Os
santos nos ajudam
a enfrentar a vida com coragem e esperança
“A recordação
dos Santos leva-nos a erguer os olhos para o Céu: não para esquecer as
realidades da terra, mas para enfrentá-las com mais coragem e esperança",
disse o Papa Francisco ao rezar com os fiéis a oração mariana na Praça São
Pedro por ocasião da Solenidade de Todos os Santos.
Cidade do
Vaticano - “Somos todos chamados à santidade”: foi o que recordou o Papa
Francisco ao rezar com os fiéis e peregrinos na Praça São Pedro o Angelus por
ocasião da Solenidade de Todos os Santos, celebrada no dia 3 no Brasil. A data
é festejada com um feriado não só no Vaticano, mas em toda a Itália.
“Os Santos e as
Santas de todos os tempos não são simplesmente símbolos, seres humanos
distantes, inalcançáveis. Pelo contrário, são pessoas que viveram com os pés no
chão”, afirmou o Pontífice.
Eles
experimentaram a fadiga diária da existência com os seus sucessos e fracassos,
encontrando no Senhor a força para se levantar e continuar o caminho.
Isso demonstra
que a santidade é uma meta que não pode ser alcançada apenas pelas próprias
forças, mas é o fruto da graça de Deus e da nossa livre resposta a ela.
Santidade: dom e
chamado
Portanto,
acrescentou o Papa, a santidade é dom e chamado.
Enquanto graça
de Deus, isto é, dom, explicou, é algo que não podemos comprar ou trocar, mas
acolher, participando assim da mesma vida divina através do Espírito Santo que
habita em nós desde o dia do nosso Batismo.
Trata-se de
amadurecer sempre mais a consciência de que estamos enxertados em Cristo, como
o ramo está unido à videira, e por isso podemos e devemos viver com Ele e Nele
como filhos de Deus. “Então a santidade é viver em plena comunhão com Deus, já
agora, durante a peregrinação terrena.”
Além de ser um
dom, disse ainda Francisco, a santidade é também chamado, vocação comum dos
discípulos de Cristo; é o caminho de plenitude que cada cristão é chamado a
percorrer na fé, caminhando para a meta final: a comunhão definitiva com Deus
na vida eterna.
A santidade
torna-se assim uma resposta ao dom de Deus, porque se manifesta como assunção
de responsabilidade. “Nesta perspectiva, é importante assumir um sério e
cotidiano compromisso de santificação nas condições, deveres e circunstâncias
da nossa vida, procurando viver tudo com amor, com caridade”, recomendou o
Papa.
Compromisso
Olhando para as
vidas dos santos, prosseguiu Francisco, somos encorajados a imitá-los. Entre
eles, estão muitas testemunhas de uma santidade "da porta ao lado,
daqueles que vivem perto de nós e são reflexo da presença de Deus".
“A recordação
dos Santos leva-nos a erguer os olhos para o Céu: não para esquecer as
realidades da terra, mas para enfrentá-las com mais coragem e esperança.”
Igreja do céu e
da terra
Ao final da
oração mariana, falando ainda da Solenidade de Todos os Santos e do Dia de
Finados, o Papa disse que essas duas festas cristãs nos recordam o vínculo que
existe entre a Igreja da terra e a do céu, “entre nós e os nossos entes
queridos que passaram para a outra vida”.
E lembrou que
amanhã celebrará a Eucaristia nas catacumbas de Priscila, “um dos lugares de
sepultura dos primeiros cristãos de Roma”.
“Nestes dias, em
que, infelizmente, circulam também mensagens de cultura negativa sobre a morte
e sobre os mortos, convido vocês a não negligenciarem, se possível, uma visita
e uma oração ao cemitério”, foi o convite final do Pontífice.
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Assista:
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Fonte: vaticannews.va
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