Papa Francisco:
"Deus é como o pai do filho pródigo: nos espera sempre"
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa trouxe à atenção dos fiéis neste domingo (06/03) uma das
parábolas mais conhecidas, apesar de constar em apenas um dos Evangelhos
canônicos, o de Lucas: a parábola do Filho Pródigo, proposta na liturgia do
dia.
Parábola do
pai misericordioso
Diringo-se às
pessoas presentes na Praça, o Papa definiu esta parábola como a ‘do pai
misericordioso’: aquele que está sempre pronto a perdoar e que espera, contra
qualquer esperança. A propósito da tolerância do pai que permite que o filho
mais jovem parta – mesmo sabendo dos riscos que corre - Francisco disse que “é
assim que Deus age conosco: nos deixa também livres de errar, porque ao nos
criar, nos deu o grande dom da liberdade. Somos nós que devemos saber
utilizá-la bem”.
O 'justo' é o
pecador
O pai fica
fisicamente longe daquele filho, mas o leva sempre no coração; aguarda
confiante a sua volta, e quando o vê aparecer se comove, corre em direção a
ele, o abraça e o beija. E faz o mesmo com o filho maior, aquele que não
entende e não concorda com todo o carinho do pai pelo irmão que errou.
Improvisando, Francisco ressaltou que “a atitude de se sentir justo é um ‘mau
comportamento’, é o diabo. O pai vai e procura quem se sente pecador: este é o
comportamento certo”. O pai lhe explica que é preciso acolhê-lo com alegria,
pois o jovem finalmente voltou para casa. Esta atitude revela o coração de
Deus:
“Ele é o pai
misericordioso que em Jesus nos ama sem limites, espera sempre a nossa
conversão cada vez que erramos; aguarda o nosso retorno quando nos afastamos
Dele, quando pensamos que podemos viver sem Ele”.
O terceiro
filho escondido: Jesus
O Papa
sugeriu que nesta parábola, entrevemos também um ‘terceiro filho’, escondido: é
o que não considera um privilégio ser como o pai; que se despojou de tudo e assumiu
a condição de escravo, lavando os pés sujos do pecador: é Jesus”, que nos
ensina a ser misericordiosos como o Pai.
Concluindo,
antes de rezar a oração mariana do Angelus, Francisco lembrou a todos que no
sacramento da Reconciliação, podemos sempre recomeçar, pois Deus nos acolhe e
nos restitui a dignidade de filhos:
“Neste
período de Quaresma que ainda nos divide da Páscoa, somos chamados a
intensificar o caminho interior de conversão. Deixemo-nos tocar pelo olhar
pleno de amor de nosso Pai e retornemos a Ele com todo o coração, rejeitando
todo compromisso com o pecado”. (CM)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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