Realidade deve ser aceita e enfrentada como é
Rádio Vaticano
(RV) – O Papa encontrou cerca de 35 mil peregrinos reunidos na Praça São Pedro
para a Audiência Geral desta quarta-feira (19/10).
Antes de
refletir acerca de duas obras de misericórdia, o Pontífice falou sobre o
egoísmo presente nos modelos da assim chamada “cultura do bem-estar” que “leva
as pessoas a se fecharem em si mesmas, tornando-as insensíveis às exigências
dos outros”.
“Faz-se de tudo
para iludir ao apresentar modelos de vida efêmeros, que desaparecem depois de
alguns anos, como se a nossa vida fosse uma moda a ser seguida ou mudada a cada
nova estação”, observou o Papa.
Realidade é o
que é
Francisco no meio dos fiéis |
Neste ponto,
Francisco recordou que as doações para campanhas humanitárias são importantes,
“porém não nos envolvem diretamente”.
Pobreza abstrata
“A pobreza
abstrata não nos interpela. Nos faz pensar, lamentar. Mas quando vês a pobreza
na carne de um homem, de uma mulher, de uma criança, isso sim nos interpela. E
por isso, aquele hábito que temos de fugir – de fugir – dos necessitados, de
não se aproximar. Ou maquiar um pouco a realidade dos necessitados com hábitos
da moda e, assim nos afastamos desta realidade”.
Francisco então
questiona: quando me deparo com uma pessoa necessitada, “qual é a minha reação?
Desvio o olhar e passo? Ou paro para conversar e me interesso da sua história?”
“E se fizeres
isso, não faltará alguém para dizer: este está maluco, fala com um pobre”,
advertiu o Papa.
Pão quotidiano
Francisco concluiu
sua reflexão dizendo que essas duas obras de misericórdia são um compromisso de
todos.
“A experiência
da fome é dura. Quem viveu períodos de guerra e carestia sabe. E mesmo assim
essa experiência se repete todos os dias e convive ao lado da abundância e do
desperdício”. (rb)
Assista:
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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