Escolha Divina
O Criador pensou
em fazer existir o ser humano na terra para a felicidade de todos. Até parece
que Ele não conseguiu seu intento devido à realidade de sofrimento de grande
parte da humanidade. Teria razão quem pensasse assim?
É de bom alvitre
saber os porquês divinos quando tomamos consciência do dado revelado sobre as
três pessoas divinas que nos criaram à sua imagem e semelhança. Elas criaram e
continuam criando o universo e cuidam com zelo de tudo. Deram-nos este
pequenino planeta terra para também cuidarmos dele com zelo e amor.
Porém, apresentaram-nos a liberdade de querer ou não, à semelhança
delas, que são a fonte da liberdade. A realização pessoal está nas nossas
relações de pessoas humanas, à semelhança das pessoas divinas. O problema nosso
está aí: fazer a convivência com harmonia, respeito, solidariedade,
colaboração, ternura, amor e doação de si pelo bem do outro. A felicidade é
conquista de amor na convivência do amor.
No entanto, como
humanos às vezes somos desumanos. Por isso, a Trindade Santa resolveu mandar o
Filho como homem ao nosso planeta. Ele nos ensina, de modo compreensível em
nossa natureza, como fazer para restaurar o amor, a solidariedade e a
possibilidade da felicidade. Não há outro meio se não segui-Lo pelo caminho
da generosidade, do sacrifício de si, da disponibilidade e da doação da
vida, conforme seu exemplo de doação total. É o aprendizado do discípulo e do
missionário (Cf. Mateus 28,16-19). Se o aprendermos, temos a chave do segredo
da conquista da felicidade já na passagem existencial pela terra, não
descuidando também do meio ambiente, fonte de vida natural para todos e
engolido por minorias inescrupulosas. Se aprendermos a lição de casa com o
Filho de Deus, temos a solução para os desafios da caminhada no planeta.
Anima-nos,
frente ao projeto de vida apresentado por Cristo, a certeza dada por Ele de que
não estaremos caminhando sozinhos. Ele está conosco, através de sua ação na
Igreja por Ele instituída e com a força do Espírito Santo: “Eu estarei convosco
todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus 28,20).
O ponto central
da vida e do ensinamento do Filho a nós está no amor, que nos leva à união
entre nós, a ponto de pensarmos sempre no bem que devemos fazer ao semelhante
diuturnamente. Seguindo isso, temos a base de sustentação da realização ou
conquista de nossa felicidade, já laborada progressivamente na convivência na
família, nas organizações humanas e em toda a sociedade. Sua conquista se dá
paulatinamente com a formação e o esforço de cada uma para a alteridade ou o
compromisso com o bem do outro.
Dom José Alberto
Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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Fonte: cnbbleste2.org.br Estampa: cnbb.net.br
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