5º Domingo da Páscoa
A liturgia deste domingo se refere ao crescimento da Igreja e,
naturalmente, às tensões que se verificam em qualquer relacionamento humano.
A primeira
leitura, tirada dos Atos dos Apóstolos, se refere a Paulo, a seu trabalho e à
desconfiança que a Comunidade tinha em relação ao antigo perseguidor. A seu
favor surge Barnabé que o apresenta aos Apóstolos e salienta suas qualidades de
conhecedor da Sagrada Escritura e de ter dito sim ao chamado de Jesus no
caminho de Damasco, de ter aderido totalmente ao Senhor e de se ter tornado o
grande pregador do Evangelho.
Paulo vive
plenamente o encontro com Jesus. Ele precisou e teve o apoio de um de seus companheiros
na fé – Barnabé – e também da Comunidade.
O trecho da 1ª
Carta de João, a segunda leitura na liturgia deste domingo, revela que Paulo
estava totalmente imbuído do Espírito do Senhor, por isso suas ações eram
frutos do amor que o Pai havia colocado nele.
Somos os ramos, para darmos frutos permaneçamos unidos a Jesus |
O texto
evangélico nos fala em permanecer unido à videira. Ora, somos os ramos e
permanecer unidos significa estar plenos de amor, unidos ao Amado. Será essa
união que nos possibilitará dar frutos.
O batismo nos
inseriu no tronco. Por ele nos tornamos membros da videira, seus ramos. Em nós
passou a correr a seiva da graça de Deus, a força do Espírito Santo, a Vida!
Paulo passou de
perseguidor a um dos ramos enxertados na videira que é o Corpo Místico de
Cristo e que se deixou podar sempre que necessário. Ele se tornou um dos
alicerces da Igreja, uma de suas grandes colunas.
A graça recebida
não foi em vão!
Cada um tem sua
vida, sua vocação, sua história. Vivamos a nossa, conscientes de que a graça
nos é dada e de que o importante é nos abrirmos à ação de Deus, e não quem
somos.
Lembremo-nos de
Paulo, o convertido e de Maria, a cheia de graça, ambos unidos á Videira
Verdadeira, Jesus Cristo.
Pe. César
Augusto dos Santos, S.J.
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Fonte: radiovaticana.va Ilustração: santuariosantaterezinha.org.br
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