A vocação do leigo e da leiga na Igreja e no mundo
Estimados
Diocesanos! É com grande alegria que a Igreja, dentro do mês vocacional, hoje
celebra a “vocação do leigo e da leiga na Igreja e no mundo”. O Concílio
Vaticano II, concluído em 1965, iniciou uma caminhada histórica de resgate do
papel e da identidade dos leigos e leigas na vida da Igreja. Neste período,
muitos desafios foram superados para que eles se tornassem cada vez mais “sal
da terra e luz do mundo”, verdadeiros protagonistas na Igreja povo de Deus.
Nas visitas
pastorais, vou conhecendo o rosto do povo de Deus das nossas comunidades. Mas
hoje quero expressar particular gratidão aos milhares de leigos e leigas, que,
na vivência da fé e por amor ao Senhor Jesus, se colocam a serviço da Igreja
nas nossas comunidades. “O ministério de coordenação e de liderança é um
verdadeiro lava-pés, cuja função é animar, organizar e coordenar a vida das
comunidades, seguindo o Cristo Bom Pastor e agindo em nome da Igreja e em favor
do povo”. (Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade, Sal da Terra e
Luz do Mundo, CNBB, Doc.105, n. 59).
O Documento 105
da CNBB, Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade, entre outros temas,
aborda o serviço cristão ao mundo. “É missão do povo de Deus assumir o
compromisso sociopolítico transformador, que nasce do amor apaixonado por
Cristo... Os cristãos são cidadãos e, como tais, junto com as pessoas de boa
vontade, são interpelados a assumir ativamente esta cidadania em toda a sua
amplitude... Ser cristão, sujeito eclesial, e ser cidadão não podem ser vistos
de maneira separada... O cristão leigo expressa o seu ser Igreja e o seu ser
cidadão na comunidade eclesial e na família, nas opções éticas e morais, no
testemunho de vida profissional e social, na sociedade política e civil e em
outros âmbitos. Busca sempre a coerência entre ser membro da Igreja e ser
cidadão...”
“Os cristãos
leigos e leigas são Igreja e como tal vivem sua cidadania no mundo, ou seja,
assumem sua missão sem limites e fronteiras, através de sua presença nas macro
e microestruturas que compõem o conjunto da sociedade. Eles sabem que a Igreja
existe unicamente para servir. É a pessoa humana que deve ser salva. É a
sociedade humana que deve ser renovada” (Documento citado, 167).
Dom José Gislon - Bispo de Erexim (RS)
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Fonte: cnbb.org.br Ilustração: paroquiavilafatima.com.br
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