sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Leituras do

31º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: Sb 11,22-12,2
Senhor, o mundo inteiro, diante de ti, é como um grão de areia na balança, uma gota de orvalho da manhã que cai sobre a terra.
Entretanto, de todos tens compaixão, porque tudo podes. Fechas os olhos aos pecados dos homens, para que se arrependam.
Sim, amas tudo o que existe, e não desprezas nada do que fizeste; porque, se odiasses alguma coisa não a terias criado.
Da mesma forma, como poderia alguma coisa existir, se não a tivesses querido? Ou como poderia ser mantida, se por ti não fosse chamada?
A todos, porém, tu tratas com bondade, porque tudo é teu, Senhor, amigo da vida.
O teu espírito incorruptível está em todas as coisas! É por isso que corriges com carinho os que caem e os repreendes, lembrando-lhes seus pecados, para que se afastem do mal e creiam em ti, Senhor.
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Salmo: 144
Bendirei eternamente vosso nome;/ para sempre, ó Senhor, o louvarei!
Bendirei eternamente vosso nome;/ para sempre, ó Senhor, o louvarei!
- Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei,/ e bendizer o vosso nome pelos séculos./ Todos os dias haverei de bendizer-vos,/ hei de louvar o vosso nome para sempre.
- Misericórdia e piedade é o Senhor,/ ele é amor, é paciência, é compaixão./ O Senhor é muito bom para com todos,/ sua ternura abraça toda criatura.
- Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,/ e os vossos santos com louvores vos bendigam!/ Narrem a glória e o esplendor do vosso reino/ e saibam proclamar vosso poder!
- O Senhor é amor fiel em sua palavra,/ é santidade em toda obra que ele faz./ Ele sustenta todo aquele que vacila/ e levanta todo aquele que tombou.
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2ª Leitura: 2Ts 1,11-2,2
Irmãos: Não cessamos de rezar por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação. Que ele, por seu poder, realize todo o bem que desejais e torne ativa a vossa fé.
Assim o nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele, em virtude da graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.
No que se refere à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa união com ele, nós vos pedimos, irmãos: não deixeis tão facilmente transtornar a vossa cabeça, nem vos alarmeis por causa de alguma revelação, ou carta atribuída a nós, afirmando que o Dia do Senhor está próximo.
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Evangelho:  Lc 19,1-10
Naquele tempo, Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos e muito rico.
Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era muito baixo. Então ele correu à frente e subiu numa figueira para ver Jesus, que devia passar por ali. Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”.
Ele desceu depressa, e recebeu Jesus com alegria.
Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!”
Zaqueu ficou de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais”.
Jesus lhe disse: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.
Reflexão:
O pecador encontrando-se com Jesus
“Como eu não sei rezar, só queria mostrar meu olhar…” diz o romeiro caipira de Pirapora… O evangelho de hoje nos mostra assim uma pessoa que só quis encontrar, com seu olhar, o olhar de Jesus: Zaqueu, o chefe dos publicanos, aqueles corruptos que, por comissão, cobravam taxas para o imperialismo estrangeiro… Ora, encontrando o seu olhar, Jesus se convida a si mesmo para jantar na casa dele… A vida de Zaqueu se transforma. Converte-se, doa a metade de seus bens, restitui em quádruplo o que extorquiu (a lei romana obrigava a restituir o dobro). Jesus veio para este encontro. Veio procurar o que estava perdido. Foi um grande dia para ele: Deus se revelou maior que o pecado.
Para nós, este evangelho traz muita esperança. Significa que as pessoas não devem ser, sem mais, identificadas com seu pecado, com o sistema injusto no qual estão funcionando, com o imperialismo romano cobrando impostos por comissão ou qualquer outro sistema. Sabemos hoje cientificamente o que sempre se soube intuitivamente: não basta converter as pessoas, é preciso transformar as estruturas. Ora, Jesus mostra que a conversão da pessoa abala também a estrutura iníqua, pois esta teve que largar sua presa! A conversão de um pecador significa que alguém escapou do sistema do mal; é sinal do novo céu e da nova terra que estão por vir.
Em nossas comunidades existem dois perigos opostos, ambos muito prejudiciais. Ou se condena pura e simplesmente os ricaços e burgueses como inúteis para a Igreja dos pobres, ou se coloca todo o peso nos problemas e nas conversões individuais, sem que isso chegue a atingir a realidade social. Cada verdadeira conversão individual, tanto de um pobre como de um ricaço, mexe com as estruturas do mal e torna o Reino de Deus mais próximo.
E o papel da comunidade em tudo isso é: provocar o encontro do pecador com Jesus – ajudar Zaqueu a subir na árvore.
                                  Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
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                                              Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

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