Como é tradição em 12 de dezembro, na
Basílica Vaticana o Santo Padre preside à missa no dia de Nossa Senhora de
Guadalupe. Em sua homilia, se concentrou no essencial dessa devoção mariana: o
manto, a rosa e o índio. "O resto é ideologia."
Na memória litúrgica de Nossa Senhora de Guadalupe, o Papa presidiu à santa missa na Basílica de São Pedro. Concelebram com o Santo Padre centenas de sacerdotes latino-americanos, na presença de quatro mil fiéis.
A homilia foi pronunciada sem um texto
prévio preparado e Francisco propôs à reflexão três elementos que acompanham a
devoção guadalupana: o manto, a rosa e o índio.
“Tudo o que é dito sobre o mistério de Guadalupe além disso é uma mentira, é querer usá-lo para ideologias. O mistério guadalupano é para venerá-La e sentir em nossos ouvidos: "Acaso não estou aqui, que sou sua mãe?" E ouvir isso nos momentos da vida, nos vários momentos difíceis da vida, nos momentos felizes da vida, nos momentos cotidianos da vida... "Não tenha medo, acaso não estou aqui, que sou sua Mãe?" E esta é toda a mensagem guadalupana. O resto é ideologia.”
O Pontífice recorda que a maternidade de
Maria está gravada nesse simples manto, que em espanhol chamam de
"tilma": "A maternidade de Maria é mostrada na beleza das rosas
que o índio encontra e leva, e a maternidade de Maria opera o milagre de levar
a fé aos corações um tanto incrédulos dos prelados".
O convite do Papa é fazer da pergunta de
Maria ao índio Juan Diego uma "cantiga", uma voz repetitiva que nos
diz: "Não tenham medo, acaso não estou aqui, que sou sua Mãe? Que assim
seja".
Na Solenidade da Padroeira das Américas, as
cores e os cantos de Tepeyac tomam a Basílica de São Pedro, criando uma
especial atmosfera, animada pelo coral dos Colégios mexicano e
pio-latino.
Ao lado do altar, foi posicionada a imagem
de Nossa Senhora de Guadalupe, diante da qual o Santo Padre se deteve em oração
ao final da missa.
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