quarta-feira, 16 de março de 2016

Papa pede que portas se abram aos migrantes, exilados de hoje.
Cidade do Vaticano (RV) – Misericórdia e consolação: duas palavras que nortearam a reflexão do Papa na Audiência geral da quarta-feira, (16/03), na Praça São Pedro.
Diante de mais de 25 mil fiéis, Francisco recordou os capítulos 30 e 31  do profeta Jeremias, conhecidos como “livro da consolação”, no qual “a misericórdia de Deus se apresenta com toda a sua capacidade de confortar e abrir o coração dos aflitos à esperança”.
Deus, por meio do profeta Jeremias, dirige-se aos israelitas exilados em terra estrangeira para pré-anunciar o retorno à pátria. “O exílio foi uma experiência devastante para Israel”, afirmou Francisco: a fé de Israel vacilou, sentiu-se abandonado por Deus e, vendo a pátria destruída, era “difícil continuar a acreditar na bondade do Senhor”.
“Mas me vem à mente o pensamento da Albânia e, como depois de tanta perseguição e destruição, o País conseguiu reerguer-se na dignidade e na fé”, recordou Francisco, que visitou o país do leste Europeu em setembro de 2014.
“Também nós – acrescentou o Papa – podemos viver um tipo de exílio quando a solidão, o sofrimento, a morte nos fazem pensar que fomos abandonados por Deus.
“Quantas vezes ouvimos essa palavra: Deus se esqueceu de mim. Tantas vezes: pessoas que sofrem e que se sentem abandonadas”.
Migrantes
Neste ponto, com a voz embargada porém firme, Francisco citou os migrantes – exilados de hoje – que vivem uma real e dramática situação, longe de sua pátria, com o olhar marcado pelas ruínas das suas casas, com o coração cheio de medo e a dor da perda dos entes queridos!
Fronteira da Grécia com a Macedônia
“Quantos tentam chegar em outros lugares e lhes fecham as portas. E estão ali na fronteira, porque tantas portas e tantos corações estão fechados. Os migrantes de hoje que sofrem, que sofrem a céu aberto, sem alimento, e não podem entrar, não sentem a acolhida. Como gosto quando vejo as nações, os governantes que abrem o coração e abrem as portas”.
O Papa então voltou ao “livro da consolação” para afirmar que Deus não está ausente e não se deve ceder ao desespero: “o Senhor secará todas as lágrimas e nos libertará de todos os temores”.
“O Senhor é fiel, não abandona à desolação. Deus ama com um amor sem limites, que tampouco o pecado pode frear, e graças a Ele o coração do homem se enche de alegria e de consolação”, afirmou o Francisco, que concluiu:
“O verdadeiro e radical retorno do exílio e a confortante luz após a escuridão da crise de fé, acontece na Páscoa, na experiência cheia e definitiva do amor de Deus, amor misericordioso que doa alegria, paz e vida eterna”.  (rb)
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Papa Francisco nomeou dois bispos para o Brasil
A Arquidiocese de São Paulo ganhou um novo Auxiliar: trata-se do sacerdote Luiz Carlos Dias, do clero da diocese de São João da Boa Vista (SP), até então membro do Secretariado-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Dom Luiz Carlos Dias nasceu em 16 de setembro de 1964 em Caconde (SP). Estudou Filosofia (1984-1986) e Teologia (1987-1990) no “Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto” (CEARP). Licenciou-se em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (2002-2004). Foi ordenado sacerdote em 5 de abril de 1991 e incardinado na diocese de São João da Boa Vista, na qual desempenhou inúmeros cargos como pároco, reitor do seminário propedêutico e do seminário de Teologia, vigário paroquial, diretor do Instituto de Filosofia. Também foi coordenador da pastoral missionária e  membro do Conselho Presbiteral. Além disso, colaborou como professor nos Institutos de Filosofia das dioceses de São João da Boa Vista e de Guaxupé e da Arquidiocese de Brasília.
De 2010 a 2015 foi Secretário-executivo da “Campanha da Fraternidade” e da “Campanha da Evangelização” na CNBB e atualmente é Membro do Secretariado-geral da Conferência.
Manaus
A outra nomeação de Francisco diz respeito à Arquidiocese de Manaus (AM), que também ganha um novo Auxiliar: Pe. José Albuquerque de Araújo, até então Reitor do Seminário Maior de Manaus.
Manaus (AM)
Dom José Albuquerque de Araújo nasceu em 17 de julho de 1968 em Manaus. Frequentou o Curso de Filosofia na Universidade Católica de Brasília (1989-1991) e Teologia no Centro de Estudos do Comportamento Humano (CENESCH) em Manaus (1992-1995). Além disso, obteve a Licenciatura em Teologia Dogmática, com especialização em Liturgia, na Pontifícia Faculdade “Nossa Senhora da Assunção” em São Paulo (1996-1997) e um mestrado em Gestão Educacional no SENAC de Manaus (2007). Também frequentou a Escola para Formadores na Associação “Transcender” em São Paulo (1996-1997).
Foi ordenado sacerdote em 4 de agosto de 1996 e incardinado na Arquidiocese de Manaus. No decorrer do seu ministério sacerdotal, desempenhou os inúmeros cargos, entre eles o de administrador paroquial de várias paróquias, pároco e formador. Atualmente, é Reitor do Seminário Arquidiocesano “São José” e Docente de Teologia no Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (ITEPES). (BF)
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                                                                         Fonte: radiovaticana.va     news.va

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