Dor pelas
graves violências na Nicarágua.
Igreja é sempre pelo diálogo.
Igreja é sempre pelo diálogo.
"A Igreja é
sempre pelo diálogo, mas isso requer o compromisso concreto a respeitar a
liberdade e, em primeiro lugar, a vida. Rezo a fim de que cesse toda e qualquer
violência e sejam asseguradas as condições para a retomada, o quanto antes, do
diálogo”, disse Francisco no Angelus este IX Domingo do Tempo Comum.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco
expressou no Angelus deste domingo (03/06) mais um premente apelo em
favor da paz na Nicarágua, país centro-americano que há meses tem vivido uma
situação difícil marcada por protestos sociais reprimidos com violências que
têm se agravado estes dias, com mortos e feridos:
“Uno-me a meus
irmãos bispos da Nicarágua ao expressar dor pelas graves violências, com mortos
e feridos, perpetradas por grupos armados para reprimir protestos sociais. Rezo
pelas vítimas e seus familiares. A Igreja é sempre pelo diálogo, mas isso
requer o compromisso concreto a respeitar a liberdade e, em primeiro lugar, a
vida. Rezo a fim de que cesse toda e qualquer violência e sejam asseguradas as
condições para a retomada, o quanto antes, do diálogo.”
O Santo Padre já
havia mais vezes manifestado preocupação com a situação nicaraguense. Já
no Regina Coeli – oração mariana do período Pascal – de 22 de abril
passado, Francisco havia expresso sua proximidade ao país centro-americano
unindo-se aos bispos ao pedir que cessasse toda e qualquer violência, evitando
inútil derramamento de sangue, e que as questões abertas fossem resolvidas
pacificamente e com sentido de responsabilidade.
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Foi neste domingo a Solenidade de Corpus Christi em Roma:
Papa convida a viver a vida "eucaristicamente"
No litoral
romano, em Ostia, o Papa Francisco convidou os fiéis a viverem
eucaristicamente: passando do eu ao tu.
Cidade do
Vaticano - De São João de Latrão ao litoral romano: o Papa Francisco presidiu
na tarde de domingo (03/06) à santa missa e à procissão de Corpus Christi na
localidade de Ostia.
Trata-se de uma
novidade no pontificado de Francisco, mas não inédita na história recente dos
Papas. Todos os anos, Paulo VI realizava a procissão com o Santíssimo
Sacramento numa diferente região de Roma e cinquenta anos atrás foi justamente
Ostia a acolher o Pontífice. Depois, em 1978, João Paulo II estabeleceu a
tradicional procissão saindo da Basílica de São João de Latrão, passando pela
“Via Merulana”, até a Basílica de Santa Maria Maior.
A missa foi
celebrada diante da praça da paróquia de Santa Mônica, com a participação de
milhares de fiéis das oito paróquias do litoral romano.
Na homilia,
Francisco comentou o Evangelho do dia, concentrando-se em especial sobre o
verbo que aparece várias vezes na narração da Última Ceia: preparar.
Lugar e alimento
Jesus, explicou
o Papa, prepara para nós um lugar e um alimento.
“Um lugar muito
mais digno do que a «grande sala mobiliada» do Evangelho. É a nossa casa
espaçosa e ampla aqui na terra, a Igreja, onde há, e deve haver, lugar para
todos. Mas nos reservou também um lugar lá no Céu, no Paraíso, para estarmos
com Ele e uns com os outros para sempre.”
Além do lugar,
Jesus nos prepara também um alimento, um Pão que é Ele próprio. “Estas duas
dádivas – o lugar e o alimento – são tudo aquilo que precisamos para viver. São
a alimentação e a morada definitivas. E ambas nos são dadas na Eucaristia.”
Coração palpitante
A Eucaristia,
prosseguiu Francisco, é o coração palpitante da Igreja, é a única matéria nesta
terra que tem verdadeiramente sabor de eternidade.
“É o pão do
futuro, que já agora nos faz saborear um futuro infinitamente maior do que as
mais risonhas expectativas. É o pão que sacia os nossos maiores anseios e nutre
os nossos mais belos sonhos. Numa palavra, é o penhor da vida eterna, isto é,
uma antecipação concreta daquilo que nos será concedido. A Eucaristia é a
marcação, a «reserva» do paraíso.”
Fome de amor
Na Hóstia
consagrada, além do lugar, Jesus nos prepara o alimento. Na vida, nos nutrimos
não só com alimentos, mas também com projetos e afetos, anseios e esperanças.
As tecnologias
mais avançadas não bastam: temos fome de ser amados. Na Eucaristia encontramos
realmente Jesus, sentimos o seu amor. O Papa então faz uma exortação:
“Queridos irmãos
e irmãs, escolhamos este alimento de vida: ponhamos em primeiro lugar a Missa,
voltemos a descobrir a adoração nas nossas comunidades! Peçamos a graça de nos
sentirmos esfomeados de Deus, de nunca nos fartarmos de receber o que Ele
prepara para nós.”
Locais
desconfortáveis, não exclusivos
Para nos
preparar para este lugar e alimento, Jesus nos indica suas preferências: não
locais exclusivos e excludentes, mas desconfortáveis:
“Há tantas
pessoas privadas dum lugar decente para viver e do alimento para comer! Mas
todos conhecemos pessoas sozinhas, atribuladas, necessitadas: são sacrários
abandonados. Nós, que recebemos de Jesus alimentação e morada, estamos aqui
para preparar um lugar e o alimento para estes irmãos mais frágeis.”
A Eucaristia se
traduz na vida
Jesus pede que
nos doemos aos outros, que deixemos de viver para nós mesmos, mas vivamos um
para o outro. É assim que se vive eucaristicamente: derramando sobre o mundo o
amor que recebemos da carne do Senhor. A Eucaristia traduz-se, na vida,
passando do eu ao tu.
Para isso, é
preciso abater os muros da indiferença e da conivência, remover as grades dos
abusos e arrogâncias, abrir os caminhos da justiça, da equidade e da
legalidade.
“A Eucaristia
convida a deixar-nos levar pela onda de Jesus, não ficar arenados na praia à
espera que chegue qualquer coisa, mas zarpar livres, corajosos, unidos.”
Procissão
Depois da Santa
Missa, o Papa Francisco presidiu à procissão com o Santíssimo, percorrendo uma
distância de um quilômetro e duzentos metros, passando por algumas ruas da
localidade na costa romana.
A procissão se
concluiu no estacionamento na via della Martinica, perto da paróquia de Nossa
Senhora de Bonaria, onde o Santo Padre concedeu a bênção eucarística.
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Fonte: vaticannews.va
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