Francisco:
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco se reuniu com milhares de fiéis na Praça São Pedro, para a Audiência Geral desta quarta-feira (27/01).
Deus jamais desvia o olhar da dor humana
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco se reuniu com milhares de fiéis na Praça São Pedro, para a Audiência Geral desta quarta-feira (27/01).
Após saudar os
peregrinos a bordo do papamóvel, o Pontífice fez a sua catequese dando
sequência ao ciclo sobre a misericórdia. Desta vez, comentando o trecho bíblico
do Êxodo (2,23-25), em que Deus ouve o gemido dos filhos de Israel e faz a
aliança.
Deus jamais
desvia o olhar da dor humana
Na Sagrada
Escritura, explicou, a misericórdia de Deus está presente ao longo de toda a
história do povo de Israel, sobretudo quando está para sucumbir.
Artistas circenses apresentam-se para o Papa |
A misericórdia
não pode permanecer indiferente diante do sofrimento dos oprimidos, do gemido
de quem está submetido à violência, reduzido em escravidão, condenado à morte.
È uma realidade dolorosa que aflige todas as épocas, inclusive a nossa, e que
nos faz sentir com frequência impotentes. Deus, ao invés, não é indiferente,
jamais desvia o olhar da dor humana. Deus ouve e intervém para salvar,
suscitando homens capazes de ouvir o gemido do sofrimento e atuar em favor dos
oprimidos.
Como mediador de
libertação para o seu povo, envia Moisés, que vai ter com o Faraó para o
convencer a deixar partir Israel e depois guia-o no caminho para a liberdade.
Moisés, quando era menino, fora salvo das águas do rio Nilo pela misericórdia
divina; e agora é feito mediador daquela mesma misericórdia a favor do seu
povo, permitindo-lhe nascer para a liberdade salvo das águas do Mar Vermelho.
Obras de
misericórdia são o oposto das obras de morte
“E também nós,
neste Ano da Misericórdia, podemos fazer este trabalho de ser mediadores de
misericórdia com as obras de misericordia para aproximar, aliviar, fazer
unidade. A misericórdia de Deus atua sempre para salvar. É tudo o contrário da
obra daqueles que atuam sempre para matar: por exemplo, os que fazem as
guerras”, disse o Papa.
Através do seu
servo Moisés, prosseguiu, o Senhor guia Israel no deserto como se fosse um
filho, educa-o na fé e faz aliança com ele criando um vínculo fortíssimo de
amor, uma relação semelhante à que existe entre pai e filho e entre marido e
esposa. É uma relação particular, exclusiva, privilegiada de amor, fazendo dos
israelitas "um reino de sacerdotes e uma nação santa".
“Até que ponto
chega a misericórdia divina!”, disse Francisco. "Pois bem, é isto mesmo
que nós próprios nos tornamos para Deus, deixando-nos salvar por Ele e
acolhendo a sua aliança. A misericórdia divina torna o homem precioso, como um
tesouro pessoal que pertence ao Senhor, que Ele guarda e no qual Se
compraz."
Estas são as
maravilhas da misericórdia divina, que chega à sua plena realização em Jesus,
naquela “nova e eterna aliança” consumada no seu sangue, que nos torna joias
preciosas nas mãos do Pai bom e misericordioso.
“E se nós somos
filhos de Deus e temos a possibilidade desta herança de bondade e de
misericórdia em relação aos outros, peçamos ao Senhor que neste Ano da
Misericórdia também nós abramos o nosso coração para chegar a todos com as obras
de misericordia”, concluiu.
Circo na Praça
Depois da
catequese, o papa saudou os grupos presentes na Praça. Do Brasil, saudou de
modo especial os fiéis de Brasília e São José dos Campos. Houve uma
apresentação circense e Francisco mencionou ainda uma iniciativa do Pontifício
Conselho Cor Unum por ocasião do Ano Jubilar. Trata-se de uma jornada de retiro
espiritual para pessoas e grupos engajados no serviço da caridade. O retiro
será realizado em nível local, nas dioceses, durante a próxima Quaresma – uma ocasião,
disse o Papa convidando todos à participação – "para refletir sobre o
chamado a ser misericordiosos como o Pai". (BF)
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Papa Francisco nomeia bispo auxiliar de Porto Alegre (RS)
O Papa Francisco
nomeou hoje, 27 de janeiro, padre Adilson Pedro Busin como bispo titular de
“Guardialfieira” e auxiliar na arquidiocese de Porto Alegre (RS), acolhendo o pedido
de dom Jaime Spengler, OFM. Atualmente, padre Adilson exerce a função de
vigário regional dos Missionários de São Carlos para a região Sul
Americana.
Mons. Adilson Pedro Busin |
O novo bispo tem
50 anos, natural de Sarandi (RS). Nasceu em 20 de maio de 1965. É filho de Ivo
Busin e Adiles Signor Busin. Aos 14 anos, ingressou no Seminário da Congregação
dos Missionários de São Carlos. Realizou o noviciado entre 1984 e 1985, com
primeira profissão religiosa, em 22 de dezembro do mesmo ano. Cursou Filosofia
na Universidade de Caxias do Sul (RS) e Teologia no Instituto Teológico São
Paulo (Itesp). Foi ordenado presbítero em 09 de janeiro de 1993. É mestre em
Ciências da Educação pela Universidade Pontifícia Salesiana.
Missão
Após a
ordenação, padre Adilson foi enviado, em missão, ao Paraguai, onde atuou como
animador vocacional e orientador espiritual no Seminário Nossa Senhora de
Caacupe, em Cuidad Este. Em 1994, foi nomeado reitor do Seminário Menor em
Santa Rosa del Monday.
De volta ao
Brasil, em 2000, assumiu como vice mestre de noviços e, no ano seguinte, a
função de mestre no noviciado Nossa Senhora de Guadalupe, em Porto Alegre. Foi
vigário da província São Pedro dos Missionários Scalabrinianos. No ano de 2007,
foi eleito superior provincial e, em 2013, assumiu como vigário e secretário
provincial da nova regional Sul-americana. No mês de julho de 2015, voltou a
exercer a função de mestre de noviços, em Porto Alegre.
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Fonte: 1ª matéria: radiovaticana.va news.va 2ª matéria: cnbb.org.br
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