Jesus nos dá a verdadeira alegria, não a riqueza
Cidade do
Vaticano (RV) - “O cristão vive na alegria e no estupor graças à ressurreição
de Jesus Cristo”, disse o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta
segunda-feira, (23/05), na Casa Santa Marta.
Comentando a
Primeira Carta de São Pedro Apóstolo, o Pontífice sublinhou que não obstante as
provações, nunca nos será tirada a alegria “daquilo que Deus fez em nós.
Regenerou-nos em Cristo e nos deu a esperança”.
A carteira de
identidade do cristão é a alegria do Evangelho
“Podemos
caminhar rumo àquela esperança que os primeiros cristãos representavam como uma
âncora no céu. Aquela esperança que nos dá alegria”, disse Francisco, que
acrescentou:
Sejamos alegres, pois somos filhas e filhos amados por Deus |
“O cristão é um
homem e uma mulher da alegria, um homem e uma mulher com a alegria no coração.
Não existe cristão sem alegria! Mas, Padre, eu já vi tanta coisa! Não são cristãos!
Dizem que são, mas não são! Falta-lhes alguma coisa. A carteira de identidade
do cristão é a alegria, a alegria do Evangelho, a alegria de ter sido escolhido
por Jesus, salvo por Ele, regenerado por Jesus. A alegria daquela esperança que
Jesus espera de nós, a alegria que, nas cruzes e nos sofrimentos desta vida, se
expressa de outra maneira que é a paz, na certeza de que Jesus nos acompanha.
Está conosco”.
“O cristão faz
esta alegria crescer com a confiança em Deus. Deus se lembra sempre de sua aliança.
O cristão sabe que Deus se lembra dele, que Deus o ama, que Deus o acompanha,
que Deus o espera. Esta é a alegria”, disse ainda o Papa.
É um mal servir
a riqueza, no final faz-nos tristes
Francisco,
assim, dirigiu sua atenção para a passagem do Evangelho de hoje que narra o
encontro de Jesus com o jovem rico. Um homem, disse, que “não foi capaz de
abrir o coração à alegria e escolheu a tristeza”, “porque possuía muitos bens”:
“Era apegado aos
bens! Jesus nos disse que não se pode servir a dois senhores: ou serve a Deus
ou serve as riquezas. As riquezas não são ruins em si mesmas: mas servir a
riqueza, esse é o mal. O pobre homem foi embora triste... “Ele franziu a testa
e retirou-se triste”. Quando em nossas paróquias, nas nossas comunidades, em
nossas instituições, encontramos pessoas que se dizem cristãs e querem ser
cristãs, mas são tristes, algo está errado. E nós devemos ajudá-las a encontrar
Jesus, a tirar essa tristeza, para que possa se alegrar com o Evangelho, possa
ter essa alegria que é própria do Evangelho”.
Ele se
concentrou sobre a “alegria e o estupor”. “O estupor bom – disse o Papa –
diante da revelação, diante do amor de Deus, diante das emoções do Espírito
Santo”.
O cristão “é um
homem, uma mulher de estupor”. Uma palavra, destacou, que volta hoje no final,
“quando Jesus explica aos Apóstolos que aquele jovem tão bom não conseguiu
segui-lo, porque ficou preso às riquezas”.
Quem pode ser
salvo, se perguntam então os Apóstolos? A eles, o Senhor responde: “Impossível
aos homens”, mas “não a Deus!”.
Não buscar a
felicidade em coisas que, no final, nos entristecem
A alegria
cristã, portanto, “o estupor da alegria, de ser salvos de viver presos às
coisas, à mundanidade – as muitas mundanidades que nos afastam de Jesus – isso
pode ser superado somente com a força de Deus, com a força do Espírito Santo”:
“Peçamos hoje ao
Senhor que nos dê o estupor diante Dele, diante das muitas riquezas espirituais
que nos deu; e com este estupor nos dê a alegria, a alegria da nossa vida e de
viver com paz no coração as inúmeras dificuldades; e nos proteja da busca da
felicidade em muitas coisas que, no final, nos entristecem: prometem muito, mas
não nos darão nada! Lembrem-se bem: um cristão é um homem e uma mulher de
alegria, de alegria no Senhor; um homem e uma mulher de estupor”. (MJ/SP/BF)
.................................................................................................................................
Fonte: radiovaticana.va news.va
Nenhum comentário:
Postar um comentário