Eis o Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo!
A Santíssima
Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por
nós. Mesmo separando seu Corpo e seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em
cada uma das espécies.
Todos os anos,
na quinta-feira chamada de “Corpus Christi”, ou seja, do Corpo de Cristo, somos
chamados a publicamente adorar a Nosso Senhor Jesus Cristo que se dá a cada um
de nós, os batizados, na Santa Missa que participamos aos domingos e, de
preferência, daqueles e daquelas que participam diariamente do Santo Sacrifício
Eucarístico. Esta Solenidade é uma recordação feliz e bonita da Quinta-Feira
Santa quando Jesus instituiu a Eucaristia e manifesta solenemente que em cada
Eucaristia Ele próprio se dá a cada um dos que O Seguem.
A Santíssima
Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Jesus por nós.
Mesmo separando seu Corpo e seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada
uma das espécies. É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento
que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Jesus e,
por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina
aqui na terra mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos
for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.
A centralidade
do sacramento eucarístico na vida da Comunidade eclesial, que é a ideia-chave
da Eucaristia, exprime-se, em primeiro lugar, no facto inegável de que a Igreja
vive da Eucaristia. A Igreja vive de Jesus eucarístico, por
Ele é nutrida e por Ele é iluminada.
O Catecismo
da Igreja Católica diz: "A Missa é, ao mesmo tempo e
inseparavelmente, o memorial sacrifical em que se perpetuam o sacrifício da
Cruz e o banquete sagrado da Comunhão, no Corpo e Sangue do Senhor"
(C.I.C., n. 1382). Jesus não se limitou a afirmar que o que lhes dava de comer
e de beber era o seu corpo e o seu sangue, mas exprimiu também o seu valor
sacrifical, tornando sacramentalmente presente o seu
sacrifício que, algumas horas depois da Ceia, realizaria na cruz,
pela salvação de todos.
A Eucaristia,
sacrifício e convite, é o que de mais precioso a Igreja pode ter no seu caminho
como peregrina no tempo e na história; é a dádiva mais inestimável, "dom
por excelência, porque dom dele mesmo [do Senhor], da sua Pessoa na humanidade
sagrada e também da sua obra de salvação" (cf. Ecclesia de
Eucharistia, 11), porque é "fonte e ápice da vida cristã" (Lumen
gentium, 11; cf. Ecclesia de Eucharistia, 1).
A
Eucaristia celebrada como ritualização da última Ceia, ela é essencialmente um
banquete de alegria e de ação de graças ao Senhor, pelo dom da libertação da
escravidão do pecado. É a própria liturgia que realça com vigor este aspecto
fundamental da Eucaristia. O celebrante convida os fiéis para "dar graças
ao Senhor, nosso Deus"; "É verdeiramente bom e justo, nosso dever e
fonte de salvação, dar-vos graças sempre e em toda a parte a Vós, ó Senhor, Pai
Santo, Deus omnipotente e eterno..." (Missal Romano).
A Eucaristia
reúne duas coisas: como Sacramento, “renova” a Ceia Pascoal; e como Sacrifício
“atualiza” o ato redentor de Cristo na cruz em nossas vidas. Pois, na Ceia,
Jesus deu aos discípulos o seu sangue que ia ser “derramado” pela redenção da
humanidade.
A Liturgia
Eucarística confirma a presença de Cristo entre nós. Deus está presente conosco
durante toda celebração (Mt 18,20), de diversos modos, “É o Senhor glorificado
que a comunidade dos fiéis encontra durante a celebração eucarística, na
pregação da Palavra, na participação fraterna da ceia do Senhor, no coração
daquele que crê e, de modo sacramental, nos dons do corpo e sangue já
oferecidos na cruz pela salvação das pessoas. (ARCIC II, p. 34)”. Na Liturgia
Eucarística atingimos o ponto alto da Celebração. Durante ela a Igreja irá
tornar presente o sacrifício que Cristo fez para nossa salvação. Não se trata
de outro sacrifício, mas sim de trazer à nossa realidade a salvação que Deus
nos deu. Durante esta parte a Igreja eleva ao Pai, por Cristo, sua oferta e
Cristo dá-se como oferta por nós ao Pai, trazendo-nos graças e bênçãos para
nossas vidas.
Na Eucaristia se
comunica o amor de Deus por nós: um amor tão grande que nos alimenta com o Seu
próprio ser; amor gratuito, sempre disponível a cada pessoa com fome e
necessitada de revigorar suas forças. Viver a experiência da fé significa
deixar-se nutrir pelo Senhor e construir a própria existência não sobre bens
materiais, mas sobre a realidade que não perece: os dons de Deus, a Sua Palavra
e Seu Corpo.
Graças e
louvores se dê a cada momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento, Amém!
Dom Eurico dos
Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora – MG
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Fonte: cnbbleste2.org.br Estampa: gaudiumpress.org
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