Um ano de esperança
Entramos no novo ano, e certamente com novas esperanças, novos
objetivos, novos sonhos. Deixamos para traz um ano certamente não fácil, seja
para nós brasileiros, mas em geral para todo o mundo. Enfrentamos e continuamos
a enfrentar crises, sejam elas, econômicas – como o caso do Brasil -, políticas
e sociais; crises de valores e de imposição religiosa que levaram milhares de
pessoas a abandonar suas casas e países para fugir da violência e da
perseguição, de quem deseja sufocar a fé.
Que todos, com a graça de Deus, sejamos construtores da paz! |
Tivemos também
momentos importantes no Vaticano como as viagens internacionais do Papa, com a
confirmação de nossos irmãos na fé: o Sínodo dos Bispos dedicado à Família e a
Abertura do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.
A XIV Assembleia
Ordinária do Sínodo dos Bispos, que se realizou entre os dias 4 e 25 de
outubro, teve com o tema: “A vocação e a missão da família na igreja e no mundo
contemporâneo”. O tema “família” há muito tem sido aprofundado pela Igreja.
Recordamos as palavras proféticas do Papa São João Paulo II: “o futuro da
humanidade passa pela família”. Estamos em um momento histórico para o destino
da humanidade e a grande questão tem sido a família. As discussões são enormes
e apaixonadas. Mesmo no interior da Igreja se sente a tensão de ideias e
ideologias.
O Sínodo deixou
um grande fruto de uma renovada atenção em relação à família: não dá para
deixar a família se perder. Ela é um bem precioso para a humanidade, para a
pessoa, para a comunidade humana. Agora aguardamos a Exortação Pós-Sinodal do
Papa Francisco sobre a família.
Depois a
convocação do Jubileu, uma convocação que mexeu com a Igreja no mundo inteiro.
Francisco ao anunciar ao mundo a realização do Ano Santo extraordinário, deu a
demonstração da sua extraordinária sensibilidade para com o momento em que vive
a humanidade. Ele está consciente de oferecer ao mundo uma possibilidade única:
isto é, experimentar a Misericórdia de Deus. E as Portas Santas não foram
abertas somente em Roma, mas em todas as dioceses do mundo, o que indica o
desejo do Santo Padre de estender a todos - a todos! – a possibilidade de
usufruir dos benefícios que o Ano Santo deve trazer.
Como disse à
Rádio Vaticano o Arcebispo Angelo Becciu, Substituto da Secretaria de Estado,
Francisco não está preocupado pelas multidões oceânicas em Roma, mas está
preocupado que cada um possa ter a maneira e a facilidade de experimentar a
bondade, o amor misericordioso de Deus. Pudemos notar isso na abertura da
primeira Porta Santa em Bangui, capital da República Centro-africana. Naquele
gesto a predileção do Papa por aquele povo, e por tantos povos que sofrem os
horrores de guerras fratricidas.
Uma porta
simples em uma catedral também simples quis ser um grito, uma invocação a Deus
Pai para que conceda a paz a este povo e outros povos que tem direito de viver
em paz.
Agora toca a nós
vivermos esse tempo de graça e esperança. Um Feliz Ano Novo para você.
Silvonei José
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Fonte: radiovaticana.va
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