Fraternidade e paz
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma Carta aos Membros da Equipe
Olímpica de Refugiados que participam das Olimpíadas no Rio de Janeiro.
É a primeira vez
que uma equipe de Refugiados disputa uma Olimpíada. A finalidade dessa
participação especial nos Jogos é chamar a atenção do mundo esportivo para o
problema dos refugiados.
O Santo Padre
começou sua Carta saudando cada um dos dez membros, citando seus nomes. A
seguir, expressou seu desejo de que eles tenham sucesso nas Olimpíadas. E
acrescentou: “Que a coragem e a força que trazem dentro de vocês possam
transmitir, através dos Jogos Olímpicos, seu grito de fraternidade e de paz”.
Estádio do Maracanã: cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 |
“Que através de
vocês, - disse o Papa – a humanidade compreenda que a paz é possível e que, por
meio dela, tudo se pode ganhar; ao invés, com a guerra, tudo se pode perder!”
Francisco
concluiu sua breve missiva, escrita de próprio punho em espanhol, fazendo votos
de que “o testemunho destes Refugiados possa fazer bem a todos”. E, ao se
despedir fraternalmente, o Papa prometeu-lhes suas orações e, ao mesmo tempo,
também pediu que rezassem por ele.
A equipe de
atletas refugiados vai disputar nas modalidades de atletismo, natação e judô.
Na inauguração dos Jogos, no Estádio do Maracanã, na noite desta sexta-feira,
eles não se apresentaram com as bandeiras de seus países de origem, mas com a
do Comitê Olímpico Internacional (COI).
O Ministério da
Justiça e Cidadania (MJC) atua na proteção dos refugiados no País e apoia
iniciativas de inclusão dessas pessoas. O relatório do Sistema de Refúgio
Brasileiro, divulgado em maio, aponta a existência de 8.863 refugiados no
Brasil, em 2016. Os dados são do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare),
ligado à Secretaria Nacional de Justiça e Cidadania.
Os dez
integrantes da inédita Equipe Olímpica de Atletas Refugiados tiveram que deixar
seus países devido às guerras e às crises humanitárias.
Atualmente, os
dez Refugiados vivem no Brasil, Alemanha, Quênia, Luxemburgo e Bélgica. A
equipe é composta por dois nadadores da Síria, dois judocas do Congo, um
maratonista da Etiópia e cinco corredores do Sul do Sudão.
A Agência da ONU
para Refugiados (Acnur) é parceira do Comitê Olímpico Internacional nesta
iniciativa. A partir de uma solicitação do COI, a Acnur identificou refugiados
em todo o mundo com experiência esportiva e encaminhou os nomes à instituição.
“A equipe levará
o mundo a ter mais consciência da causa dos Refugiados, mostrando que todos
podem contribuir para a sociedade": foi o que afirmou o Presidente do COI,
Thomas Bach, durante a sessão de apresentação da Equipe de Refugiados no Rio de
Janeiro.
Estes atletas representam
os mais de 60 milhões de refugiados no mundo inteiro e são incentivo para que
continuem perseguindo seus objetivos, apesar das adversidades. (MT/Acnur)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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