sexta-feira, 31 de março de 2017

Leituras do

5º Domingo da Quaresma


1ª Leitura: Ez 37,12-14
Profecia de Ezequiel:
Assim fala o Senhor Deus: “Ó meu povo, vou abrir as vossas sepulturas e conduzir-vos para a terra de Israel; e quando eu abrir as vossas sepulturas e vos fizer sair delas, sabereis que eu sou o Senhor.
Porei em vós o meu espírito, para que vivais e vos colocarei em vossa terra. Então sabereis que eu, o Senhor, digo e faço — oráculo do Senhor”.
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Salmo: 129
No Senhor, toda graça e redenção!
- No Senhor, toda graça e redenção!
- Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,/ escutai a minha voz!/ Vossos ouvidos estejam bem atentos/ ao clamor da minha prece!
- Se levardes em conta nossas faltas,/ quem haverá de subsistir?/ Mas em vós se encontra o perdão,/ eu vos temo e em vós espero.
- No Senhor ponho a minha esperança,/ espero em sua palavra./ A minh’alma espera no Senhor/ mais que o vigia pela aurora.
- Espere Israel pelo Senhor,/ mais que o vigia pela aurora!/ Pois no Senhor se encontra toda graça / e copiosa redenção. Ele vem libertar a Israel/ de toda a sua culpa.
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2ª Leitura: Rm 8,8-11
Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. Vós não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o Espírito de Deus mora em vós. Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. Se, porém, Cristo está em vós, embora vosso corpo esteja ferido de morte por causa do pecado, vosso espírito está cheio de vida, graças à justiça.
E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos mora em vós, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais por meio do seu Espírito que mora em vós.
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Evangelho:  Jo 11,3-7.17.20-27.33b-45
Evangelho de São João
Naquele tempo, as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: “Senhor, aquele que amas está doente”.
Ouvindo isto, Jesus disse: “Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”.
Jesus era muito amigo de Marta, de sua irmã Maria e de Lázaro. Quando ouviu que este estava doente, Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde se encontrava. Então, disse aos discípulos: “Vamos de novo à Judeia”.
Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias. Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”.
Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”.
Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”.
Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?”
Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
Jesus ficou profundamente comovido 34e perguntou: “Onde o colocastes?”
Responderam: “Vem ver, Senhor”. E Jesus chorou. Então os judeus disseram: “Vede como ele o amava!”
Alguns deles, porém, diziam: “Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito com que Lázaro não morresse?”
De novo, Jesus ficou interiormente comovido. Chegou ao túmulo. Era uma caverna, fechada com uma pedra. Disse Jesus: “Tirai a pedra!”
Marta, a irmã do morto, interveio: “Senhor, já cheira mal. Está morto há quatro dias”.
Jesus lhe respondeu: “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?”
Tiraram então a pedra. Jesus levantou os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te dou graças porque me ouviste. 42Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste”.
Tendo dito isso, exclamou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!”
O morto saiu, atado de mãos e pés com os lençóis mortuários e o rosto coberto com um pano. Então Jesus lhes disse: “Desatai-o e deixai-o caminhar!”
Então, muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.

Reflexão:
O batismo, vida nova

Que é “vida nova”? Para os materialistas, o sucesso depois do aperto. Para os espíritas, reencarnação… Nos dois casos, é apenas uma reedição melhorada daquilo que já se viveu… Jesus traz uma vida verdadeiramente nova, de outra ordem.
A liturgia nos convida a voltar às nossas origens como povo de Deus, lá no antigo Israel. Israel estava no exílio, na Babilônia: um povo morto. Então, Ezequiel viu os ossos mortos recobrarem a vida pelo “espírito” (o sopro) de Deus. E Deus explica: seu espírito fará reviver o povo de Israel, que vai voltar para a sua terra (1ª leitura).
No Novo Testamento, Paulo diz que vivemos uma vida nova, pelo espírito de Cristo que habita em nós, o Espírito que fez Cristo ressuscitar (2ª leitura). O batizado já não vive somente a vida natural, mas, pela fé, está ligado ao “corpo de Cristo”(a comunidade eclesial) e recebe o Espírito-Sopro de Cristo, que transforma sua vida. Quem foi batizado criança, talvez nem chegue a pensar nisso. Mas então está na hora de assumir isso como adulto. Para isso servem a Crisma e a renovação do compromisso da fé na noite pascal.
No evangelho de hoje, Jesus diz: “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jô 11,25). Em sinal disso, faz voltar Lázaro à vida. Sinal da vida nova que Jesus comunica e que ele é em pessoa! Como discípulo e amigo de Jesus, Lázaro já tinha recebido, em sua vida mortal, a vida espiritual e eterna da união com Cristo e o Pai. Por isso, morrendo, ele não morre, mas vive, definitivamente… Para significar isso, Jesus o chama corporalmente do sepulcro. Isso não teria sido necessário, porque pela fé Lázaro já estava vivendo a vida eterna. Mas Jesus quis dar um sinal dessa vida eterna que a fé produz em todos aqueles que forem, como Lázaro, fiéis à palavra de vida que Jesus manifesta em sua pessoa e em todo o seu agir.
Podemos dizer que o batismo dá esta vida nova? Sim, porque ele nos dá como princípio vital a fé e a adesão a Cristo e à sua vida. O batizado vive uma vida realmente nova, animada pelo espírito de Cristo. Mas sem a fé, traduzida em obras, o batismo fica morto. A vida da fé bastismal se verifica, por exemplo, quando ela transforma uma sociedade de morte (fome, opressão, exclusão) numa comunidade de vida, fraternidade, comunhão.
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                                            Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

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