Proclamamos o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo
Cidade do
Vaticano (RV) – Frei Raniero Cantalamessa, Pregador oficial da Casa Pontifícia,
fez, na manhã desta sexta-feira, na Capela Redemptoris Mater, no Vaticano, a
sua primeira pregação de Quaresma sobre o tema: “Ninguém pode dizer que Jesus é
o Senhor, senão pelo Espírito Santo”, extraído da Carta de São Paulo aos
Coríntios (1Cor 12,3).
O Santo Padre
não esteve presente nesta primeira meditação porque está participando dos
Exercícios Espirituais de Quaresma, junto com a Cúria Romana, que se realizam
desde o último domingo (5/3) e se concluem nesta sexta-feira (10/3), em
Ariccia, nas imediações de Roma.
Pregações quaresmais do Frei Raniero Cantalamessa |
O Frei
Cantalamessa, Capuchinho e pregador oficial da Casa Pontifícia, desde 1980, deu
seu testemunho pessoal em sua pregação quaresmal de hoje falando sobre o
Espírito Santo que nos introduz no conhecimento do mistério de Cristo.
Desta forma, o
Padre Cantalamessa dá continuação à pregação sua de Advento, ou seja, sobre “o
Espírito Santo permeia toda a vida da Igreja e seu anúncio”. Agora, nestas
sextas-feiras de Quaresma, ele procura aprofundar o papel do Espírito Santo na
Morte e Ressurreição de Cristo.
Neste sentido, o
Pregador aborda os diversos aspectos do Espírito Santo em relação a Jesus:
testemunho, conhecimento e pessoa de Cristo.
Ao longo dos
séculos, continua-se a falar de Jesus como o Senhor: “Nosso Senhor Jesus
Cristo” ou “Jesus é o nosso Senhor? São duas coisas diferentes. Uma coisa é
dizer “Nosso Senhor Jesus Cristo está na glória de Deus Pai” e outra “Jesus
Cristo é o nosso Senhor, a glória de Deus Pai”.
Hoje, não
pronunciamos somente um Nome, mas fazemos a sua profissão de fé. Ao
proclamarmos o nome de Jesus Cristo imergimos no conhecimento de Cristo
ressuscitado e vivo. Aqui, Cantalamessa retomou as palavras do Papa Francisco
na Evangelii gaudium:
“Convido todo
cristão, em qualquer lugar ou situação que se encontrar, a renovar o seu
encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de
deixar-se encontrar por Ele, a procurá-lo todos os dias, sem cessar! Este é um
convite para todos os cristãos”. (MT)
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Papa Francisco agradece
a Pe. Michelini pela pregação dos Exercícios espirituais
Ariccia (RV) -
Os Exercícios espirituais da Quaresma propostos ao Papa e à Cúria Romana
chegaram ao final na manhã desta sexta-feira (10/03) com a nona meditação feita
pelo pregador do Retiro, Pe. Giulio Michelini.
Tomando a
palavra após a meditação que teve como tema “O túmulo vazio e a Ressurreição”
segundo o Evangelho de São Mateus, o Pontífice agradeceu ao frade menor pela
naturalidade e a preparação com a qual os guiou na reflexão fazendo-lhe votos
de que, sobretudo, continue sendo um bom frade.
A página final
de Mateus, a da Ressurreição – que esteve no centro da reflexão desta
sexta-feira –, é finalmente uma página de respiro que revela o mistério
cristão, comentou Pe. Michelini.
Após a dor e a
Paixão não se encontra o fim, mas um novo início, que é a Ressurreição. Mas
como anunciá-lo ao homem de hoje?
