quinta-feira, 23 de março de 2017

Papa na missa desta quinta-feira:

Quando nos distanciamos de Deus o coração se endurece

Cidade do Vaticano (RV) - “Ouvir a Palavra de Deus para evitar o risco de endurecer o coração”, disse o Papa Francisco na missa celebrada, esta quinta-feira (24/03), na Casa Santa Marta. 
Quando o povo não escuta a voz de Deus e vira as costas para Ele, acaba se distanciando Dele. Baseando-se num trecho do Livro do Profeta Jeremias, o Papa desenvolveu a sua meditação sobre a escuta da Palavra de Deus. 
“Quando não paramos para ouvir a voz do Senhor, nos distanciamos Dele, viramos as costas para Ele. E quando não ouvimos a voz de Deus, ouvimos outras vozes.”
Se não ouvimos a Palavra de Deus, ouvimos os ídolos do mundo
Momento da Consagração
“No final”, constatou amargamente o Pontífice, “fechamos os ouvidos e nos tornamos surdos à Palavra de Deus”.
“Se hoje todos nós pararmos um pouco e olharmos para o nosso coração, veremos quantas vezes fechamos os ouvidos e quantas vezes nos tornamos surdos. Quando um povo, uma comunidade, mas também uma comunidade cristã, uma paróquia, uma diocese, fecha os ouvidos e se torna surda, não ouve a Palavra de Deus, procura outras vozes, outros senhores e acaba seguindo os ídolos, os ídolos que o mundo, a mundanidade, a sociedade lhes oferece. Se distancia do Deus vivo.” 
Quando o coração se endurece, tornamo-nos católicos ateus 
“Quando nos distanciamos do Senhor”, prosseguiu o Papa, “o nosso coração se endurece”. Quando não ouvimos, o coração se torna mais duro, mais fechado em si mesmo. Duro e incapaz de receber alguma coisa. Não só fechamento, mas dureza do coração. Vive então naquele mundo, naquela atmosfera que não lhe faz bem, que o distancia cada dia mais de Deus”.
“E estas duas coisas – não escutar a Palavra de Deus e ter o coração endurecido, fechado em si mesmo – fazem perder a fidelidade. Perde-se o sentido da fidelidade. O Senhor diz na Primeira Leitura: ‘A fidelidade desapareceu’ e nós nos tornamos católicos infiéis, católicos pagãos ou pior ainda, católicos ateus, porque não temos uma referência de amor ao Deus vivo. Não escutar e virar as costas – que nos endurece o coração – que nos conduz ao caminho da infidelidade”.
“Esta infidelidade, como se traduz esta infidelidade?”, perguntou o Papa. “Traduz-se com a confusão: não se sabe aonde está Deus, aonde não está, se confunde Deus com o diabo”. Francisco fez referência ao Evangelho do dia e observou que “a Jesus, que faz milagres, que faz tanto pela salvação e as pessoas estão felizes, as pessoas dizem: ‘E o faz isto porque é um filho do diabo. Faz o poder de Belzebu’”.
Escutamos realmente a Palavra de Deus? 
“Esta – disse o Papa – é a blasfêmia. a blasfêmia é a palavra final deste percurso, que começa com o não-escutar, que endurece o coração, que ‘causa confusão’, que faz esquecer a fidelidade... e no fim, vem a blasfêmia”. Ai daquele povo que se esquece da surpresa do primeiro encontro com Jesus:
“Hoje, podemos todos nos perguntar: Eu paro para ouvir a Palavra de Deus, pego a Bíblia, que fala a mim? Meu coração se endureceu? Eu me afastei do Senhor? Perdi a fidelidade ao Senhor e vivo com os ídolos que a mundanidade me propõe todos os dias? Perdi a alegria da maravilha do primeiro encontro com Jesus? Hoje é um dia para ‘escutar’: ‘Escutem hoje a voz do Senhor’, rezamos antes. ‘Não endureçam seu coração’. Peçamos esta graça. A graça de escutar, para que nosso coração não se endureça”. (MJ/CM)
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Novos Santos:

