"Uma graça receber a notícia em meio aos pobres"
Cidade do
Vaticano (RV) – A Rádio Vaticano acompanhou ao vivo o anúncio feito pelo Papa da
criação de novos cardeais em um consistório no próximo dia 19 de novembro.
Naturalmente, para nós foi também uma alegria e uma surpresa, maior ainda por
constar um brasileiro na lista dos escolhidos: Dom Sérgio da Rocha, arcebispo
de Brasília. Mas para ele, foi também uma surpresa?
Dom Sérgio da Rocha: “Ao contrário do
que muita gente pensa, não é que eu já soubesse previamente por um comunicado.
Foi uma surpresa, mas em primeiro, um sinal da bondade do Papa, da misericórdia
de Deus no final do Ano Jubilar”.
Dom Sérgio da Rocha em sua Catedral em Brasília |
“Para mim é
uma graça ter recebido esta notícia no meio dos pobres, mas também um chamado a
ser cada vez mais servidor dos irmãos e irmãs que mais sofrem; ajudar a própria
Igreja a vivenciar a sua missão no meio de gente tão sofrida. O Papa Francisco
tem insistido com razão que toda a Igreja tem que ser missionária e
misericordiosa e eu espero ser um colaborador para que a Igreja seja cada vez
mais mãe misericordiosa, missionária, uma Igreja em saída ao encontro de todos,
especialmente dos que mais sofrem”.
Perguntamos a
Dom Sérgio qual é a sua perspectiva de atuação, como colaborador mais
próximo do Papa, a partir de agora.
Dom Sérgio da Rocha: “Primeiramente,
procuro mesmo seguir o exemplo do Papa Francisco, gostaria de ser mais parecido
com ele, que de fato, é para nós, um sinal da presença de Jesus, que é o pastor
maior dentro do rebanho, que é a Igreja.Gostaria, sim, que Deus me desse a
graça de cada vez mais imitar o Papa Francisco em suas virtudes, que tanto bem
têm feito para a Igreja, sobretudo a sua simplicidade, a misericórdia, a
presença fraterna junto de quem mais sofre, dos pobres, daqueles que não são
amados, não são valorizados na sociedade. Tenho a graça de na minha história
ter sempre convivido e compartilhado com o nosso povo de alegrias e dores nas
comunidades mais carentes. Já pelas minhas origens, no interior de São Paulo,
na zona rural, em situação não fácil, muito sofrida. Depois, mais tarde, como
bispo, passei 11 anos no Nordeste e aprendi muito com a Igreja lá. Estando no
meio dos mais pobres e mais sofredores, Deus foi me concedendo a graça de
cultivar, cada vez mais, aquilo que o Papa tanto espera da Igreja hoje”. (CM)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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