Não à “religião da maquiagem”, refutar aparências
A liberdade cristã vem de Jesus |
“‘Vocês fariseus
limpam o externo do copo e do prato mas por dentro vocês estão cheio de avidez
e de maldade’. Jesus repete isso muitas vezes no Evangelho a esta gente: ‘vocês
são maus por dentro, não é justo, não é livre. Vocês são escravos porque não
aceitaram a justiça que vem de Deus, a justiça que nos deu Jesus’”.
Em um outro
trecho do Evangelho, prosseguiu o Papa, Jesus pede que se reze sem que se seja
visto, sem aparecer. Alguns, notou o Papa, eram “caras de pau”, “não tinham
vergonha”: rezavam e davam esmolas para que lhes admirassem. O Senhor, ao
contrário, indica a estrada da humildade.
Não à “religião
da maquiagem”
“O que importa
– reflete o Papa e nos diz Jesus – é a liberdade que nos deu a
redenção, que nos deu o amor, que nos deu a recriação do Pai”:
“Aquela
liberdade interna, aquela liberdade de se fazer o bem escondido, sem tocar os
trompetes, porque a estrada da verdadeira religião é a mesma de Jesus: a
humildade, a humilhação. E Jesus, Paulo diz aos Filipenses, humilhou a Si
mesmo, esvaziou a Si mesmo. É a única estrada para nos tirar o egoísmo, a
cobiça, a soberba, a vaidade, a mundanidade. Ao contrário, esta gente que Jesus
repreende é gente que segue a religião da maquiagem: a aparência, o aparecer,
fingir parecer mas por dentro... Jesus usa para esta gente uma imagem muito
forte: ‘Vocês são túmulos reluzentes, bonitos por fora mas dentro cheios de
ossos de mortos e podridão’”.
Rejeitar as
aparências
“Jesus – retomou
Francisco – nos chama, nos convida a fazer o bem com humildade”. “Você – disse
– pode fazer todo o bem que quiser mas se não o faz humildemente, como nos
ensina Jesus, este bem não serve, porque é um bem que nasce de você mesmo, de
sua segurança e não da redenção que Jesus nos deu”. A redenção, acrescentou,
“vem pela estrada da humildade e das humilhações porque não se chega à
humildade sem as humilhações. E vemos Jesus humilhado na cruz”:
“Peçamos ao
Senhor que não nos cansemos de caminhar por esta estrada, de não nos cansarmos
de rejeitar esta religião da aparência, do parecer, do fingir ser... E caminhar
silenciosamente fazendo o bem, gratuitamente como nós gratuitamente recebemos a
nossa liberdade interior. E que Ele proteja esta liberdade interior de todos
nós. Peçamos esta graça”. (rb)
Assista:
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Prisioneiro durante 27 anos,
Pe. Simoni será um dos 17 novos cardeais
Cidade do
Vaticano (RV) - Em 21 de setembro de 2014, por ocasião da visita do Papa à
Albânia, o mundo conhecia Pe. Ernest Simoni. Em sua visita a Tirana – capital
do país da península Balcânica –, Francisco ouviu comovido o testemunho do
sacerdote: encarcerado durante 27 anos, torturado, obrigado a trabalhos
forçados, reiteradas vezes condenado à morte.
Francisco e Pe. Ernest Simoni |
Pe. Ernest, cuja
história foi contada recentemente num livro do vaticanista Mimmo Muolo, sempre
confiou em Jesus e, desse modo, venceu o totalitarismo comunista que durante
décadas oprimiu a Albânia.
No Angelus do
domingo (09/10), o anúncio do Papa Francisco: Pe. Ernest Simoni – hoje com
quase noventa anos – será cardeal. Uma surpresa à qual o sacerdote albanês
quase não acredita. Entrevistado pela Rádio Vaticano, o futuro purpurado
deixou-nos o seu testemunho:
Pe. Ernest
Simoni: “Quando vi o Angelus pela televisão, o qual costumo recitar com o
Santo Padre, ouvi ‘Pe. Ernest’. Foi uma surpresa imensa para mim: jamais
poderia pensar! Devo agradecer ao Senhor pela vida que me deu e pelas graças,
as muitas graças que alcancei. É obra e mérito somente de Nosso Senhor Jesus
Cristo e da Santíssima Virgem Maria. E assim, como um pobre missionário – um
pequeno missionário de Jesus –, todos os dias peço o amor de Jesus no coração
de todos os homens.”
RV: O Santo
Padre ficou fortemente tocado – e o disse ele mesmo em várias ocasiões – com
seu testemunho e com o encontro com o senhor na Albânia. De certo modo, essa
púrpura é um reconhecimento ao senhor e a tantos cristãos na Albânia e em
muitas outras terras que sofrem perseguições por testemunhar Jesus Cristo...
Pe. Ernest
Simoni: “Certamente! ‘Como perseguiram a mim, perseguirão também a vós
que me seguis.’ Mas Jesus sempre foi a imensa esperança que nos consola e nos
ajuda, para amar. Encontrei o Santo Padre quando chegou à Albânia: troquei duas
palavras com ele. Tudo é Jesus que me salvou; sofri muitas perícias: duas vezes
fui condenado à morte... Jesus fez tudo!”
RV: O Papa
Francisco sempre fala das “surpresas de Deus”: essa é, realmente, uma surpresa!
O senhor esteve perto da morte várias vezes, no cárcere, torturado, e agora
prestes a ser incardinado na Igreja de Roma, próximo do Papa...
Pe. Ernest
Simoni: “Esta é uma enorme surpresa! Estive cinco vezes perto da morte;
pegaram-me na prisão para eliminar-me, mas Deus me salvou: Jesus me salvou.
Somente Jesus, Jesus amor infinito para conosco!” (RL)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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