Precisamos
de católicos "adultos", na sociedade, cultura e política
de católicos "adultos", na sociedade, cultura e política
Manuel Tavares -
Cidade do Vaticano - Em sua série de audiências, no Vaticano, o Santo Padre
recebeu, na Sala Clementina, 85 participantes na Plenária do Dicastério para os
Leigos, a Família e a Vida.
Ter um olhar de
irmãos
m seu
pronunciamento, o Papa propôs algumas atitudes básicas que os membros do
Dicastério deveriam adotar ao longo do seu trabalho nos próximos anos.
A este respeito,
Francisco refletiu sobre dois pontos: “sentir com o coração da Igreja”, para
desempenhar a função de Membros e Consultores e “ter um olhar de irmãos”,
segundo o tema da Plenária do Dicastério. E explicou:
“Todos vocês
são chamados a colaborar com a Santa Sé e ajudar este novo Dicastério, que
iniciou sua atividade há pouco mais de dois anos. Juntos, sacerdotes,
consagrados e leigos, prestam, lado a lado, um serviço à Igreja Católica,
comprometendo-se a promover e apoiar os leigos, famílias e vida. Por isso, é
essencial que cada um sinta o coração da Igreja”
Trata-se, disse
Francisco, de passar de uma perspectiva local para uma perspectiva universal. A
Igreja Católica não se identifica com uma diocese, um movimento eclesial, uma
escola teológica ou uma tradição espiritual. A Igreja é católica, universal,
bem mais ampla, com uma alma "grande e generosa":
“Sentir com o
coração da Igreja significa sentir-se católico, universal, olhando para toda a
Igreja e para o mundo, não de modo parcial. A igreja é mãe! Assim, vocês são
chamados a dar um passo a mais e a olhar com os olhos da mãe Igreja”
Igreja,
verdadeira mãe
Explicando o
modo de sentir da Igreja, o Papa disse que a Igreja, como verdadeira mãe,
deseja, acima de tudo, a harmonia entre todos os filhos, não favoritismos e
preferências. Por isso, é preciso sempre propor modelos positivos de
colaboração entre leigos, sacerdotes e consagrados, entre pastores e fiéis,
dioceses e paroquias, movimentos e associações laicais, jovens e idosos,
evitando oposições e antagonismos estéreis, mas estimulando uma colaboração
fraterna, pelo bem comum da família que compõe a Igreja. E o Santo Padre
acrescentou:
“A Igreja, como
toda mãe, quer que seus filhos cresçam e se tornem autônomos, criativos e
empreendedores, e não permanecer infantis. Assim, todos os leigos, filhos da
Igreja, devem ser ajudados a crescer e a tornar-se "adultos",
colocando seus talentos a serviço de novas missões na sociedade, na cultura, na
política. Deste modo, a Igreja, como verdadeira mãe, poderá preservar a
história e a tradição viva da família”.
Irmãos na fé
A seguir, o Papa
explicou o segundo ponto, partindo do tema da Assembleia do Dicastério sobre a
formação dos fiéis leigos, com o objetivo de fortalecer sua identidade e missão
no mundo. A imagem que Francisco usou é a de “ter um olhar de irmãos”:
“Vocês não são
"engenheiros sociais" ou "eclesiais", que planejam
estratégias a serem aplicadas em todo o mundo com o intuito de difundir certa
ideologia religiosa entre os leigos. Vocês são chamados a pensar e a agir como
"irmãos na fé", lembrando que a fé nasce sempre de um encontro
pessoal com o Deus vivo e se alimenta dos Sacramentos da Igreja”
O Papa concluiu
seu pronunciamento exortando a olhar "como irmãos" a multidão de
fiéis leigos em todo o mundo, para entendê-los melhor e levá-los a ser
testemunhas de Cristo na vida privada e na sociedade.
Enfim, a serem
"sinais visíveis" da presença de Cristo em todos os ambientes, apesar
das condições de pobreza e instabilidade social, da perseguição religiosa e da
propaganda ideológica anticristã; sendo discípulos missionários, protagonistas
na promoção da vida, na defesa da razão, da justiça, da paz, da liberdade, na
promoção da saudável convivência entre povos e culturas.
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Francisco:
Obedientes à autoridade moral dos filhos de Deus que sofrem
“Não há cura sem pesquisa, disse Francisco, e não há futuro na medicina sem pesquisa”. São palavras do Papa Francisco ao encontrar a Comunidade do Hospital Pediátrico Bambino Gesu de Roma.
Manuel Tavares - Cidade do Vaticano - O Papa Francisco concluiu suas atividades, na manhã deste sábado (16/11), recebendo na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de 6 mil membros da grande Comunidade do Hospital Pediátrico “Bambino Gesù”, que pertence à Santa Sé, por ocasião dos seus 150 anos de fundação.
Ao cumprimentar com carinho a Direção hospitalar, médicos, paramédicos, enfermeiros, capelães, voluntários, benfeitores e, sobretudo, os pequenos pacientes e suas famílias, o Santo Padre recordou o nascimento do Hospital, por obra de uma mulher e mãe de grande inteligência, cultura e fé, Arabella Salviati, que, com seu gesto generoso e sensível, quis fazer um presente às crianças do mundo inteiro. Depois, a senhora Salviati ofereceu ao Papa esta sua obra preciosa. Assim, o hospital pediátrico tornou-se patrimônio, não apenas da comunidade romana, mas também italiana e internacional, uma realidade de vanguarda e projetada para o futuro.
O futuro é uma história de crianças
Expressando seu apreço pelo tema escolhido pelos 150 anos desta entidade hospitalar "O futuro é uma história de crianças", o Papa exortou:
“Vocês médicos, cirurgiões e enfermeiros usam suas mãos como instrumento para curar. Estejam sempre cientes desta bênção que Deus lhes dá. Sua capacidade de curar é um dom para vocês e para as pessoas que lhes são confiadas. Nunca deixem faltar sua contribuição profissional e seu zelo para esta instituição hospitalar, que continua a mostrar a predileção especial da Santa Sé pelas crianças mais necessitadas”
Não há cura sem pesquisa, disse Francisco, e não há futuro na medicina sem pesquisa. Que o mistério do sofrimento das crianças jamais deixe de interpelar suas consciências e motivar seu compromisso humano e profissional. E o Papa acrescentou:
“Alegro-me pelo bom desempenho do hospital e seu constante crescimento, apesar de muitas dificuldades. Que ninguém seja rejeitado. É importante que a sustentabilidade e a eficiência sejam sempre garantidas, para que esta entidade continue a ser uma obra extraordinária de caridade da Igreja”
O Santo Padre concluiu seu discurso à grande família do Hospital “Bambino Gesù”, encorajando todos a manterem escolhas corajosas e rigorosas, generosas e prudentes. Exortou também a seguir em frente, fiel ao Evangelho e obediente à autoridade moral dos filhos de Deus que sofrem: “Tudo o que fizeres a um desses irmãos pequeninos, a mim o fizestes".
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Fonte: vaticannews.va
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