"Modernizar a música nas igrejas, mas sem banalidades"
O objetivo do
congresso foi aprofundar, do ponto de vista interdisciplinar e ecumênico,
a relação atual entre a música sacra e a cultura contemporânea; entre o
repertório usado pela comunidade cristã e as atuais tendências musicais. Foi
analisada ainda a formação estética e musical do clero e dos leigos engajados
na vida pastoral.
O discurso do
Papa ao grupo
Discursando ao
grupo, o Papa Francisco lembrou que o primeiro documento elaborado pelo
Concílio Vaticano II foi precisamente a Constituição sobre a liturgia
Sacrosanctum Concilium. As Instruções nela contidas são ainda hoje atuais,
principalmente a sua premissa: “A ação litúrgica tem uma forma mais nobre se
celebrada em canto e com a participação dos fiéis”.
Catedral de todos os Santos, Nairóbi, Quênia |
Várias vezes, o
Documento evidencia a importância da ‘teofania’ que se realiza em toda
celebração eucarística em que o Senhor se manifesta em meio a seu povo, chamado
a participar realmente da salvação atuada por Cristo, morto e ressuscitado.
“A participação
ativa e consciente consiste em saber penetrar profundamente neste mistério,
em saber contemplar, adorar e acolher; em sentir o seu significado, graças
especialmente ao religioso silêncio e à ‘musicalidade da linguagem com que o
Senhor nos fala’”.
Para o Papa, o
desafio da Igreja neste campo é salvaguardar e valorizar o patrimônio herdado
do passado utilizando-o com equilíbrio no presente e evitando o risco de uma
visão ‘nostálgica ou arqueológica’.
A inculturação
na atualidade
“A música sacra
e o canto litúrgico devem ser plenamente inculturados nas linguagens artísticas
e musicais da atualidade, encarnando e traduzindo a Palavra de Deus em cantos,
sons e harmonias que façam vibrar o coração de nossos contemporâneos, criando
um oportuno clima emotivo, que disponha à fé e suscite o acolhimento e a plena
participação no mistério que se celebra”.
O encontro com o
presente
O Pontífice
advertiu os participantes para uma certa mediocridade, superficialidade e
banalidade em detrimento da beleza e da intensidade das celebrações,
devido ao encontro com a modernidade e a introdução das línguas faladas na
Liturgia.
Neste sentido,
segundo ele, músicos e compositores, diretores e coristas, animadores de
liturgia, podem contribuir preciosamente com a renovação, principalmente
qualitativa, da música sacra e do canto litúrgico. Para favorecer este
percurso, é preciso promover uma adequada formação musical, inclusive dos
sacerdotes, no diálogo com as correntes musicais dos nossos tempos e com
atitude ecumênica
Concluindo o
discurso, Francisco afirmou que “a música sacra e o canto litúrgico têm o dever
de nos oferecer o sentido da glória de Deus, de sua beleza e de sua santidade
que nos envolve como uma ‘nuvem luminosa’”. (CM)
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A semana do Papa
Cidade do Vaticano (RV) - Nova resenha de vídeo semanal com as principais atividades do Papa: nesta 13ª edição, reveja como foi a semana do Papa entre 27 de fevereiro a 3 de março.
Assista:
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