé
que os migrantes trazem consigo; sem nos fecharmos a essas «vasilhas» cheias de
sabedoria e história trazidas por aqueles que continuam chegando a estas
terras. Não nos privemos de todo o bem que eles têm para oferecer”.
“Deixemos que
Jesus possa completar o milagre, transformando as nossas comunidades e os
nossos corações em sinal vivo de sua presença jubilosa e festiva, para
experimentarmos que Deus está conosco, para aprendermos a hospedá-Lo no meio de
nós. Júbilo e festa contagiosa que nos leva a não excluir ninguém do anúncio
desta Boa Nova.”
Francisco
concluiu a homilia, pedindo a Maria, invocada nestas terras abençoadas do
norte sob diferentes títulos, para que “continue sussurrando aos ouvidos de seu
Filho Jesus: «Não têm vinho»; e, em nós, continuem a fazer-se carne as suas
palavras: «Fazei o que Ele vos disser».”
...............................................................................................................................................................Assista:
Papa despede-se
do Chile
As despedidas no
Aeroporto internacional de Iquique
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco
despediu-se do Chile esta quinta-feira. Pouco antes das 17 horas, horário
local, um avião A321 da Latam decolou do Aeroporto internacional “Diego
Aracena” de Iquique, rumo ao Aeroporto internacional de Lima, distante 1.200
quilômetros.
O Pontífice foi
acolhido na Sala Vip do aeroporto de Iquique pela presidente Michelle Bachelet,
com quem conversou por alguns minutos. Após passou em revista a Guarda de
Honra e saudou as delegações.
Agradecimento do
Papa
O último
compromisso público do Santo Padre em terras chilenas foi a celebração da Santa
Missa no Campo Lobito, em Iquique. A presidente chilena participou da
celebração.
No final da
celebração, Francisco agradeceu a Dom Guillermo Vera Soto, Bispo de Iquique,
pelas as amáveis palavras que lhe dirigiu em nome de seus irmãos bispos e de
todo o povo de Deus no Chile. Agradeçeu ainda a Presidente Michelle Bachelet
pelo convite para visitar o país.
O Santo Padre
expressou de modo especial a sua gratidão a todos aqueles que tornaram possível
a visita: às autoridades civis e, na pessoa delas, cada funcionário que, com
profissionalismo, contribuiu para que todos pudessem desfrutar deste tempo de
encontro.
Obrigado também
- disse Francisco - pelo trabalho sacrificado e silencioso de milhares de voluntário:
"sem o seu comprometimento e colaboração, teriam faltado as vasilhas com
água para que o Senhor pudesse fazer o milagre do vinho da alegria. Obrigado a
quantos, de muitas maneiras e formas, acompanharam esta peregrinação,
especialmente com a oração. Sei do sacrifício que tiveram de fazer para
participar nas celebrações e encontros. Aprecio-o e agradeço-o de coração.
Obrigado aos membros da comissão organizadora. Todos trabalharam! Muito
obrigado".
O Santo Padre
destacou em seguida que a sua peregrinação continuaria agora no Peru.
"Povo amigo e irmão desta Pátria Grande que estamos convidados a cuidar.
Uma Pátria que encontra a sua beleza no rosto pluriforme dos seus povos".
E concluiu:
"Queridos irmãos, em cada Eucaristia, dizemos: Olhai, Senhor, para a «fé
da vossa Igreja e dai-lhe a união e a paz, segundo a vossa vontade». Que mais
posso desejar-vos do que terminar a minha visita dizendo ao Senhor: Olhai a fé
desse povo e dai-lhe a união e a paz". A última palavra foi para que não
se esqueçam de rezar por ele.
Santuário Nossa
Senhora de Lourdes
Após a
celebração, o Pontífice e séquito transferiram-se para a Casa de Retiros do
Santuário Nossa Senhora de Lourdes, dos Padre Oblatos – distante 12 km – onde
almoçaram.
O Papa foi
acolhido pelo Reitor e por dois sacerdotes da Casa, que o acompanharam até a
igreja, onde foi homenageado com flores por três crianças. Na igreja também
estavam dez pessoas enfermas e 2 familiares das vítimas da repressão dos anos
70.
Vítimas da
ditadura
O Papa saudou Héctor
Marín Rossel, presidente da Agrupación de Familiares de Ejecutados
Políticos y Detenidos Desaparecidos de Iquique y Pisagua (Afepi). Seu
irmão, Jorge, foi sequestrado em 28 de setembro de 1973, quando tinha 19 anos.
Ele entregou ao
Papa uma carta onde descrevia os esforços do grupo para encontrar familiares
desaparecidos, contando com a colaboração das forças armadas e do governo
chileno.
Héctor, ademais,
manifestou o seu apreço pela grande obra de promoção e defesa dos direitos
humanos da Igreja no Chile.
Antes de partir
para o aeroporto, Francisco posou para três fotos com um grupo de seminaristas,
de Irmãs Salesianas Missionárias – que serviram o almoço – e com alguns membros
do Comitê organizador local da viagem.
Por fim, o Papa
saudou do papamóvel os sacerdotes que o aguardavam na saída.
No local,
construído no início do século XX por desejo do vigário apostólico de Tarapacá
e futuro primeiro cardeal, Dom Maria Caro, existe uma reprodução da célebre
gruta de Massabielle, em Lourdes.
Desde 1949 o
Santuário foi confiado aos Missionários Oblatos de Maria Imaculada (OMI),
Congregação Missionária fundada em 1816 na França, por S. Eugène de Mazenod,
para a evangelização das populações pobres das áreas rurais.
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Fonte: www.vaticannews.va/pt
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