O Vaticano criou
um website do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que acontecerá de 8 de
dezembro deste ano até 20 de novembro de 2016. O endereço eletrônico está
disponível em seis idiomas e possui o anúncio do Jubileu, a Bula de Convocação,
notícias, vídeos, galeria de fotos e um formulário para contato com o
Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, responsável pela
organização do Ano Santo.
O papa Francisco
realizou a convocação oficial do Jubileu extraordinário da Misericórdia no dia
11 de abril. Na ocasião foi entregue aos quatro cardeais-arciprestes das
basílicas papais de Roma a Bula “Misericordiae Vultus” (O rosto da
Misericórdia).
Durante a 53ª
Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que
aconteceu em Aparecida (SP), de 15 a 24 de abril, o bispo de Amparo (SP) e
presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da entidade,
dom Pedro Carlos Cipollini, apresentou um breve comentário sobre o documento
divulgado pelo papa.
“O tema da
Misericórdia tem raízes profundas na Igreja e o papa Francisco (um homem
marcado pela misericórdia, que ele escolheu como lema episcopal), soube
captá-las e inserir nestas raízes a proposta do Ano Santo”, considerou em sua
introdução.
Dom Cipollini
retornou à fala de são João XXIII na abertura do Concílio Vaticano II,
lembrando a proposta de uma Igreja que “prefere usar a medicina da
misericórdia”. A Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia
também menciona são João Paulo II, que publicou a encíclica “Dives in misericórdia”
e canonizou Santa Faustina, a santa da Misericórdia.
Dos 25 itens da
bula papal, o presidente da Comissão para Doutrina da Fé destacou três pontos.
Os fundamentos teológicos, a aplicação à Igreja e indicações práticas sobre
como viver um itinerário espiritual de conversão durante o Ano Santo.
No último tópico,
foram dadas indicações práticas para a vivência do ano da misericórdia. Dom
Cipollini destacou as propostas de “Peregrinação como caminho e sinal de
conversão”. “A peregrinação ‘será sinal de que a própria misericórdia é uma
meta a alcançar e que exige empenho e sacrifício’”, sublinhou.
Outra sugestão é
a vivência do perdão. “O perdão aparece aqui como componente da misericórdia
divina e vértice da oração cristã. É a redenção vista na ótica do perdão”,
explica. Neste tópico, destaca-se o comunicado do papa no envio dos
“missionários da misericórdia” durante a quaresma. “Sacerdotes a quem ele dará
autoridade para perdoar mesmo os pecados reservados à Santa Sé e pede aos
bispos que os convidem e acolham”, disse.
Por último, foi
indicada a relação “Justiça e misericórdia”. “O papa reflete a partir de várias
passagens bíblicas para concluir que a justiça de Deus culmina no seu perdão”,
analisa o bispo.
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Fonte: cnbb.org.br
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