domingo, 10 de maio de 2015

Nossa homenagem às Mães em seu dia:

Mães através da Comunicação

No segundo domingo de maio, as atenções das comunidades, escolas, meios de comunicação social e comércio se voltam para as mães. É um dia em que todos os filhos procuram homenagear suas mães, e quem já não mais pode contar com ela aqui na terra, a recorda em suas orações. É o que eu também faço, uma vez que perdi minha mãe quando era padre novo e estava servindo na Igreja do Mato Grosso.
Na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações a ser celebrada no dia 17 de maio, o Papa Francisco fala da família que comunica. Aproveito a sua inspiração, destacando a mãe como comunicadora.
Foi a mãe que, junto com o pai, nos comunicou a Vida.
Maria, modelo para todas as mães
A vida tem sua origem em Deus. Foi dele o sopro primordial que deu vida às plantas, aos animais e aos seres humanos. A partir daquele sopro inicial, a vida foi sendo comunicada de pai/mãe para filho/filha. A ordem dada por Deus aos nossos primeiros pais foi: “Sede fecundos e multiplicai-vos” (Gn 1,28).
Foi a mãe que nos comunicou a linguagem. É o que expressamos quando dizemos que nos comunicamos na “língua materna”. A linguagem, não se refere apenas à fala, mas também às expressões do olhar, do sorriso nos lábios ou da lágrima nos olhos. Se refere à comunicação do abraço, do beijo, do aperto de mão, do aceno para com quem vai embora.
Foi a mãe que nos ensinou a nos comunicarmos com as outras pessoas, respeitando os mais velhos e sendo fraternos com os irmãos e colegas. Sem este ensino, muitos de nós seríamos “uns brutos” e não saberíamos dialogar e nem conviver.
Foi a mãe que nos ensinou a nos comunicarmos com Deus. É esta a experiência que eu pessoalmente tive e que a maioria das pessoas tem. As primeiras orações que aprendi a rezar me foram ensinadas pela mãe. E hoje eu me conforto em saber que as mães das nossas comunidades continuam a ensinar esta forma de comunicação aos seus filhos. Aliás, gostaria de pedir às mães que, eventualmente, não estão zelando por esta forma de comunicação: ensinem seus filhos a rezar e se comunicarem com Deus! É uma bela herança que podem deixar para os filhos.
Saúdo, com muito carinho a vocês, mães, pelo seu dia. Elevo a Deus a minha prece por todas vocês. Deus há de olhar com carinho para vocês que, na sua ternura, comunicam a vida e ensinam suas filhas e seus filhos a se comunicarem entre si e com o Altíssimo. E, para isso, também invoco a proteção de Maria Santíssima, que apresentou seu filho Jesus no Templo e lhe ensinou a linguagem do seu povo.
Deus vos abençoe e a Mãe Maria de Nazaré vos inspire e proteja!
                                                    Dom Canísio Klaus - Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
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Mãe: a que "primeira” no amor e serviço

O Papa Francisco na Encíclica Evangelium Gaudium no nº 24 ao descrever a comunidade de discípulos missionários afirma que eles "primeireiam", usando este neologismo para indicar aqueles que chegam primeiro, que se envolvem e acompanham. Alguns desaprovaram a expressão, eu acredito que além de ser eloquente e rica ela se adapta as mil maravilhas a função e missão de ser mãe. A mãe primeireia no amor e no serviço não por querer ser primeira ou desejar um prêmio, mas por que ama e dá a vida por seus filhos.
Mãe da ternura e do cuidado, abençoai todas as mães!
De fato tanto no cotidiano como em ocasiões especiais observamos nas mães o cuidado e a ternura aprimoradas de quem quer o melhor para os seus. Em certas situações de risco ou saúde ela mais que primeirear se torna uma verdadeira pole position pela velocidade e rapidez em proteger a seus filhos. De mil modos ela mostra que servir é um estilo de vida, uma realização espontânea da vontade de estar sempre atenta as necessidades e urgências do lar e das pessoas.
A sua doação por inteiro revela como conjugar o verbo amar em todos os tempos e modos possíveis, promovendo o encanto da vida, porque não há nada mais importante e necessário que sentir-se amado e acalentado por uma mãe. Não há lugar mais seguro e tranqüilo que o colo de uma mãe, por isso deveriam receber o prêmio Nobel da Paz, pois se fosse por elas não haveria mais guerras, massacres e genocídios que ceifassem a vida de seus filhos. Se há uma imagem que eu gravei e levo em meu coração é a alegria indizível de uma pequena criança na escola infantil ao perceber a presença da mãe que veio buscá-lo, entre muitas mães ela reconhece a voz e o semblante da sua, como o rosto mais belo e formoso a ser contemplado.
Depois crescemos e a nossa alma pura e inocente é deixada para trás esquecendo como precisamos para viver e ser pessoas saudáveis da sabedoria da inteligência cordial e emocional que nos torna humanos e compassivos. Somos muito gratos a elas, pois elas nos ensinam que o essencial na vida é amar e servir, com alegria e desprendimento, transparecendo a bondade e ternura do Pai das misericórdias. Deus seja louvado!
                              Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo de Campos (RJ)
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         Fonte: cnbb.org.br        Ilustrações 1: blog.cancaonova        2: pomportalum.com.br

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