Francisco afirma que a Igreja não precisa de dinheiro sujo
Cidade do
Vaticano (RV) – “O povo de Deus, a Igreja, não precisa de dinheiro sujo, mas de
corações abertos à misericórdia de Deus”.
Ao citar os
inúmeros caminhos que nos distanciam de Deus, a catequese do Papa na Audiência
geral da quarta-feira, (02/03), foi uma oportunidade para refletir sobre a
misericórdia e a correção.
Na ótica da
passagem em que o profeta Isaías fala que a Deus não agrada o sangue de
cordeiros e touros, Francisco fez um apelo:
Dinheiro sujo
Estamos no coração de Deus! |
“E aqui penso a
alguns benfeitores da Igreja, com boas ofertas, mas esta oferta é fruto de
tantas pessoas abusadas, maltratadas, escravizadas, com o trabalho mal pago. Eu
digo a estas pessoas: levem de volta este cheque, queime-o. O povo de Deus, a
Igreja, não precisa de dinheiro sujo, mas de corações abertos à misericórdia de
Deus”.
Isaías fala
ainda de Deus como um pai afetuoso, mas também atento e severo quando percebe a
infidelidade e a corrupção do povo de Israel. Neste ponto, o Pontífice refletiu
sobre a misericórdia de Deus que, mesmo renegado, nos chama de “seus” filhos.
Confiança
“Deus nunca nos
renega. Nós somos o seu povo. O mais malvado dos homens, e a mais malvada das
mulheres, o mais malvado dos povos, são seus filhos. E isso Deus nunca renega.
Diz sempre, vem. Este é o amor de Deus: ter um pai assim nos dá esperança, nos
dá confiança. Isto é aquilo que Deus faz, vem ao nosso encontro para que nos
deixemos amar por Ele. No coração do nosso Deus”.
Ao citar o salmo
que afirma que “Deus não nos trata segundo as nossas culpas”, Francisco
ressalvou que a “salvação requer a decisão de escutar e de deixar-se converter,
mas permanece sempre um dom gratuito”.
“Para entender
bem: quando alguém está doente, vai ao médico; quando alguém se sente pecador,
vai ao Senhor. Mas, se ao invés de ir ao médico, vai ao curandeiro, não se
cura. Muitas vezes, preferimos percorrer estradas erradas, procurando uma
justificação, uma justiça, uma paz que nos é presenteada como dom do Senhor se
formos a Sua procura”. (RB)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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