“O
verdadeiro amor
não pode se isolar. Se é isolado, não é amor”
não pode se isolar. Se é isolado, não é amor”
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa celebrou a Santa Missa na manhã desta quinta-feira (07/05) na capela da Casa Santa Marta, focalizando a sua homilia sobre os critérios do verdadeiro amor que – disse –, deve ser concreto e comunicativo: também os monges e as monjas de clausura – observou – na realidade não se isolam, mas comunicam e muito.
Que o Senhor nos dê a alegria que o mundo não pode dar |
No Evangelho de
hoje Jesus “nos pede para permanecermos no seu amor”. “Há dois critérios –
afirmou Francisco – que nos ajudam a distinguir o verdadeiro amor daquele não
verdadeiro”. O primeiro critério é que o amor está “mais nos fatos do que nas
palavras”: não é “um amor de telenovelas”, “uma fantasia”, histórias que “fazem
nosso coração bater um pouco e nada mais”. “Está nos fatos concretos”: “Jesus
advertia os seus: 'Não aqueles que dizem: 'Senhor! Senhor!', entrarão no Reino
dos céus, mas aqueles que fizerem a vontade do meu Pai, que observam os meus
mandamentos'”:
“Programa
Pastoral”
“Em outras
palavras, o verdadeiro amor é concreto, está nas obras, é um amor constante.
Não é um simples entusiasmo. Também, muitas vezes, é um amor doloroso: pensemos
no amor de Jesus carregando a cruz. Mas as obras do amor são as que Jesus nos
ensina na passagem do capítulo 25 de São Mateus. Mas quem ama faz isso: o
protocolo do julgamento. Estava com fome, e você me deu de comer, e assim por
diante. Concretamente. Também as bem-aventuranças, que são o ‘programa
pastoral’ de Jesus, são concretas”.
“Uma das
primeiras heresias do cristianismo – disse o Papa – foi a do pensamento
agnóstico” que falava de um “Deus distante ... que não era concreto”. Em vez
disso, o amor do Pai “era concreto, enviou Seu Filho… que se fez carne para nos
salvar”.
O segundo
critério do amor – prosseguiu o Papa – é que “se comunica, não permanece
isolado. O amor dá de si mesmo e recebe, realiza a comunicação que existe entre
o Pai e o Filho, uma comunicação que faz o Espírito Santo”:
Amor verdadeiro
“Não há amor sem
se comunicar, não há amor isolado. Mas alguém de vocês pode se perguntar: ‘Mas
Padre, os monges e as monjas de clausura estão isolados’. Mas comunicam e
muito: com o Senhor, também com aqueles que vão buscar uma palavra de Deus... O
verdadeiro amor não pode se isolar. Se é isolado, não é amor. É uma forma
espiritualista de egoísmo, de permanecer fechado em si mesmo, buscando seu
próprio bem... É egoísmo”.
Então – afirma o
Papa Francisco – “permanecer no amor de Jesus significa fazer” e “ter a
capacidade de se comunicar, de dialogar, seja com o Senhor, seja com os nossos
irmãos”:
“É tão simples
isso. Mas, não é fácil. Porque o egoísmo, o próprio interesse nos atrai e nos
atrai para não fazer e para não nos comunicarmos. O que diz o Senhor daqueles
que permanecerão em seu amor? “Eu lhes disse essas coisas para que a minha
alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa”. O Senhor que
permanece no amor do Pai é alegre, 'e se vocês permanecerem no meu amor, a sua
alegria será completa’: uma alegria que muitas vezes vem junto com a cruz. Mas
essa alegria - o próprio Jesus nos disse – ninguém poderá tirar”.
O Papa concluiu
a homilia com esta oração: que o Senhor “nos dê a graça da alegria, aquela
alegria que o mundo não pode dar”. (SP)
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Fonte: radiovaticana.va
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