Os pastorzinhos de Fátima e os protomártires de Natal

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência nesta quinta-feira, 23 de março, o Cardeal Angelo Amato, S.D.B., Prefeito da Congregação das Causas dos Santos. Durante o encontro o Santo Padre aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos Membros da Congregação sobre a canonização dos seguintes Beatos:
- André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, sacerdotes diocesanos, e Mateus Moreira, Leigo, como também de 27 Companheiros, Mártires, assassinados por ódio à Fé no Brasil em 16 de julho de 1645 e 03 de outubro de 1645.
Durante a Audiência, o Santo Padre autorizou a Congregação das Causas dos Santos a promulgar os Decretos referentes:
- ao milagre atribuído à intercessão do Beato Angelo de Acri (de nome: Luca Antonio Falcone), sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; nascido em 19 de outubro de 1669 e falecido em 30 de outubro de 1739;
Jacinta, Lucia e Francisco, os três pastorzinhos de Fátima
- ao milagre atribuído à intercessão do Beato Francisco Marto, nascido em 11 de junho, de 1908 e falecido em 4 de abril de 1919, e da Beata Jacinta Marto, nascida em 11 de março, 1910 e falecida em 20 de fevereiro de 1920, as crianças de Fátima;
- ao martírio dos Servos de Deus José Maria Fernández Sánchez e 32 Companheiros, Sacerdotes e Irmãos Coadjutores da Congregação da Missão, bem como 6 Leigos, da Associação da Medalha Milagrosa da Beata Virgem Maria, assassinados por ódio à fé em 1936 durante a guerra civil espanhola;
- ao martírio da Serva de Deus Regina Maria Vattalil (de nome: Maria), religiosa professa da Congregação das Irmãs Clarissas Franciscanas; assassinada por ódio à Fé, em 25 de fevereiro de 1995;
- às virtudes heroicas do Servo de Deus e Daniel da Samarate (de nome: Felice Rossini), sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos; nascido em 15 de junho de 1876 e falecido em 19 de maio de 1924;
- às virtudes heroicas da Serva de Deus Macrina Raparelli (de nome: Elena), Fundadora da Congregação das Irmãs Basilianas Filhas de Santa Macrina; nascida em 02 de abril de 1893 e falecida em 26 de fevereiro de 1970;
- às virtudes heroicas da Serva de Deus Daniela Zanetta, Leiga; nascida em 15 de dezembro de 1962 e falecida em 14 de abril de 1986.
O Santo Padre também aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos Membros da Congregação sobre a canonização dos seguintes Beatos:
- Cristoforo, Antônio e Giovanni, adolescentes, Mártires, assassinados por ódio à fé no México, em 1529. (SP)
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Igreja no Brasil em festa:

Protomártires de Natal serão canonizados

Cidade do Vaticano (RV) - A Igreja no Brasil começou o dia 23 de março, recebendo uma grande notícia: em audiência concedida ao prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, o Papa Francisco aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos Membros da Congregação sobre a canonização dos protomártires do Brasil.
Trata-se dos seguintes Beatos: André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, sacerdotes diocesanos, e Mateus Moreira e seus vinte e sete companheiros leigos, que em 1645, no Rio Grande do Norte, derramaram seu sangue por amor a Cristo.
Serão os primeiros mártires nascidos no Brasil a ser canonizados
Os chamados mártires de Cunhaú e Uruaçu foram beatificados no ano 2000. “Desde então o processo se intensificou e agora com esta aprovação do Santo Padre temos como certa a canonização”, disse, em entrevista concedida à colega Cristiane Murray, o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, que nos fala da alegria e júbilo com os quais a Igreja no Brasil, particularmente, a Igreja destes filhos do Rio Grande Norte, recebeu a alvissareira notícia:
“Devemos render graças a Deus e proclamar o belíssimo refrão do hino dos mártires: Mártires da fé, filhos do Rio Grande, homens e mulheres, jovens e meninos, pelo Bom Pastor deram o seu sangue. Nossa Igreja, em festa, canta os seus hinos. Então, nós estamos em festa com esta notícia, de muitas graças para a nossa Igreja. Podemos nos alegrar, render graças a Deus e convocar toda a nossa Igreja de Natal, do Brasil e do Rio Grande do Norte para esta grande ação de graças pela canonização dos nossos mártires. Desde 2000, quando foram beatificados, o processo se intensificou e agora, o Papa Francisco certamente, com muitas alegria, aprovando os votos da Congregação, teremos como certa a canonização. Isto para nós é motivo de alegria; que a intercessão dos nossos mártires pela nossa Igreja no Brasil, pela nossa Arquidiocese e por todo o povo de Deus seja um sinal de esperança, de testemunho, de convicção na vivencia da nossa fé. Eles são um exemplo porque deram a vida, derramaram o sangue, na vivência de sua fé”.
Em 16 de julho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis estavam participando da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú – no município de Canguaretama (RN). Em 03 de outubro de 1645, três meses depois, houve o massacre de Uruaçú. Padre Ambrósio Francisco Ferro foi torturado e o camoponês Mateus Moreira, morto.
Os invasores calvinistas não admitiam a prática da religião católica. (RL/CM)
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                                                                                        Fonte: radiovaticana.va      news.va

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