domingo, 3 de maio de 2015

Papa Francisco: 
Os verdadeiros cristãos fazem bem ao próximo e à sociedade

Cidade do Vaticano (RV) - “É preciso manter-se fiel ao Batismo, e crescer na amizade com o Senhor mediante a oração, a oração cotidiana, a escuta e a docilidade à sua Palavra, ler o Evangelho, participar dos Sacramentos, especialmente o da Eucaristia e o Sacramento da Reconciliação.” Foi o que disse o Papa Francisco no Regina Coeli ao meio-dia deste domingo na Praça São Pedro, diante de mais de 50 mil fiéis, peregrinos e turistas presentes.
Atendo-se ao Evangelho deste domingo que nos apresenta Jesus durante a Última Ceia, o Santo Padre ressaltou que Jesus, sabendo que era chegada a sua hora, quis fixar na mente de seus discípulos uma verdade fundamental: mesmo quando Ele não mais estará fisicamente no meio deles, eles poderão permanecer unidos a Ele num modo novo, e assim dar muitos frutos.
A vida de Cristo torna-se nossa, devemos viver como Ele viveu
De fato, um cristão pode permanecer tal somente com uma condição, que reste unido a Cristo como um ramo à videira. Esse é o modo novo indicado por Jesus, ressaltou o Pontífice, e que se tornou possível mediante os Sacramentos, o “manter-se fiel ao Batismo”, mediante a “oração todos os dias”, “ler o Evangelho”, numa palavra, no “crescer na amizade com o Senhor”:
Os ramos não são autossuficientes, mas dependem totalmente da videira, na qual se encontra a fonte de suas vidas. Assim é para nós, cristãos. Inseridos em Cristo mediante o Batismo, recebemos d’Ele gratuitamente o dom da vida nova, e podemos permanecer em comunhão vital com Cristo.
Desta comunhão, brota a novidade cristã que pode incidir em qualquer relação pessoal, qualquer âmbito social, prosseguiu o Pontífice:
Se alguém permanece intimamente unido a Cristo, goza dos dons do Espírito Santo, que – como nos diz São Paulo – são ‘amor, alegria, paz, magnanimidade, benevolência, bondade, fidelidade, mansidão, domínio de si’ e esses são os dons que nos são dados se permanecemos unidos a Jesus; e, consequentemente, faz muito bem ao próximo e à sociedade, é uma pessoa cristã. Efetivamente, dessas atitudes se reconhece se alguém é um verdadeiro cristão, como a árvore se reconhece através dos frutos.
Verdadeiramente, em um cristão que permanece unido a Jesus tudo é transformado – “alma, inteligência, vontade, afetos, e também o corpo, porque somos unidade de espírito e corpo”, observou Francisco. E os frutos, que daí derivam, são maravilhosos, definiu o Papa:
Recebemos um novo modo de ser, a vida de Cristo torna-se nossa: podemos pensar como Ele, agir como Ele, ver o mundo e as coisas com os olhos de Jesus. Consequentemente, podemos amar nossos irmãos, a partir dos mais pobres e sofredores, como Ele o fez, e amá-los com o seu coração e assim levar ao mundo frutos de bondade, de caridade e de paz.
Após a oração mariana, o Papa recordou a Beatificação, este sábado, de Luigi Bordino, leigo consagrado da Congregação dos Irmãos de São José de Cottolengo, que dedicou sua vida aos enfermos e sofredores, sem cessar, em favor  dos mais pobres, medicando e lavando suas chagas.
O Pontífice dirigiu uma especial saudação à Associação Méter, neste domingo dedicado às crianças vítimas da violência, agradecendo “pela abnegação com que busca prevenir esses crimes”. E exortou:
Todos devemos empenhar-nos a fim de que toda pessoa humana – e especialmente as crianças – seja sempre defendida e protegida.” (RL)
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                                                                        Fonte: radiovaticana.va     news.va

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