A fé se
transmite com amor e testemunho
Na capela da
Casa Santa Marta, o Pontífice celebrou a Missa e falou das atitudes que devem
caracterizar a transmissão da fé.
Cidade do Vaticano - “Transmitir a
fé” não quer dizer “fazer proselitismo”, “buscar pessoas que torçam por um time
de futebol” o um “centro cultural”, mas testemunhar com amor. Foi o que disse o
Papa na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta.
Partindo de um
trecho da Carta de São Paulo aos Coríntios, o Pontífice afirmou que ser cristão
não é aprender mecanicamente um livreto ou algumas noções, mas significa ser
“fecundo na transmissão da fé”, assim como a Igreja, que é “mãe” e dá à luz
“filhos na fé”.
“Transmitir a fé
não é dar informações, mas fundar um coração, fundar um coração na fé em Jesus
Cristo. Não se pode transmitir a fé mecanicamente: ‘Mas pegue este livreto,
estude e depois o batizo’. Não. O caminho para transmitir a fé é outro:
transmitir aquilo que nós recebemos. E este é o desafio de um cristão: ser
fecundo na transmissão da fé. E também é o desafio da Igreja: ser mãe fecunda,
dar à luz filhos na fé”.
Transmitir a fé
com carinho
O Pontífice
insistiu na transmissão da fé que atravessa gerações, da avó à mãe, numa
atmosfera que perfuma de amor. O próprio credo è feito não só de palavras, mas
de “carícias”, com a “ternura”, até mesmo “em dialeto”. O Papa citou as babás,
que são quase uma segunda mãe. São sempre mais comuns os casos em que são elas
a transmitir a fé com atenção, ajudando a crescer.
A Igreja cresce
por atração
Portanto, a
primeira atitude na transmissão da fé é certamente o amor; enquanto a segunda é
o testemunho.
“Transmitir a fé
não é fazer proselitismo, é outra coisa, é ainda maior. Não é buscar pessoas
que torçam por um time de futebol, um clube, um centro cultural; isso pode ser,
mas a fé não se propaga com proselitismo. Bento XVI disse bem: ‘A Igreja não
cresce por proselitismo, mas por atração’. A fé se transmite, mas por atração,
isto é, por testemunho”.
O testemunho
gera curiosidade
Testemunhar na
vida de todos os dias aquilo em que se acredita nos torna justos “aos olhos de
Deus”, suscitando curiosidade em quem nos circunda.
“E o testemunho
provoca curiosidade no coração do outro e aquela curiosidade o Espírito Santo a
pega e trabalha a partir de dentro. A Igreja cresce por atração, atração. E a
transmissão da fé se dá com o testemunho, até o martírio. Quando se vê esta
coerência de vida com aquilo que nós dizemos, sempre vem a curiosidade: ‘Mas
por que esta pessoa vive assim? Por que leva uma vida de serviço aos outros?’.
E aquela curiosidade é a semente que pega o Espírito Santo e a leva avante. E a
transmissão da fé nos faz justos, nos justifica. A fé nos justifica e na
transmissão nós damos a verdadeira justiça aos outros”.
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Intenção de
maio:
Papa encoraja o papel dos leigos na Igreja
O Santo Padre
dedica a nova edição de O Vídeo do Papa à missão dos leigos. O Vídeo do Papa é
uma iniciativa da Rede Mundial de Oração do Papa.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco
dedica a intenção de oração do mês de maio aos leigos. Na nova edição de
"O Vídeo do Papa", o Pontífice afirma a necessidade de os leigos
colocarem sua criatividade a serviço dos desafios do mundo, dando exemplo com
sua fé através da solidariedade e do compromisso com a sociedade.
“Peçamos juntos
neste mês para que os fiéis leigos cumpram sua missão específica, a missão que
receberam no batismo, colocando sua criatividade a serviço dos desafios do
mundo atual”, diz o Papa. “Precisamos do seu testemunho sobre a verdade do
Evangelho e de seu exemplo ao expressar sua fé com a prática da solidariedade”,
acrescentou.
Concílio
Depois da
celebração do Concílio Vaticano II, a Igreja Católica se esforçou para deixar
mais claro o papel dos leigos, que têm sido fundamental desde os primeiros
séculos. A função dos membros que não integram o clero é ajudar nas quatro
dimensiones tradicionais da Igreja: a caridade, a comunhão, a evangelização e a
liturgia.
“Os leigos
encontram-se na linha mais avançada da vida da Igreja”, enfatizou Francisco.
“Demos graças pelos leigos que arriscam, que não têm medo e que oferecem razões
de esperança aos mais pobres, excluídos e marginalizados”, completou.
Rede Mundial de
Oração do Papa
“Muitas vezes,
pensamos que os sacerdotes são os responsáveis por impulsionar a missão da
Igreja. No entanto, são os leigos que estão no coração do mundo e os que têm um
papel chave para transformar a sociedade”, destacou por sua vez o Pe. Frédéric
Fornos, SJ, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa e do
Movimento Eucarístico Juvenil. “É nas famílias, nas salas de aula, nos escritórios, nas fábricas, no campo, na
vida cotidiana onde encontramos a oportunidade de ser sal e luz do Reino de
Deus, sabor do Evangelho”, acrescentou.
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Assista:
Fonte: vaticannews.va
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