sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Leituras do

28º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: 2Rs 5,14-17
Naqueles dias, Naamã, o sírio, desceu e mergulhou sete vezes no Jordão, conforme o homem de Deus tinha mandado, e sua carne tornou-se semelhante à de uma criancinha, e ele ficou purificado.
Em seguida, voltou com toda a sua comitiva para junto do homem de Deus. Ao chegar, apresentou-se diante dele e disse: “Agora estou convencido de que não há outro Deus em toda a terra, senão o que há em Israel! Por favor, aceita um presente de mim, teu servo”.
Eliseu respondeu: “Pela vida do Senhor, a quem sirvo, nada aceitarei”. E, por mais que Naamã insistisse, ficou firme na recusa.
Naamã disse então: “Seja como queres. Mas permite que teu servo leve daqui a terra que dois jumentos podem carregar. Pois teu servo já não oferecerá holocausto ou sacrifício a outros deuses, mas somente ao Senhor”.
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Salmo: 97
O Senhor fez conhecer a salvação/ e às nações revelou sua justiça.
- O Senhor fez conhecer a salvação/ e às nações revelou sua justiça.
- Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ porque ele fez prodígios!/ Sua mão e o seu braço forte e santo/ alcançaram-lhe a vitória.
- O Senhor fez conhecer a salvação,/ e às nações, sua justiça;/ recordou o seu amor sempre fiel/ pela casa de Israel.
- Os confins do universo contemplaram/ a salvação do nosso Deus./ Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ alegrai-vos e exultai!
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2ª Leitura: 2Tm 2,8-13
Caríssimo: Lembra-te de Jesus Cristo, da descendência de Davi, ressuscitado dentre os mortos, segundo o meu evangelho. Por ele, eu estou sofrendo até às algemas, como se eu fosse um malfeitor; mas a palavra de Deus não está algemada. Por isso suporto qualquer coisa pelos eleitos, para que eles também alcancem a salvação, que está em Cristo Jesus, com a glória eterna.
Merece fé esta palavra: se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele ficamos firmes, com ele reinaremos. Se nós o negamos, também ele nos negará. Se lhe somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo.
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Evangelho:  Lc 17,11-19
Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância, e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”
Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”.
Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.
Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.

Reflexão:
Gratidão
A 1ª leitura nos oferece uma das mais belas histórias do Antigo Testamento. Naamã, general sírio, foi curado da lepra pelo profeta israelita Eliseu. Para mostrar a sua gratidão, levou consigo para a Síria, nos seus jumentos, uns sacos cheios de terra de Israel, para, lá na Síria, adorar o Deus de Israel no seu próprio chão! Em contraste com este exemplo de singela gratidão, o evangelho narra a história dos dez leprosos que foram curados por Jesus e dos quais apenas um voltou para agradecer. E esse que voltou para agradecer era, por sinal, um estrangeiro (como o general sírio), pior, um samaritano, inimigo do povo de Jesus…
A gratidão é uma flor rara. Brota, frágil e efêmera, nas épocas de trocar presentes (Natal, Páscoa…), mas desaparece durante o resto do ano. Quase ninguém agradece pelos dons que recebe continuamente, dia após dia: a vida, o ar que respira, os pais, irmãos, vizinhos… As antigas orações estão cheias de ação de graças. O próprio termo “eucaristia”, que indica a principal celebração cristã, significa “ação de graças”. Hoje em dia, quando se faz uma ação de graças partilhada, a maioria das pessoas não consegue formular um agradecimento… Numa missa, depois da comunhão, o padre convidou os fiéis a formular orações de louvor e gratidão, não de pedido. A primeira voz que se fez ouvir rezou: “Eu te agradeço, Senhor Deus, porque sei que te posso pedir por meu marido e meus filhos….” Se fosse apenas o costume de pedir, não seria grave. Pedir com simplicidade é o outro lado da gratidão. Mas a mania de pedir sem agradecer reflete a mentalidade de nosso ambiente: sempre querer levar vantagem. Será por causa das dificuldades da vida? Mas os que têm a vida mais folgada é que mais pedem sem agradecer… Falta motivação para se dirigir em simples agradecimento àquele que é a fonte de todos os bens. Talvez não seja apenas a gratidão que desapareceu. Receio que Deus mesmo tenho sumido dos corações.
Não só as pessoas individuais, também as comunidades eclesiais devem precaver-se desse perigo. Lutar pelo amor-com-justiça é bom e necessário, mas luta deve estar inspirada pela visão alegre e alentadora do bem que Deus dispõe para todos, e não pela insatisfação e frustração. Um espírito de gratidão pelo que já se recebeu, em termos de solidariedade e fraternidade, é o melhor remédio para que a luta não faça azedar as pessoas. Então, a desgraça que se vive não abafará a gratidão; será apenas um desafio a mais para que tudo o que fizermos seja uma ação de graças a Deus, conforme a palavra de Paulo (2ª leitura).
                             Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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                                               Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

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