O
nascimento da Igreja Missionária
Cinquenta dias
após celebrarmos a Ressurreição de Jesus, somos convidados a rezar a Solenidade
de Pentecostes. Na
liturgia, com a celebração de Pentecostes,
se encerra o tempo pascal e retomamos o tempo comum, tempo de rezar a vida
pública de Jesus e a nossa missão como seus discípulos.
Antes de
receberem o Espírito
Santo, a força do alto, os discípulos não passavam de um grupo paralisado
pelo medo. Ser discípulo apenas para assistir o que Jesus fazia, era uma
atitude muito cômoda. Após a Ascensão os
discípulos ficaram meio que perdidos, pois não sabiam o que fazer e nem como
fazer e se perguntavam? Quem irá agora anunciar o Reino? Quem irá evangelizar
os pobres? Quem irá acolher os pecadores? Quem irá consolar os tristes? Quem
irá partilhar o pão? Quem irá cuidar dos doentes e abandonados? Enquanto Jesus
estava com eles, era Jesus quem realizava estes gestos de amor.
Por isso, Pentecostes marca
o nascimento da Igreja missionária, quando os discípulos vão compreendendo que
agora são eles que devem continuar os gestos de amor de Jesus neste mundo.
Agora são os lábios dos discípulos que tem que anunciar o Reino. São as mãos
dos discípulos que tem que partilhar o pão. E é o coração do discípulo, que se
revestiu do amor de Cristo, que irá continuar oferecendo amor para manter a
esperança de vida.
O Espírito
Santo é o dom que o Pai nos concede para que sejamos capazes de
guardar a Palavra do seu Filho em nossa vida. O Espírito fez os discípulos
recordarem que Cristo havia colocado o Evangelho em seus corações e que, por
amor a Cristo, os discípulos guardaram sua palavra: “Quem me ama guardará minha
palavra”. Sabendo que a Palavra do Cristo permanece no coração de quem Nele
acredita, os discípulos, na força do Espírito, amor que nos move porque nos
reveste de esperança, foram levar o Evangelho até os confins da terra.
Sendo assim, em
Pentecostes nasce a Igreja missionária, a Igreja que se descobre em constante
saída, como tão bem tem falado o Papa Francisco. Uma Igreja
que vai às periferias do mundo porque o Espírito nos impulsiona para levar a
Palavra de Jesus aonde não existe mais sinal de esperança. Onde a vida é
desrespeitada e ferida, é lá que o Evangelho, que é palavra capaz de salvar,
deve ser proclamado.
O Espírito
Santo derramado sobre os nossos corações, como dom do Pai e do Filho, nos
capacita para falar a linguagem do amor, caminho indispensável para a unidade
tão desejada por Jesus para sua Igreja: “Que todos sejam um!”. A linguagem do
amor nos fortalece para superarmos as divisões e crescemos no testemunho de
Cristo por uma profunda vida de fraternidade. “Nisto reconhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros”.
O Espírito Santo
é o defensor que Jesus nos enviou para sermos suas testemunhas, mesmo quando
situações adversas e perseguições querem destruir nossa fé. O Espírito é força
que liberta a vida. É força que transforma todas as realidades, porque ele nos
capacita para viver o amor que renova a face da terra.
Pe. Luiz Camilo
Junior, C.Ss.R.
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Pentecostes:
Receber e viver os Dons do Espírito Santo
Ao
celebrar Pentecostes,
a Igreja que relembra a vinda do Espírito Santo. Neste vídeo, fiéis relatam
como vivenciam a Festa
de Pentecostes e testemunham os Dons
do Espírito Santo em sua vida. Padre Braz Romeiro, explica mais detalhes
sobre a solenidade da Igreja.
Valquíria
Vieira
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Fonte: a12.com Foto: Shutterstock
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