Papa Francisco:
Os verdadeiros cristãos fazem bem ao próximo e à sociedade
Cidade do
Vaticano (RV) - “É preciso manter-se fiel ao Batismo, e crescer na amizade com
o Senhor mediante a oração, a oração cotidiana, a escuta e a docilidade à sua
Palavra, ler o Evangelho, participar dos Sacramentos, especialmente o da
Eucaristia e o Sacramento da Reconciliação.” Foi o que disse o Papa Francisco
no Regina Coeli ao meio-dia deste domingo na Praça São Pedro, diante de mais de
50 mil fiéis, peregrinos e turistas presentes.
Atendo-se ao
Evangelho deste domingo que nos apresenta Jesus durante a Última Ceia, o Santo
Padre ressaltou que Jesus, sabendo que era chegada a sua hora, quis fixar na
mente de seus discípulos uma verdade fundamental: mesmo quando Ele não mais
estará fisicamente no meio deles, eles poderão permanecer unidos a Ele num modo
novo, e assim dar muitos frutos.
A vida de Cristo torna-se nossa, devemos viver como Ele viveu |
De fato, um
cristão pode permanecer tal somente com uma condição, que reste unido a Cristo
como um ramo à videira. Esse é o modo novo indicado por Jesus, ressaltou o
Pontífice, e que se tornou possível mediante os Sacramentos, o “manter-se fiel
ao Batismo”, mediante a “oração todos os dias”, “ler o Evangelho”, numa
palavra, no “crescer na amizade com o Senhor”:
“Os ramos não
são autossuficientes, mas dependem totalmente da videira, na qual se encontra a
fonte de suas vidas. Assim é para nós, cristãos. Inseridos em Cristo mediante o
Batismo, recebemos d’Ele gratuitamente o dom da vida nova, e podemos permanecer
em comunhão vital com Cristo.”
Desta comunhão,
brota a novidade cristã que pode incidir em qualquer relação pessoal, qualquer
âmbito social, prosseguiu o Pontífice:
“Se alguém
permanece intimamente unido a Cristo, goza dos dons do Espírito Santo, que –
como nos diz São Paulo – são ‘amor, alegria, paz, magnanimidade, benevolência,
bondade, fidelidade, mansidão, domínio de si’ e esses são os dons que nos são
dados se permanecemos unidos a Jesus; e, consequentemente, faz muito bem ao
próximo e à sociedade, é uma pessoa cristã. Efetivamente, dessas atitudes se
reconhece se alguém é um verdadeiro cristão, como a árvore se reconhece através
dos frutos.”
Verdadeiramente,
em um cristão que permanece unido a Jesus tudo é transformado – “alma,
inteligência, vontade, afetos, e também o corpo, porque somos unidade de
espírito e corpo”, observou Francisco. E os frutos, que daí derivam, são
maravilhosos, definiu o Papa:
“Recebemos um
novo modo de ser, a vida de Cristo torna-se nossa: podemos pensar como Ele,
agir como Ele, ver o mundo e as coisas com os olhos de Jesus. Consequentemente,
podemos amar nossos irmãos, a partir dos mais pobres e sofredores, como Ele o
fez, e amá-los com o seu coração e assim levar ao mundo frutos de bondade, de
caridade e de paz.”
Após a oração
mariana, o Papa recordou a Beatificação, este sábado, de Luigi Bordino, leigo
consagrado da Congregação dos Irmãos de São José de Cottolengo, que dedicou sua
vida aos enfermos e sofredores, sem cessar, em favor dos mais pobres,
medicando e lavando suas chagas.
O Pontífice
dirigiu uma especial saudação à Associação Méter, neste domingo dedicado às
crianças vítimas da violência, agradecendo “pela abnegação com que busca
prevenir esses crimes”. E exortou:
“Todos devemos
empenhar-nos a fim de que toda pessoa humana – e especialmente as crianças –
seja sempre defendida e protegida.” (RL)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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