Papa Francisco agradece
ao pregador do Retiro espiritual, Pe. Giulio Michelini
|
Àquele homem que
se mostra ainda emblematicamente como o protagonista da história de Franz Kafka
nas Metamorfoses, Gregor Samsa, que acorda um dia transformado em inseto,
sozinho, fechado em si mesmo, ansioso e sem laços de afeto com a família? É
preciso partir novamente de Jesus homem e da sua mensagem:
“A Ressurreição
indica uma novidade real de Cristo em relação ao Jesus histórico, claro; o seu
corpo é um corpo pós-pascal. Mas é uma novidade que é antecipada nos sinais
históricos de Jesus pré-pascal. E onde quero chegar, com esta minha tentativa
de resposta? Que quando ouvimos dizer que ressuscitou, podemos partir novamente
do homem Jesus, de Jesus da Galileia, cuja mensagem é de libertação do homem.”
Portanto, uma
mensagem de libertação para o homem de hoje que pode chegar até ele mediante
dois caminhos, ambos ressaltados e ilustrados pelo Papa Francisco: o empenho
cultural no aprofundamento das Escrituras e em sua nova explicação e o caminho
da caridade.
“Esforçar-nos
para entender melhor aquilo que os 27 Livros do Novo Testamento, e os outros
Livros do Antigo Testamento querem dizer, e para que possamos explicá-los
novamente, mediante – naturalmente – a vida da Igreja, a Liturgia, a homilia
que é o centro de tantos números da Evangelii Gaudium, mas através também do
empenho cultural. Mas outro caminho, se pudéssemos abrir o quarto onde Gregor
Samsa está trancado, é o da caridade. Se Gregor Samsa ao invés de ficar ali,
num esquálido quarto fechado – entenderam? Quero dizer: é um túmulo! –, se
fosse socorrido por alguém, teria reencontrado a sua humanidade. Ao invés de
inseto, talvez tivesse podido reconhecer algum traço de seu corpo humano.”
No Evangelho
segundo São Mateus o anúncio da Ressurreição é dado pelo Anjo. O frade menor
partiu daí para ressaltar que não basta o túmulo vazio, deve-se falar da
Ressurreição, a mensagem de Cristo Ressuscitado deve ser anunciada.
As palavras de
Mateus evidenciam também outra dimensão da Ressurreição, o perdão. Jesus
Ressuscitado quer encontrar os onze discípulos e os chama de “irmãos”,
perdoou-os por tê-lo abandonado; e os encontra na Galileia, “prostrados” e, ao
mesmo tempo, “cheios de dúvidas”.
No entanto,
aproxima-se deles, e a narração de Mateus conclui-se com as palavras: “Eu
estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos”. Verdadeiramente, concluiu
Pe. Michelini, este é o “modo de fazer de Deus”, cuja Palavra é “capaz de
iluminar nossos limites e transformá-los em oportunidade”:
“O Pai de Jesus
Cristo aproximou-se de nós através de sua Palavra e o seu Filho que, de fato,
no Evangelho segundo São Mateus é chamado ‘Emanuel’, o Deus-conosco. E o
Evangelho de Mateus termina assim: ‘Eu estarei convosco, Emanuel, até o fim dos
tempos’. Trata-se do maior recurso que temos, apesar das nossas dúvidas e da
nossa parte ruim e dos nossos pecados.” (RL/GC)
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Papa retorna ao Vaticano e faz doação aos pobres de Aleppo
Cidade do
Vaticano (RV) - O Santo Padre retornou ao Vaticano às 11h30 desta sexta-feira,
depois de ter concluído os Exercícios Espirituais. Nesta manhã, Francisco
celebrou a Santa Missa em Ariccia pela Síria e enviou 100 mil euros aos pobres
de Aleppo, graças à contribuição da Cúria Romana. A doação será feita através
da Esmolaria Apostólica e da Custódia da Terra Santa.
No final da
tarde de hoje às 17h, hora de Roma, o Papa se dirigirá ao Vicariato de Roma
para se encontrar com os párocos prefeitos da Diocese. Trata-se de um encontro
privado, que faz parte da prática normal da vida da Igreja. (SP)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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