quinta-feira, 29 de março de 2018

Vivendo a Semana Santa

Tríduo Pascal envolve três momentos em uma única celebração

Nesta quinta-feira, os católicos no mundo inteiro iniciam a celebração do Tríduo Pascal, ou seja, o período de tempo que vai da tarde de quinta-feira Santa até a manhã do Domingo de Páscoa.
São João Paulo II, ainda papa escreveu na carta aos sacerdotes, por ocasião da Quinta-feira Santa, de 1999, “o Triduum Sacrum, os dias santos por excelência, durante os quais misteriosamente participamos no regresso de Cristo ao Pai, por meio da Sua Paixão, Morte e Ressurreição. De fato, a fé garante-nos que essa passagem de Cristo ao Pai, ou seja, a Sua Páscoa, não é um acontecimento que diga respeito só a Ele; também nós somos chamados a tomar parte nela: a Sua Páscoa é a nossa Páscoa”.
O bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Armando Bucciol, explica que o Tríduo Pascal envolve três momentos em uma única celebração.
Quinta-feira Santa
“Começamos com a celebração da Ceia Pascal, na quinta-feira à noite, em que nós fazemos memória da grande ceia da despedida, que começa, segundo o evangelista João, com o gesto do lava-pés. Cristo manifesta sua disponibilidade a amar até o fim, ele se considera o servo da humanidade”.
Sexta-feira da Paixão
“Depois da Ceia Pascal, com a celebração da Eucaristia, memória viva do maior mistério do amor de Deus, do sacrifício de Cristo até as últimas consequências, eis que, na sexta-feira, nós celebramos este rito sóbrio de uma intensíssima espiritualidade da morte do Senhor. Naquele dia, a Igreja não tem a celebração da eucaristia, mas convida seus fiéis a olhar, a contemplar o crucificado, Cristo que morre na Cruz. Ele nos amou até doar a última gota do seu sangue”.
Sábado Santo
“Depois do silêncio do Sábado Santo, em que a Igreja medita e reflete Cristo morto, eis que chegamos à noite da Vigília Pascal, em que celebramos a vitória de Cristo sobre a morte, a morte foi vencida e a Igreja vibra e renova a sua fé, a sua esperança numa plenitude vivida de realização que Cristo já semeou, plantou na terra e que nos fins dos tempos se realizará plenamente. A Vigília Pascal conclui o tríduo”.
“É interessante observar que o sinal da Cruz se faz começando a Eucaristia na quinta-feira e repetimos com bênção final na celebração da Vigília Pascal e, através desse simbolismo litúrgico expressamos essa unidade dos três momentos celebrativos que caracterizam esse tríduo sacro”, ressalta dom Armando
                                 Dom Armando Bucciol - Bispo de Livramento  de Nossa Senhora (BA)
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