“O Espírito Santo
nos introduz no mistério da divindade de Cristo”
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco participou na manhã desta sexta-feira (17/03),
na capela Redemptoris Mater, da II pregação de Quaresma.
O título
proposto pelo pregador da Casa Pontifícia, Fr. Raniero Cantalamessa, foi “O
Espírito Santo nos introduz no mistério da divindade de Cristo”.
Francisco durante a pregação desta manhã |
A divindade de
Cristo, afirma ainda Fr. Cantalamessa, não é um "postulado" prático,
como é, para Kant, a própria existência de Deus. Não é um postulado, mas a
explicação de um dado de fato, de uma experiência de salvação. “Em outras
palavras, não é na salvação que se fundamenta a divindade de Cristo, mas é na
divindade de Cristo que se fundamenta a salvação.”
“Mas é hora
voltar a nós e tentar ver o que podemos aprender hoje da épica batalha
sustentada em sua época pela ortodoxia. A divindade de Cristo é a pedra angular
que sustenta os dois mistérios principais da fé cristã; a Trindade e a
encarnação. Elas são como duas portas que se abrem e se fecham juntas. Se
retirada a divindade de Cristo, tudo se desmorona e antes de mais nada, a
Trindade.”
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Papa Francisco:
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta sexta-feira (17/03) os
participantes do Curso sobre Foro Interno, promovido pela Penitenciaria
Apostólica.
Confessor deve ir às periferias do mal e do pecado
Francisco atende confissão na Praça São Pedro |
Amizade
Para Francisco,
o “bom confessor” é, antes de tudo, um verdadeiro amigo de Jesus. “Sem esta
amizade, será muito difícil amadurecer aquela paternidade tão necessária no
ministério da Reconciliação.” Ser amigo de Jesus, explicou o Papa, significa
primeiramente cultivar a oração, seja a oração pessoal com o Senhor, seja a
oração específica para o exercício da tarefa de confessor. Na oração,
implora-se o dom de um coração ferido para compreender as feridas alheias e
pede-se o dom da humildade para evitar atitude de dureza, que inutilmente julga
o pecador e não o pecado.
Discernimento
Em segundo
lugar, o bom confessor é um homem do Espírito, um homem do discernimento. “A
falta de discernimento causa muito mal à Igreja!, constatou o Papa, mal
provocado pela falta da escuta humilde do Espírito Santo e da vontade de Deus.
O confessor não
faz a própria vontade e não ensina uma doutrina própria, mas é chamado sempre e
somente a fazer a vontade de Deus. O discernimento permite distinguir e educa o
olhar e o coração. No confessionário, o sacerdote deve ser capaz de identificar
inclusive os distúrbios espirituais dos fiéis e cabe ao confessor contatar, se
necessário, os encarregados por exorcismos.
Evangelização
Por fim, o
confessionário é um local de evangelização. “De fato, não existe evangelização
mais autêntica do que o encontro com o Deus da misericórdia.” No
confessionário, às vezes, torna-se necessário anunciar novamente as verdades de
fé mais elementares; às vezes, trata-se de indicar os fundamentos da vida
moral.
O confessor,
concluiu o Papa, é chamado a ir cotidianamente às “periferias do mal e do
pecado”, e a sua obra representa uma autêntica prioridade pastoral. “Rezem
sempre pelos irmãos e irmãs que se aproximam do Sacramento do perdão. E, por
favor, rezem por mim”, finalizou Francisco. (bf)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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