Papa pede que portas se abram aos migrantes, exilados de hoje.
Cidade do
Vaticano (RV) – Misericórdia e consolação: duas palavras que nortearam a
reflexão do Papa na Audiência geral da quarta-feira, (16/03), na Praça São
Pedro.
Diante de mais
de 25 mil fiéis, Francisco recordou os capítulos 30 e 31 do profeta
Jeremias, conhecidos como “livro da consolação”, no qual “a misericórdia de
Deus se apresenta com toda a sua capacidade de confortar e abrir o coração dos
aflitos à esperança”.
Deus, por meio
do profeta Jeremias, dirige-se aos israelitas exilados em terra estrangeira
para pré-anunciar o retorno à pátria. “O exílio foi uma experiência devastante
para Israel”, afirmou Francisco: a fé de Israel vacilou, sentiu-se abandonado
por Deus e, vendo a pátria destruída, era “difícil continuar a acreditar na bondade
do Senhor”.
“Mas me vem à
mente o pensamento da Albânia e, como depois de tanta perseguição e destruição,
o País conseguiu reerguer-se na dignidade e na fé”, recordou Francisco, que
visitou o país do leste Europeu em setembro de 2014.
“Também nós – acrescentou
o Papa – podemos viver um tipo de exílio quando a solidão, o sofrimento, a
morte nos fazem pensar que fomos abandonados por Deus.
“Quantas vezes
ouvimos essa palavra: Deus se esqueceu de mim. Tantas vezes: pessoas que sofrem
e que se sentem abandonadas”.
Migrantes
Neste ponto, com
a voz embargada porém firme, Francisco citou os migrantes – exilados de hoje –
que vivem uma real e dramática situação, longe de sua pátria, com o olhar
marcado pelas ruínas das suas casas, com o coração cheio de medo e a dor da
perda dos entes queridos!
Fronteira da Grécia com a Macedônia |
O Papa então
voltou ao “livro da consolação” para afirmar que Deus não está ausente e não se
deve ceder ao desespero: “o Senhor secará todas as lágrimas e nos libertará de
todos os temores”.
“O Senhor é
fiel, não abandona à desolação. Deus ama com um amor sem limites, que tampouco
o pecado pode frear, e graças a Ele o coração do homem se enche de alegria e de
consolação”, afirmou o Francisco, que concluiu:
“O verdadeiro e
radical retorno do exílio e a confortante luz após a escuridão da crise de fé,
acontece na Páscoa, na experiência cheia e definitiva do amor de Deus, amor
misericordioso que doa alegria, paz e vida eterna”. (rb)
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Papa Francisco nomeou dois bispos para o Brasil
A Arquidiocese
de São Paulo ganhou um novo Auxiliar: trata-se do sacerdote Luiz Carlos Dias,
do clero da diocese de São João da Boa Vista (SP), até então membro do
Secretariado-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Dom Luiz Carlos
Dias nasceu em 16 de setembro de 1964 em Caconde (SP). Estudou Filosofia
(1984-1986) e Teologia (1987-1990) no “Centro de Estudos da Arquidiocese de
Ribeirão Preto” (CEARP). Licenciou-se em Filosofia na Pontifícia Universidade
Gregoriana de Roma (2002-2004). Foi ordenado sacerdote em 5 de abril de 1991 e
incardinado na diocese de São João da Boa Vista, na qual desempenhou inúmeros
cargos como pároco, reitor do seminário propedêutico e do seminário de
Teologia, vigário paroquial, diretor do Instituto de Filosofia. Também foi
coordenador da pastoral missionária e membro do Conselho Presbiteral.
Além disso, colaborou como professor nos Institutos de Filosofia das dioceses
de São João da Boa Vista e de Guaxupé e da Arquidiocese de Brasília.
De 2010 a 2015
foi Secretário-executivo da “Campanha da Fraternidade” e da “Campanha da
Evangelização” na CNBB e atualmente é Membro do Secretariado-geral da
Conferência.
Manaus
A outra nomeação
de Francisco diz respeito à Arquidiocese de Manaus (AM), que também ganha um
novo Auxiliar: Pe. José Albuquerque de Araújo, até então Reitor do Seminário
Maior de Manaus.
Manaus (AM) |
Foi ordenado
sacerdote em 4 de agosto de 1996 e incardinado na Arquidiocese de Manaus. No
decorrer do seu ministério sacerdotal, desempenhou os inúmeros cargos, entre
eles o de administrador paroquial de várias paróquias, pároco e formador.
Atualmente, é Reitor do Seminário Arquidiocesano “São José” e Docente de
Teologia no Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia
(ITEPES). (BF)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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