a partir da Campanha da Fraternidade
A preservação do
bioma da Mata Atlântica, tão deteriorado e comprometido no noroeste do Estado
de São Paulo, e um dos mais ameaçado no Brasil, pode ser beneficiado com
pequenas ações, possíveis a todos os cidadãos. As dicas, a seguir, estão
inspiradas em uma publicação da revista “Pastoral da Criança”, do primeiro
trimestre deste ano.
1. Não
faça queimadas, elas empobrecem a qualidade do solo. O fogo é uma ameaça às
espécies nativas de animais e plantas. A fumaça faz mal à saúde e prejudica a
qualidade do ar. No seu quintal, o lixo vegetal pode tornar-se “adubo natural”.
2. Não
corte árvores para ter terras para o cultivo de alimentos ou criar animais. Use
de terras já desmatadas. Ao contrário, plante árvores nativas e frutíferas.
Algumas plantas frutíferas se desenvolvem bem em meio a outras plantas: açaí,
banana, carambola, cacau, goiaba, graviola, jenipapo, mamão e palmito.
3. Não
construa sua residência ou outras edificações em várzeas e na beira de rios,
riachos e córregos. Respeite o espaço das águas e você não será atingindo por
enchentes. Plante árvores nas margens dos rios, riachos e córregos.
4. Preserve e proteja as nascentes de água. Não deixe seus vizinhos e
conhecidos soterrá-las, destruí-las ou comprometê-las.
5. Respeite as matas ciliares e as que se encontram nos topos de morros e
nas encostas, elas garantem a qualidade do solo e da água, e evitam a erosão.
6. No
trânsito, respeite a sinalização e limites de velocidade, assim estará
prevenindo acidentes com atropelamento de pessoas e animais.
7. Evite
cultivo de plantas e criação de animais exóticos, vindos de outros biomas, pois
podem comprometer e eliminar as espécies nativas, reduzindo a biodiversidade
local, pois não possuem predadores naturais locais.
8. Ao
pescar, respeite as regras e os períodos de reprodução dos peixes, não pratique
pesca predatória e irresponsável. Não deixe lixo nos rios e lagos.
9. No uso
dos recursos naturais (frutos, madeira, animais) seja responsável, só
consumindo o necessário para sua subsistência e respeitando os ciclos de
reprodução e crescimento das espécies vegetais e animais.
10. Não
compre animais silvestres que foram retirados ilegalmente da natureza. Não
mantenha animais presos e em espaços inadequados.
11. Economize água e energia, pois faz bem para a natureza e para a economia.
12. Reduza o consumo, evite o desperdício, produza menos lixo, reutilize as
embalagens e recicle materiais. Separe o lixo e faça uso da coleta seletiva.
Lugar de lixo é no lixo, não o deixe nas ruas, praças e terrenos vazios.
13. Ao
construir e reformar sua casa, não cimente todo o seu quintal e sua calçada.
Plante árvores e flores, elas protegem o solo, produzem sombra e melhoram a
qualidade do ar. Crie mecanismos para armazenar a água da chuva para uso
diário. Aprenda a reutilizar a água. Instale os instrumentos para captar e usar
energia solar.
14. Reduza o uso de papel, faça uso de impressão consciente, use mais os arquivos
digitais. Reutilize folhas de papel usando-as como rascunho e aproveitando o
verso, reaproveite os envelopes.
15. Evite
uso de produtos que usam embalagens descartáveis que, na natureza demoram a se
decompor, como plástico, isopor e similares.
16. Cultive sua horta, em pequeno espaço de terra na sua casa ou até mesmo em
vasos, ou participe de hortas comunitárias. Produza parte do que você come
diariamente. Faz bem para a saúde, para sociedade e para o planeta terra.
O Papa
Francisco, na Carta Encíclica Laudato Si, que inspira a Campanha da
Fraternidade de 2017, nos convoca a sermos cuidadores da terra, nossa Casa
Comum. A responsabilidade não é só dos governos, empresas e organizações da
sociedade civil, mas de todo cidadão. Cada um pode e deve fazer a sua parte
para o bem de todos e das futuras gerações. Não se esqueça que “Uma andorinha
só não faz verão.”
“Louvado sejas,
meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz
variados frutos com flores coloridas e verduras! ” (São Francisco de Assis –
Cântico das Criaturas).
Dom Tomé Ferreira
da Silva - Bispo de São José do Rio Preto (SP)
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