Papa Francisco:
Sabemos quem é Jesus,
mas talvez não o tenhamos encontrado pessoalmente
Cidade do
Vaticano (RV) - “Sabemos quem é Jesus, mas talvez não o tenhamos encontrado
pessoalmente, falando com Ele, e não o tenhamos ainda reconhecido como o nosso
Salvador”: disse o Papa Francisco no Angelus, ao meio-dia deste domingo (19/03),
dirigindo-se aos cerca de 40 mil fiéis e peregrinos presentes na Praça São
Pedro.
Atendo-se ao
Evangelho deste III Domingo da Quaresma, Francisco destacou que este nos
apresenta o diálogo de Jesus com a Samaritana, contextualizando aquele encontro
descrito numa das páginas mais bonitas do Evangelho.
O encontro se dá
quando Jesus atravessava a Samaria, região entre a Judeia e a Galileia,
habitada por pessoas que os Judeus desprezavam, “considerando-as cismáticas e
heréticas”, frisou o Santo Padre, observando ter sido propriamente esta
população uma das primeiras a aderir à pregação cristã dos Apóstolos.
Enquanto os
discípulos vão à cidade procurar alimento, Jesus permanece onde se encontrava o
poço de Jacó e ali pede água a uma mulher, que chegara para tirar água. Desse
pedido tem início um diálogo.
“Como, sendo
judeu, tu me pedes de beber, a mim que sou samaritana?” Jesus lhe respondeu: “Se
conhecesses o dom de Deus e quem é que te diz ‘dá-me de beber’, tu é que lhe
pedirias e ele te daria água viva!”, uma água que sacia toda sede e se torna
fonte inesgotável no coração de quem a bebe (Jo 4,10-14).”
Papa reflete com os fiéis |
Ir ao poço
apanhar água é cansativo e monótono; seria bom ter a disposição uma fonte que
jorra água! Mas Jesus fala de uma água diferente, evidenciou Francisco.
Quando a mulher
se deu conta de que aquele homem com quem estava falando era um profeta,
abriu-se a ele e lhe fez perguntas religiosas. “A sua sede de afeto e de vida
repleta não lhe foi satisfeita pelos cinco maridos que teve, aliás,
experimentou desilusões e enganos”, acrescentou o Pontífice.
“Por isso a
mulher fica impressionada com o grande respeito que Jesus tem por ela e quando
Ele lhe fala da verdadeira fé, como relação com Deus Pai ‘em espírito e
verdade’, então intui que aquele homem poderia ser o Messias, e Jesus – coisa
raríssima – o confirma: ‘Sou eu, que falo contigo’. Ele diz ser o Messias a uma
mulher que tinha uma vida tão desordenada”, observou.
Francisco
recordou ainda que “a água que dá a vida eterna foi infundida em nossos
corações no dia do nosso Batismo”, mediante o qual nos transformou e encheu-nos
com a sua graça. “Mas pode acontecer que este grande dom o tenhamos esquecido,
ou reduzido a um mero acontecimento da nossa vida”, e talvez vamos em busca de
“poços” cujas águas não nos saciam frisou.
“Quando
esquecemos a verdadeira água, vamos à procura de poços que não têm águas
límpidas. Então esse Evangelho é propriamente para nós! Não somente para a
Samaritana, mas para nós. Jesus nos fala como à Samaritana. É claro, já o
conhecemos, mas talvez não o tenhamos encontrado pessoalmente.”
Dito isso, o
Papa lembrou ainda que este tempo da Quaresma é ocasião propícia para aproximar-nos
d’Ele, encontrá-lo na oração num diálogo de coração para coração, falar com
Ele, escutá-lo; é a ocasião para ver o seu rosto também no rosto de um irmão ou
de uma irmã que sofre.
“Desse modo
podemos renovar em nós a graça do Batismo, saciar-nos na fonte da Palavra de
Deus e de seu Espírito Santo; e assim descobrir também a alegria de tornar-nos
artífices de reconciliação e instrumentos de paz na vida cotidiana.”
“Que a Virgem
Maria nos ajude a haurir constantemente à graça, aquela graça que brota da
rocha que é Cristo Salvador, a fim de que possamos professar com convicção a
nossa fé e anunciar com alegria as maravilhas do amor de Deus, misericordioso e
fonte de todo bem”, foi o pedido do Santo Padre concluindo a alocução que
precedeu o Angelus.
Após a oração
mariana, na saudação aos vários grupos de fiéis e peregrinos presentes o
Pontífice dirigiu seu pensamento à população do Peru, castigada pelas graves
enchentes destes dias:
“Quero assegurar
minha proximidade à querida população do Peru, duramente atingida pelas
devastadoras enchentes. Rezo pelas vítimas e por aqueles que estão engajados na
prestação de socorro.”
O Papa recordou
ainda neste 19 de março a festa litúrgica de São José, pai putativo de Jesus e
patrono universal da Igreja. Saudou as comunidades neocatecumenais de Angola e
da Lituânia, bem como os responsáveis da Comunidade de Santo Egídio da África e
da América Latina. (RL)
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Quinto ano do início solene do Pontificado de Francisco:
"Poder é serviço"
Cidade do
Vaticano (RV) – Neste domingo (19/3), o Papa Francisco comemora cinco anos do
início solene de seu Pontificado. De fato, em 19 de março de 2013, o novo Papa
tomou posse como 266º Papa da Igreja Católica.
É o primeiro
Papa nascido no Novo Mundo, o primeiro latino-americano, o primeiro pontífice
do hemisfério sul, o primeiro Pontífice a utilizar o nome de Francisco, o
primeiro pontífice não europeu em mais de 1200 anos e também o primeiro Papa
jesuíta da história.
Na solene Santa
Missa de inauguração do seu Pontificado, no dia São José, Esposo da Virgem
Maria, Francisco afirmou: “O verdadeiro poder é o serviço”!
Quinto ano do início solene do Pontificado de Francisco |
Para a alegria
de milhares de pessoas, reunidas na Praça de São Pedro, na manhã do dia 19,
terça-feira, Francisco passou de papamóvel entre os fiéis, antes da celebração
Eucarística de início de seu ministério petrino. O Santo Padre chegou a descer
do papamóvel para cumprimentar alguns fiéis.
Antes da Santa
Missa, o Pontífice desceu à cripta vaticana para um breve momento de oração
diante do túmulo do Apóstolo Pedro.
Francisco
iniciou sua homilia dirigindo uma saudação especial ao Papa emérito Bento XVI,
pelo dia do seu onomástico, na Solenidade de São José: “Acompanhemo-lo com a
oração, estima e gratidão”, disse.
Ainda na sua
homilia, após ter citado as passagens evangélicas sobre a figura de São José,
Padroeiro da Igreja Universal, o Santo Padre explicou o significado do
ministério do Bispo de Roma: “Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o
serviço; o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais no
prisma daquele serviço que tem seu vértice luminoso na Cruz de Jesus”.
Enfim,
simplicidade, sobriedade, simpatia, solidariedade, serviço, sabedoria estiveram
ao centro da celebração da Missa inaugural.
Ao término da
Missa, o Papa postou em seu twitter: “Mantenhamos Cristo na nossa vida;
cuidemos uns dos outros e defendamos a criação com amor!” (MT)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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