Que o espírito de guerra não se insinue entre os cristãos
Cidade do
Vaticano (RV) – Os cristãos de hoje são chamados a pedir a graça da unidade e a
lutar para que entre eles não se insinue o “espírito de divisão, de guerra e de
ciúmes”. Esta foi a reflexão que o Papa fez na Missa celebrada esta manhã
(21/05) na Casa Santa Marta.
Francisco se
imergiu na atmosfera do Cenáculo e na densidade das palavras que Cristo
pronunciou e confiou aos Apóstolos antes de entregar-se à Paixão, propostas
pela liturgia.
Jesus manifesta
“a grande oração” de que a Igreja seja unida, que os cristãos “sejam uma só
coisa”, como Jesus o é com o seu Pai. Mas Cristo manifesta também “a grande
tentação”, que não cedam ao outro “pai”, ao da “mentira” e da “divisão”.
O preço da
unidade
Que todos vivam em comunhão! |
“Talvez nós não
sejamos suficientemente atentos a essas palavras: Jesus rezou por mim! Isso é
propriamente fonte de confiança: Ele reza por mim, rezou por mim... Eu imagino
– mas é uma figura – como está Jesus diante do Pai, no Céu. É assim: reza por
nós, reza por mim. E o que vê o Pai? As chagas, o preço. O preço que pagou por
nós. Jesus rezou por mim com as suas chagas, com o seu coração ferido e
continuará a fazê-lo”.
As faces da
divisão
Jesus reza “pela
unidade do seu povo, pela Igreja”. Mas Jesus “sabe - afirma Francisco - que o
espírito do mundo” é “um espírito de divisão, de guerra, de invejas, ciúmes,
também nas famílias, nas famílias religiosas, também nas dioceses, também na
Igreja toda: é a grande tentação”. E isso leva, disse, a fofocas, a etiquetar a
rotular as pessoas. Todas atitudes, indica o Papa, que esta oração pede para
banir:
“Devemos ser um,
uma só coisa, como Jesus e o Pai são uma só coisa. Este é precisamente o
desafio de todos nós cristãos: não dar lugar à divisão entre nós, não deixar
que o espírito da divisão, o pai da mentira entre em nós. Procurar sempre a
unidade. Cada um é como é, mas procura viver em unidade. Jesus perdoou você?
Perdoa todos. Jesus reza para que nós sejamos um, uma só coisa. E a Igreja tem
grande necessidade desta oração de unidade”.
Unidade é graça
não “cola”
Não existe,
brinca Francisco, uma igreja mantida unida pela “cola”, porque a unidade que
pede Jesus “é uma graça de Deus” e “uma luta” sobre a terra. “Devemos dar
espaço ao Espírito - conclui Francisco – para que nos transforme, como o Pai
está no Filho, em uma só coisa”:
“E outro
conselho que Jesus deu nestes dias de despedida é permanecer n’Ele: ‘Permanecei
em mim’ . Ele pede esta graça, que todos nós permaneçamos n'Ele. E aqui nos
indica por que, e diz claramente: ‘Pai, eu quero que aqueles que me destes,
também eles estejam comigo onde eu estou’. Isto é, que eles permaneçam lá,
comigo. O permanecer em Jesus, neste mundo, termina no permanecer com Ele “para
que contemplem a minha glória’”. (BF-SP)
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Fonte: radiovaticana.va
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