Nosso
destino é viver como amigos de Jesus
"Todos nós
cristãos recebemos este dom: a abertura, o acesso ao coração de Jesus, à
amizade de Jesus. Recebemos na sorte o dom da sua amizade. O nosso destino é
ser seus amigos", disse Francisco na homilia na Casa Santa Marta.
Cidade do Vaticano - Recebemos como
“destino” e não “casualmente” a amizade com Jesus e a nossa vocação é
justamente permanecer amigos do Senhor. Foi o que disse o Papa Francisco na
homilia da Missa celebrada na manhã de segunda-feira (14/05) na Casa Santa
Marta. A reflexão do Pontífice foi inspirada na Liturgia do dia, em que várias
vezes aparece a palavra “sorte”.
Nosso destino é
viver como amigos de Jesus
Nós recebemos
este dom como destino, a amizade do Senhor, esta é a nossa vocação: viver
amigos do Senhor, amigos do Senhor. E o mesmo receberam os apóstolos, mais
forte ainda, mas o mesmo. Todos nós cristãos recebemos este dom: a abertura, o
acesso ao coração de Jesus, à amizade de Jesus. Recebemos na sorte o dom da sua
amizade. O nosso destino é ser seus amigos. É um dom que o Senhor mantém sempre
e Ele é fiel a este dom.
Jesus não renega
a sua amizade nem mesmo com quem trai
Muitas vezes,
porém, nós não agimos como amigos e nos afastamos “com os nossos pecados, com
as nossas teimosias”, mas “Ele é fiel à amizade”. Como recorda o Evangelho de
hoje (Jo 15,9-17), Jesus não nos chama mais “servos”, mas “amigos” e mantém
esta palavra até o fim porque é fiel. Até mesmo com Judas: a última palavra que
dirige a ele, antes da traição, é “amigo”, não lhe diz “vai embora”:
Jesus é o nosso
amigo. E Judas, como diz aqui, seguiu sua nova sorte, seu destino que ele mesmo
escolheu livremente, se afastou de Jesus. E a apostasia é isso: afastar-se de
Jesus. Um amigo que se torna inimigo ou um amigo que se torna indiferente ou um
amigo que se torna traidor.
Permanecer na
amizade com Jesus
Como narra a
Primeira Leitura (At 1,15-17.20-26), no lugar de Judas a sorte caiu em Matias
“para ser testemunha da Ressurreição”, “testemunha deste dom de amor”. “O amigo
– recordou o Papa – é quem compartilha os próprios segredos” com o outro. “Eu
vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai”, diz de
fato Jesus no Evangelho. Trata-se, portanto, de uma amizade que “recebemos como
sorte, isto é, como destino”, como a receberam Judas e Matias:
Pensemos nisto,
Ele não renega este dom, não nos renega, nos espera até o fim. E quando nós
pela nossa fraqueza nos afastamos Dele, Ele espera, Ele espera, Ele continua
dizendo: “Amigo, eu o espero. Amigo o que quer? Amigo, por que você me trai com
um beijo?”. Ele é fiel na amizade e nós devemos pedir-Lhe esta graça de
permanecer no seu amor, permanecer na sua amizade, aquela amizade que nós
recebemos como dom na sorte por Ele.
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Fonte: vaticannews.va
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