Igreja terá novos santos, beatos e veneráveis
Cidade do
Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na tarde da
quinta-feira (03/03), no Vaticano, o Prefeito da Congregação das Causas dos
Santos, Cardeal Angelo Amato, ao qual autorizou a promulgação dos decretos
relativos a dois novos santos, dois novos beatos e oito novos veneráveis.
Será canonizado
o bispo espanhol de Palencia, Dom Emanuele González García, fundador da União
Eucarística Reparadora e da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de
Nazaré. É conhecido como o “bispo dos tabernáculos abandonados” por ter
difundido a devoção à Eucaristia. Viveu no período trágico da guerra civil na
Espanha.
A grande mística
francesa Isabel da Trindade, carmelita descalça, também será proclamada santa.
Ela faleceu aos 26 anos no Carmelo de Dijon com a doença de Addison, uma rara
enfermidade endocrinológica. Ofereceu todo o seu sofrimento para a salvação das
almas, em união com Jesus Crucificado. Viveu a noite escura dos místicos,
experimentando o abandono total da parte de Deus. Foi também tentada pelo
suicídio. Venceu toda tentação: “Nunca perca a coragem. É mais difícil se
libertar do desencorajamento que do pecado. Não se inquiete se não se constatar
progressos no estado da própria alma. Muitas vezes Deus permite isso para
evitar um sentimento de orgulho. Ele sabe ver os nossos progressos e contar
todo nosso esforço”, escreveu a futura santa.
Os dois novos
beatos são:
- o carmelita
descalço francês Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus (1894-1967), fundador do
Instituto Secular de Nossa Senhora da Vida, e a religiosa argentina Maria Antônia
de São José (1730-1799), fundadora do Beatério dos Exercícios Espirituais de
Buenos Aires.
Os oito novos
veneráveis são:
- Dom Stefano
Ferrando da Sociedade Salesiana de São João Bosco, Arcebispo titular de Troina,
bispo emérito de Shillong, fundador da Congregação das Irmãs Missionárias de
Maria Auxiliadora dos Cristãos. Ele nasceu em 28 de setembro de 1895 e morreu
em 20 de junho de 1978.
- Dom Enrico
Battista Stanislao Verjus da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração de
Jesus, Bispo titular de Limyra, coadjutor do vicariato Apostólico da Nova
Guiné. Nasceu em 26 de maio de 1860 e morreu em 13 de novembro de 1892.
- Pe. Giovanni
Battista Quilici sacerdote diocesano, pároco e fundador da Congregação das
Filhas do Crucificado. Nasceu em 26 de abril de 1791 e morreu em 10 de junho de
1844.
- Pe. Bernardo
Mattio sacerdote diocesano, pároco. Nascido em 2 de janeiro de 1845 e morto em
11 de abril de 1914.
- Pe. Quirico
Pignalberi, sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores Conventuais. Ele nasceu
em 11 de julho de 1891 e morreu em 18 de julho de 1982.
- Irmã Teodora
Campostrini fundadora da Congregação das Irmãs Mínimas de Caridade de Maria das
Dores. Ela nasceu em 26 de outubro de 1788 e morreu em 22 de maio de 1860.
- Bianca
Piccolomini Clementini Fundadora da Companhia de Santa Angela Merici de Sena.
Nasceu em 7 de abril de 1875 e morreu em 14 de agosto de 1959.
- e Irmã Maria
Nieves Sánchez y Fernández (Maria Nieves da Sagrada Família) religiosa professa
das Filhas de Maria Religiosas das Escolas Pias. Nasceu em 2 de maio de 1900 e
morreu em 1° de maior de 1978. (MJ)
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Papa Francisco:
O perdão é a maior Porta Santa
Em seu discurso,
o Pontífice destacou que a celebração deste Sacramento requer uma adequada e
atualizada preparação, para que quem se aproxima dele “possa tocar com a mão a
grandeza da misericórdia”.
O perdão é a
maior Porta Santa
O confessor deve ser canal da alegria e da misericórdia |
De fato,
acrescentou o Papa, a possibilidade do perdão está realmente aberta a todos, ou
melhor, escancarada, como a maior das “portas santas”, porque coincide com o
coração próprio do Pai, que ama e aguarda todos os seus filhos, de modo
especial os que erraram mais e estão distantes.
A misericórdia
do Pai, explicou Francisco, pode alcançar toda pessoa de diferentes maneiras,
mas há, todavia, um caminho certo: Jesus, que tem o poder na terra de perdoar
todos os pecados e transmitiu esta missão à Igreja. “O Sacramento da
Reconciliação, portanto, é o local privilegiado para celebrar a festa do
encontro com o Pai. Não nos esqueçamos disso com facilidade. A festa é parte do
Sacramento.”
Sacerdotes são
instrumentos da misericórdia de Deus
O Pontífice
recordou aos jovens sacerdotes que eles são instrumentos da misericórdia de
Deus, portanto, devem estar atentos a não colorem um obstáculo ao dom de
salvação. O único desejo do confessor é fazer com que cada fiel possa fazer
experiência do amor do Pai, disse o Papa, citando como modelos Leopoldo Mandic
e Pio de Pietrelcina.
"Toda absolvição é, de certo modo, um jubileu do coração" |
Depois da
absolvição do sacerdote, prosseguiu Francisco, todo fiel tem a certeza de que
os pecados não existem mais, foram cancelados pela misericórdia divina. “Gosto
de pensar que Deus tem uma fraqueza: uma memória ruim. Uma vez que Ele o
perdoa, se esquece. E isso é grande! “Toda absolvição é, de certo modo, um
jubileu do coração.”
É importante,
portanto, que o confessor seja também um “canal de alegria” e que o fiel,
depois de ter recebido o perdão, não se sinta mais oprimido pelas culpas.
“Neste nosso
tempo, marcado pelo individualismo, por tantas feridas e pela tentação de
fechar-se, é realmente um dom ver e acompanhar pessoas que se aproximam da
misericórdia. Isso comporta também, para todos nós, uma obrigação ainda maior
de coerência evangélica e de benevolência paterna; somos guardiões, jamais
donos, seja das ovelhas, seja da graça.”
O Papa então fez
uma exortação: “Coloquemos novamente no centro – e não somente neste Ano
jubilar! – o Sacramento da Reconciliação, espaço do Espírito onde todos,
confessores e penitentes, podemos fazer experiência do amor de Deus por cada um
dos seus filhos – único amor definitivo e fiel e que jamais desilude”.
Sacerdote, ícone
do Pai
Se um confessor
se encontrar em dificuldade e não puder absolver, Francisco sugeriu que nunca
se esqueçam que o sacerdote é o ícone do Pai. Portanto, deve usar gestos
e palavras para que o pecador se sinta acolhido e convidado a repetir a
experiência da confissão e saia do confessionário certo de que encontrou um pai
e não alguém que o repreendeu:
“Quantas vezes
vocês ouviram alguém dizer: ‘Eu nunca me confesso, porque uma vez fui e ele me
censurou...’ Mesmo que eu não possa absolver, posso fazer com que sinta o calor
de um pai, eh? Nem que seja para rezar um pouco com ele ou com ela. É pai
que está ali.” (BF)
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Fonte: radiovaticana.va
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