Francisco exorta Fundação Pontifícia a combater a pobreza
Em seu discurso,
o Papa partiu do tema abordado pela Conferência em relação à contribuição da
comunidade internacional na luta contra a pobreza, com referência particular à
atual crise dos refugiados, uma obrigação moral e uma questão humanitária
delicada:
Migrantes
Busquemos a justiça, que promoverá a paz |
A luta contra a
pobreza, frisou o Papa, não é somente um problema econômico, mas sobretudo
moral, que apela a uma solidariedade global e ao desenvolvimento de inteiras
populações. A atividade econômica deve estar a serviço da pessoa humana e do
bem comum. E acrescentou:
Exclusão
“Uma economia de
exclusão e de iniquidade levou a um grande número de pessoas deserdadas e
descartadas como improdutivas e inúteis. Seus efeitos são percebidos até nas
sociedades mais desenvolvidas, onde o crescimento da pobreza e da decadência
social representam uma série ameaça às famílias e aos jovens”.
De fato, afirmou
ainda o Santo Padre, o índice de desemprego juvenil é um escândalo e deve ser
enfrentado com urgência como uma verdadeira epidemia social; é roubada a
esperança da nossa juventude e esbanjadas as suas grandes energias,
criatividades e intuições.
Francisco
concluiu suas palavras expressando a sua esperança de que esta Conferência
internacional possa contribuir para gerar novos modelos de progresso econômico
orientados para o bem comum, à inclusão e desenvolvimento integral, o
incremento do trabalho e investimento nos recursos humanos. A sua vocação é
servir a dignidade humana, a construção de um mundo mais solidário e a
civilização do amor, que abraça a justiça e a paz. (MT)
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Papa faz visita surpresa à Comunidade 'Il Chicco'
A visita papal
se realizou no âmbito das iniciativas feitas nas ‘sextas-feiras da
misericórdia’, neste Ano jubilar. A notícia foi publicada no site do Jubileu da
Misericórdia.
Acolhimento
A Comunidade “Il
Chicco” é uma associação pertencente à família ‘A Arca’, fundada por Jean
Vanier, em 1964. A federação está presente em 30 países nos cinco continentes
e, junto com a associação ‘Fé e Luz’, se dedica às pessoas frágeis e
marginalizadas da sociedade. A comunidade foi a primeira criada na Itália,
fundada em 1981, e acolhe hoje 18 pessoas com problemas mentais. Na estrutura
de Ciampino existem duas casas-família: “Vigna” e “Ulivo”.
Outra estrutura
se encontra em Bolonha, e a terceira será aberta na Sardenha. A ideia principal
de ‘A Arca’ é ‘elogiar a imperfeição’, ou seja, conscientizar as pessoas de que
ninguém deve ser discriminado por causa de uma deficiência.
Ternura
O Papa Francisco
quis dar mais um sinal contra a cultura do descarte. Ninguém tem o direito de
discriminar com base em preconceitos que marginalizam e fecham na solidão
famílias e associações.
O Santo Padre
sentou-se à mesa para merendar com os membros da comunidade e os voluntários, e
ouviu as palavras simples proferidas por Nadia, Salvatore, Vittorio, Paolo,
Maria Grazia e Danilo, partilhando com alegria e simplicidade este momento
familiar. Francisco visitou os doentes mais graves dando sinais de grande afeto
e ternura, em particular a Armando e Fabio que foram os primeiros a serem
acolhidos na estrutura.
Criatividade
A beleza da proximidade, da ternura e do carinho |
De mãos dadas,
eles rezaram com o Santo Padre na pequena capela e se abraçaram.
Francisco
retornou, ao Vaticano, por volta das 18h30 locais.
A Comunidade “Il
Chicco” vive de poucos subsídios regionais. Grande parte da ajuda necessária
para a assistência é confiada à Providência Divina. O Papa Francisco, além de
uma soma em dinheiro, levou também doces e frutas da estação, como cerejas e
pêssego. O gesto foi acolhido por todos com aplauso e alegria.
Sinal concreto
O Santo Padre
expressou com esta visita um dos traços mais salientes que expressam o seu
pontificado: a atenção aos simples e vulneráveis. Levando-lhes ternura e afeto,
o pontífice quis dar um sinal concreto de como viver o Ano da
Misericórdia.
No último dia
12, os dados oficiais do Ano Santo da Misericórdia falavam de mais de 7 milhões
(7.133.256) de pessoas presentes nos eventos jubilares em Roma. O de hoje é o
quinto sinal de misericórdia realizado pelo Papa Francisco durante o Jubileu.
Em janeiro passado, visitou o abrigo para idosos e os doentes em estado
vegetativo. Em fevereiro, visitou a Comunidade Terapêutica São Carlos, nas
proximidades de Castelgandolfo. Em março, visitou o centro de acolhimento para
refugiados em Castelnuovo di Porto, e, em abril, visitou à ilha de Lesbos, na
Grécia. (MJ)
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Fonte: radiovaticana.va
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